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DOENÇAS DO PÂNCREAS - Coggle Diagram

- - - - 15% a 30% dos casos
      - Mais comum em homens
      - Toxicidade para a célula acinar e precipitação de enzimas no lúmen dos ductos pancreáticos
        
        Aumento da permeabilidade dos ductos pancreáticos, permitindo o extravasamento de enzimas para o parênquima
    - - 30% a 60% dos casos
      - Passagem do cálculo do ducto colédoco para o duodeno, através da ampola de Vater - hipertensão no sistema ductal pancreático
      - Pacientes com pelo menos um cálculo < 5 mm têm um risco quatro vezes maior do que aqueles com cálculos maiores
  - - - Intersticial ou edematosa
        
        Restrita ao pâncreas, sem acometimento de órgãos vizinhos
        
        Evolução clínica favorável
        
        80% a 90% dos casos
        
        Ausência de complicações orgânicas sistêmicas.
    - - Necrosante
        
        Acomete tecidos peripancreáticos por disseminação generalizada de enzimas do órgão
        
        Complicações locais: necrose infectada, formação de pseudocistos e abscesso
        
        10% a 20% dos casos
        
        Presença de complicações locais como necrose, abscesso e pseudocisto. Presença de complicações orgânicas sistêmicas.
  - - - Leucocitose com desvio à esquerda, elevação do hematócrito e aumentos de ureia e creatinina
        
        Trombocitopenia
        
        Alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica
        
        Hipoalbuminemia
        
        Glicemia elevada por elevação do glucagon e catecolaminas na resposta inflamatória
    - - Amilase Sérica: valores 3x acima do limite superior; se eleva dentro de 2 a 12 horas após o início dos sintomas; não tem correlação com a gravidade da doença;
        
        Lipase Sérica: possui maior especificidade no diagnóstico; permanece com níveis aumentados por mais tempo
    - - Caso clínico típico com o auxílio da dosagem sérica de amilase e lipase (que estarão > 3x o LSN). Tomografia Computadorizada de Abdome, são úteis nos casos duvidosos, podendo confirmar o diagnóstico de pancreatite ao demonstrarem a presença de edema/necrose do parênquima pancreático. Os exames de imagem não são obrigatórios para o diagnóstico em todos os casos.
        
        O melhor momento para a realização de TC na pancreatite aguda grave é após o terceiro dia do início do quadro (após as primeiras 72h, que é quando as complicações como a necrose costumam estar bem estabelecidas).
  - - - Analgesia: meperidina ou outros opiáceos.
        Hidratação venosa para reposição volêmica (perdas para o terceiro espaço e pelos vômitos).
        Controle eletrolítico e ácido-básico
    - - Analgesia - Meperidina.
        Hidratação Venosa - pelo menos 6 litros de cristaloide devem ser repostos nas primeiras 24h.
        Suporte Nutricional - Estes pacientes ficarão em dieta oral zero por períodos prolongados (superiores a quatro semanas), tornando necessária a nutrição enteral jejunal
    - - NÃO HÁ LUGAR para a antibioticoprofilaxia em pancreatite aguda, seja ela grave (necro-hemorrágica) ou não.
    - - É empregada nas primeiras 72h da pancreatite aguda biliar, na presença de colangite e/ ou icterícia progressiva moderada a grave.
- - - - Idade avançada
        Sexo masculino
        Pancreatite crônica
        Tabagismo
        Fatores dietéticos
        História familiar de CA de pâncreas
        Síndromes genéticas: PAF, câncer colorretal hereditário não polipótico
    - - Tríade Clássica do CA de cabeça do pâncreas
        
        Perda de peso com
        facies hipocrática e caquexia extrema.
        
        Dor abdominal costuma ser epigástrica, de caráter constante podendo irradiar para o dorso. Desencadeado ou agravada pós prandial
        
        Icterícia colestática por obstrução biliar com colúria, acolia fecal e síndrome colestática
      - Evolução arrastada de sinais e sintomas inespécificos e não localizadores da doença
      - Achados semiológicos clássicos:
        
        Vesícula biliar palpável
        
        Massa abdominal e/ou ascite
        
        Hepatomegalia
        
        Linfonodomegalia supraclavicular esquerda
        
        Tromboflebite superficial migratória
    - - USG de abdome revela a presença de dilatação biliar e massa na cabeça do pâncreas
        
        TC de abdome com contraste IV detecta lesões não visualizadas pela USG, além de complementar o estadiamento e definição de ressecabilidade das lesões encontradas
        
        Laporoscopia diagnóstica (associada ou não à USG endoscópica
        
        Colangiopancreatografia Retrógrada
        Endoscópica (CPRE) auxiliará no diagnóstico diferencial
        
        Marcadores Tumorais (CA19-9)
    - - Tratamento Paliativo: foco no controle da dor, controle da colestase e controle da obstrução duodenal.
        
        Quimio e radioterapia paliativas
        
        Tratamento Curativo: ressecção do tumor - pancreatoduodenectomia. Tratamento neoadjuvante antes da cirurgia com quimioterapia + radioterapia. Tratamento adjuvante é feito com gencitabina isolada.
- - - - Não secretam hormônios e não são cancerosos. Esses tumores podem causar sintomas ao bloquear o trato biliar ou o intestino delgado através de hemorragias para o trato gastrointestinal ou provocando uma massa no abdômen.
        
        Tratamento: quimioterapia sistémica, terapia
        hormonal, ablação por radiofrequência, quimioembolização arterial transcutânea seletiva, transplantação ou cirurgia de ressecção
    - - Secretam grandes quantidades de um hormônio em particular, causando várias síndromes. Alguns tumores funcionais são cancerosos.
        
        Principais tipos:
        
        Insulinoma
        
        Gastrinoma
        
        Glucagonoma
        
        Vipoma
        
        Insulinoma
        
        Forma mais comum dos PET funcionais
        
        90% são benignos
        
        Surgem a partir das células β dos ilhéus de Langerhans, que produzem insulina.
        
        Apresentam sintomas de hipoglicemia, inicialmente de forma episódica e, posteriormente, persistente
        
        Os sintomas incluem: desmaios, fraqueza, tremores, palpitações, sudorese, nervosismo e fome intensa
        
        Diagnóstico: dosagem de glicose, insulina e peptídeo -C
        
        Gastrinoma
        
        2º forma mais comum das PET Funcionais. Também conhecida como Síndrome de Zollinger Ellinson
        
        Afeta mais homens do que mulheres (2:1)
        
        Frequentemente localizados no duodeno
        
        50% são malignos
        
        Surgem a partir das células não-β do pâncreas endócrino, que segregam gastrina em excesso
        
        Sintomas: dor abdominal, dispepsia, diarreia, esteatorreia, má absorção
        
        Glucagonoma
        
        São raros, representam 10% de todos os PETs
        
        75% são malignos
        
        Surgem a partir das células α dos ilhéus de Langerhans, que produzem glicagina.
        
        A glicagina estimula a gliconeogênese e inibe a
        glicólise dentro do fígado
        
        Sintomas: intolerância à glicose, perda de peso, anemia, hipoaminoacidemia, depressão, fraqueza generalizada, diarreia. Ocorre também um rash característico chamado eritema migratório
        necrolítico, sendo a característica mais comum deste tumor
        
        VIPoma
        
        Excesso de produção de polipeptídeo intestinal vasoativo, o qual estimula a secreção de fluidos e electrólitos para dentro do intestino e aumenta a motilidade intestinal
        
        3 a 8% de todos os PET e são mais comuns em mulheres
        
        50% dos VIPomas pancreáticos são malignos.
        
        Surgem a partir das células não-β do
        pâncreas endócrino, que segregam VIP em excesso
        
        Sintomas: profusa diarreia aquosa, com perda associada de água, sódio, cloreto, potássio e bicarbonato. Resulta em hipocalémia, acidose metabólica e desidratação
        
        Apresentam-se muitas vezes letárgicos,
        nauseados e com fraqueza muscular, em consequência da hipocalémia
        
        A diarreia em 70% dos casos é superior a 3L/dia,1-3 podendo, no entanto, atingir até 10L
        de fezes por dia
- - - - Leucocitose, hiperglicemia, Aumento das aminotransferases, fosfatase alcalina e bilirrubina.
- - - - Tratamento:
        
        Suporte clínico:
        
        Hidratação: 20-30 ml/Kg de solução cristalóide (SF 0,9% ou ranger lactato)
        
        Analgésicos: dipirona/ opiodes
        
        Antiemético: bromoprida
        
        Jejum oral até cessar a dor: soro de manutenção endovenoso
        
        NÃO UTILIZAR ANTIBIOTICO PRECOCE
        
        Apenas se piora ou se não houver melhora em 14 dias
      - Estratificação da gravide:
        
        SOFA
        
        qSOFA
        
        Atlanta revisada (2012)
        
        Leve, moderada e grave
        
        Avalia insuficiência organica e complicações locais ou sistêmicas
    - - O nível de amilase é útil para o diagnóstico, mas não se correlaciona com a gravidade da doença.
    - - Pancreatite “grave” é mandatório realizar uma TC abdominal com contraste endovenoso após as primeiras 72h do início do quadro