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ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO - Coggle Diagram
ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO
DIAGNÓSTICO:
Avaliação da história clínica, com enfoque na característica do vômito, mas também no alto apetite, baixa produção de urina, exposição a medicamentos antibióticos macrolídeos, história familiar de estenose pilórica
Palpação de oliva presente, sentindo uma massa firme na borda lateral do músculo reto abdominal no quadrante superior direito do abdômen, aproximadamente no tamanho e formato de azeitona
Avaliação do abdômen quanto a distensão e ruídos intestinais (sugerem obstrução intestinal e não estenose pilórica)
Avaliação de peso e comprimento (estado nutricional), membranas mucosas e turgor cutâneo (hidratação), pele e esclera (presença de eczema por alergia alimentar ou icterícia)
Testes laboratoriais são usados para avaliar a desidratação e depleção de eletrólitos (painel de eletrólitos e hemograma completo), com apresentação de cloreto e potássio baixos e bicarbonato elevado
Ultrassonografia é exame de imagem de escolha (normal: espessura do músculo pilórico 3 a 4 mm; comprimento do músculo pilórico 15 a 19 mm; diâmetro pilórico 10 a 14 mm)
Série fluoroscópica gastrointestinal alta (sinais clássicos são canal pilórico alongado [sinal de corda], duas faixas finas de bário ao longo do canal pilórico criadas pela mucosa pilórica comprimida [sinal de double track]; ponta crônica terminando no canal pilórico [sinal de bico] e uma protuberância prépilórica de bário [sinal do ombro])
Endoscopia alta, onde em bebês com o distúrbio, a mucosa do antro e do piloro aparecem espessadas
FUNCIONAMENTO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO:
O estômago possui três funções gerais
Armazenamento
Digestão
Defesa
relaxamento receptivo
relaxamento e expansão do estômago que ocorre para acomodar o volume aumentado
Após receber o alimento vindo do esôfago, o estômago precisa regular a passagem do bolo alimentar para o intestino delgado
a ausência dessa regulação faz com que o intestino não consiga digerir e absorver a carga de quimo que chega
a regulação ocorre por meio de ondas peristálticas na parte distal do estômago
inicialmente, essas ondas servem para misturar o alimento com o ácido clorídrico e demais enzimas digestórias.
a medida que as partículas maiores são digeridas e o quimo torna-se mais uniforme, as ondas são capazes de ejetar uma pequena quantidade de quimo no duodeno através do piloro.
FISIOPATOLOGIA
A estenose hipertrófica do piloro (EHP) é uma condição congênita marcada por hipertrofia
do músculo circular do piloro, o que resulta em obstrução da saída gástrica.
É um dos distúrbios cirúrgicos do trato gastrointestinal mais comuns no início da infância, acomete entre 1 e 3,5 crianças a cada 1.000 nascidos vivos, é mais comum em homens, em crianças
nascidas prematuramente e em primogênitos.
Outros fatores de risco identificados são o
tabagismo materno durante a gestação, administração de antibióticos macrolídeos (eritromicina e azitromicina) para crianças com menos de 2 semanas de idade e hipergastrinemia neonatal.
A etiologia exata da estenose hipertrófica do piloro é desconhecida, mas há probabilidade de um componente genético, porque irmãos e descendentes de pessoas afetadas apresentam risco aumentado, especialmente gêmeos monozigóticos. Mães que fumam durante a gestação também aumentam o risco.
Os mecanismos propostos incluem falta de óxido nítrico sintetase neuronal, inervação anormal da camada muscular e hipergastrinemia.
Patologistas têm descrito um constante edema na submucosa pilórica, de grau variável, associado a redundância das pregas longitudinais da mucosa pilórica, também contribuindo significativamente para
a obstrução local.
O esfíncter pilórico é formado por uma camada muscular circular espessada da
muscular própria e consiste de anéis de músculo liso mantidos em um contínuo estado de contração. O efeito do estado contrátil determina uma zona de alta pressão separando dois compartimentos especializados do tubo digestivo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
estenose hipertrófica pilórica infantil (IHPS)
lactente de três a seis semanas desenvolve vômitos pós-prandiais imediatos que são não-violentos e fortes
hipocalemia
vômito faminto"
hiperperistalse gástrica
desidratação
TRATAMENTO
O tratamento inicial da estenose hipertrófica do piloro deve ser direcionado para a correção do distúrbio hidreletrolítico
Tratamento definitivo é
piloromiotomia cirúrgica
incisão longitudinal do piloro
hipertrófico com dissecção romba ao nível da submucosa, aliviando constrição e permitindo passagem normal do conteúdo do estômago
pro duodeno
Dilatação por balão guiada por
endoscopia pode ser utilizada, porém não interrompe de forma confiável o anel seromuscular do piloro
COMPLICAÇÕES CLÍNICAS
Alcalose Metabólica
Obstrução intestinal
Desidratação
Atrasia Duodenal
Desnutrição
Abdomen Agudo
Hipocalemia ( em bêbes)
OUTRAS OBSTRUÇÕES DO TGI
Obstrução do intestino delgado
Pode ser causada por câncer do pâncreas , tecido cicatricial de uma úlcera ou por doença de Crohn . Cálculo biliar , uma massa de alimentos não digeridos ou a presença de vermes parasitas.
Sintomas logo após seu início: cólicas abdominais, centradas ao redor do umbigo ou no epigástrio, vômitos e — em pacientes com obstrução completa — obstipação.
Os pacientes com obstrução parcial podem desenvolver diarreia. Dor intensa e contínua sugere estrangulamento. Na ausência de estrangulamento, o abdome não é doloroso.
A obstrução do intestino é um bloqueio que interrompe completamente ou compromete gravemente a passagem de alimentos, líquido, secreções digestivas e gás pelo intestino.
As causas de obstrução intestinal diferem dependendo da idade da pessoa e localização da obstrução.
No caso de recém-nascidos e bebês
Síndrome do tampão de mecônio
Vólvulo
Atresia intestinal
Intussuscepção
Em adultos
Aderências
Hérnias
Obstrução do intestino grosso
Causada por câncer, diverticulite ou um bolo de fezes rígido (compactação fecal). Aderências e vólvulos são causas menos comuns da obstrução do intestino grosso.
Causa sintomas que aparecem de modo mais gradual que no intestino delgado. O aumento progressivo de constipação provoca obstipação e distensão abdominal.
Vômitos podem ocorrer (em geral várias horas após o início de outros sintomas), mas não são comuns. Cólicas em hipogástrio não secundárias às fezes podem ocorrer.