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ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO, Edema e alterações inflamatórias na…
ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO
FISIOPATOLOGIA
processo hipertrófico progressivo
provoca o alongamento e estreitamento persistente do canal pilórico
principal causa de obstrução gastrointestinal superior no período neonatal.
normal:
o piloro se contrai para manter a comida no estômago para digestão
relaxa para deixar a comida passar para o intestino.
o músculo do piloro se torna espesso e às vezes se fecha (estenose)
razões ainda não conhecidas
bloqueando a saída de substâncias do estômago para o intestino delgado
músculo se desvia para cima
passando a ocupar uma posição antero-medial ao rim esquerdo
adjacente à vesícula biliar
no exame físico é possível identificar uma massa
muscular hipertrófica
oliva
ETIOLOGIA
Ainda é desconhecida
Fatores que influenciam
Multifatorial: genética + ambiental
Alergia a proteína do leite
Uso de macroliteo (eritromicina)
Herança genética ( 7%)
Hipergastrinemia
Hipotese
Hipertrofia muscular do canal pilórico secundário ao espasmo do esfíncter (ocasionado por imaturidade ou degeneração de cel. ganglionares)
QUADRO CLÍNICO
Vômitos pós-prandial precoce sem Bile
Fome após vômito resultando em criança chorosa e irritada
Diagnostico feito entre a 4-8 semana de vida
Diagnostico tardio: dificuldade em ganho de peso/desnutrição
Bom estado geral ou eventualmente desidratado devido aos vômitos
Oliva presente em 60%-80% dos casos, achado clinico na ectoscopia e palpação de massa palpável em hipocôndrio direito ou epigástrico
DIAGNÓSTICO
Ultrassonografia
A ultrassonografia abdominal pode levar ao diagnóstico da estenose hipertrófica do piloro, revelando aumento do espessamento (tipicamente ≥ 4 mm; normal, < 2 mm) e alongamento do piloro (> 16 mm).
Seriografia do trato gastrintestinal superior
tipicamente revela retardo do esvaziamento gástrico e um “sinal do cordão” ou de “trilho de trem” do alongamento e estreitamento da luz do piloro.
As principais alterações da estenose pilórica nas radiografias simples consistem em: a) dilatação gástrica marcante; b) inexistência de bulbo duodenal cheio de ar; c) escassez ou ausência de ar no intestino delgado e no intestino grosso d) conteúdo gástrico espumoso e moteado; e) pneumatose gástrica (rara), ou mesmo um aspecto normal
Endoscopia Superior.
O padrão hidreletrolítico
uma criança com estenose hipertrófica do piloro é o de alcalose metabólica hipoclorêmica (decorrente da perda de ácido hidroclorídrico e hipovolemia simultânea).
O diagnóstico clínico baseia-se na história de vômitos não-biliosos em jato, sinais de hiperperistalse gástrica e "tumor" pilórico palpável ao exame físico.
TRATAMENTO
Se inicia pela correção do desequilíbrio hidroeletrolítico e da desidratação, a cirurgia encontra-se indicada.
A piloromiotomia laparoscópica é uma versão minimamente invasiva do procedimento de Ramstedt que tem sido associada a uma menor incidência de êmese pós-operatória e menor tempo de internação hospitalar, mas ocasionalmente resulta em piloromiotomia incompleta. Uma abordagem transumbilical também pode ser usada, mas possui maior tempo de operação.
No pós-operatório, após cerca de quatro a seis horas, a alimentação líquida (leite materno ou leite adaptado ) pode ser iniciada estando a criança alerta e sugando bem (3 a 6 horas) apos o procedimento
Vômitos persistentes após o 5o dia de pós- -operatório é consequência de piloromiotomia inadequada ou incompleta ou aderência sobre o duodeno
Nestes casos uma nova intervenção encontra-se indicada
A cirurgia é curativa e apresenta uma mortalidade de 0,5%.
VÔMITO EM JATO
O vômito é resultante de uma comunicação do bulbo com o SNC através dos nervos VII e X que enviaram estímulos aferentes e resultaram na contração de músculos respiratórios, abdominais e diafragmáticos contra a glote fechada, realizando assim o vomito.
Dessa forma, ocorre pressão intra-abdominal positiva, que força o conteúdo gástrico para o esôfago, se não ocorrer oposição a ela.
O ato de vomitar resulta da interação de componentes neurais, humorais, musculares e gastrointestinais.
Os chamados vômitos em jato são vômitos não precedidos por náuseas
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO
O esvaziamento gástrico é um processo fisiológico que têm por finalidade a transferência do conteúdo alimentar do estômago para o duodeno
A forma de transferência dos alimentos líquidos e dos sólidos é feita de modo distinto.
Enquanto os líquidos são transferidos de forma rápida para o antro o sólido é retido por mais tempo no fundo gástrico e lentamente transferido para o antro.
O estômago pode ser dividido em três segmentos de padrões motores distintos: região proximal do estômago, região distal do estômago e piloro.
Estômago proximal
: desempenha a função de reservatório, possui funções motoras diferenciadas para possuir essa função.
A principal característica motora é possuir relaxamento expressivo do seus tônus diante da resposta fisiológica à deglutição.
Isso permite que o estômago receba até 2L de conteúdo com aumento de pressão intragástrica de menos de 10 mmHg.
Estômago distal
: desempenha funções de digestão mecânica (fragmentação homogeneização das partículas sólidas ingeridas) e o esvaziamento do conteúdo gástrico de maneira ordenada e controlada.
A região distal apresenta contrações peristálticas, em um ritmo máximo de três contrações por minuto
Piloro
: O piloro desempenha um papel importante na resistência ao fluxo do conteúdo intragástrico, controlando o esvaziamento gástrico
Edema e alterações inflamatórias na mucosa e
submucosa podem agravar o estreitamento.
A estenose pilórica adquirida pode ocorrer como
consequência de gastrite antral ou de úlceras pépticas próximas ao piloro