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Distúrbios do Sono, Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), Ronco e Catatrenia,…
Distúrbios do Sono
Definição dos princ. Distúrbios do sono:
Sono
período com relativa tranquilidade das atividades cerebrais que desempenha um papel essencial na recuperação do cérebro
quatro estágios
uma das quatro fases do sono é o REM; as outras três são não-REM dividido em N1, N2 e N3.
Estágio 1 do sono não-REM>
transição entre a vigília e o sono
Estágio 3 do sono não-REM>
sono profundo, fase em que o batimento cardíaco, a respiração e os músculos ficam mais relaxados, e as ondas cerebrais ficam ainda mais lentas
Sono REM>
ocorre pela primeira vez depois de cerca de 90 minutos dormindo
movimentos rápidos dos olhos, ondas cerebrais, respiração e batimento cardíaco próximos ao da vigília, com os demais músculos paralisados
Estágio 2 do sono não-REM>
intermediária antes de um sono mais profundo
Distúrbios e suas definições
Insônia
Dificuldade para iniciar ou manter o sono
• Inicial (mais de 30m depois que deitou para dormir)
• Intermediaria (despertar no meio da noite e demorar mais de 30m para dormir)
• Terminal (despertar precoce e não consegue voltar a dormir)
Narcolepsia
Distúrbio crônico do sono que causa sonolência diurna em excesso.
3x/semana por 3 meses
Apneia Obstrutiva do Sono:
Bloqueio de ar nas vias aéreas
o Anatomia diferente
o Excesso de gordura
Diminuição de O2 e aumento de CO2 com a falta de respiração, isso faz com que acorde durante a noite
Síndrome das Pernas Inquietas
Necessita mexer as pernas p/ aliviar desconforto
o Formigamento
o Queimação
Hipersonia
sonolência excessiva durante o dia e/ou sono prolongado a noite.
diferencia-se da narcolepsia por ausência de cataplexia, alucinações hipnagógicas e paralisia do sono.
Parassonias
comportamentos episódicos, não desejáveis ou desagradáveis que ocorrem no início do sono, durante o sono ou no despertar.
sintomas variantes da normalidade são o sonilóquio (pacientes que falam durante o sono).
Fisiopatologia dos distúrbios do sono:
Sono Fisiológico
Durante o sono, ocorrem diversos fenômenos, como redução da reatividade a estímulos externos, diminuição da atividade motora, além de fenômenos autonômicos, como redução da frequência cardíaca, da frequência respiratória, e da pressão arterial
Varia de acordo com a idade, sexo e características individuais. è influenciado por diversos comportamento, processos internos e externos, substâncias, citocinas e hormônios.
Noites mal dormidas podem acarretam problemas sociais, cognitivos e psicológicos.
É um processo cíclico. Média de de 7h30 de sono. O
Controle Volitivo
é o fator mais importante. Variações: dormidor curto e dormidor longo (6h à 10h)
Horário de Dormir
: 22h às 06h. Variações de Cronótipo: vespertinos x matutinos
Memórias comprometidas
- transição da vigilia para o sono.
Memórias consolidadas
- durAnte o sono, o caminho entre a memórias guardadas em várias regiões do cérebro e hipocampo são ativadas.
Sono REM
representa uma ativação dos neurônios colinérgicos do tegmento dorsal da ponte, que depois excita os neurônios responsáveis pela atonia, pelos movimentos oculares rápidos, pelo aumento da taxa metabólica basal, pela supressão termorreguladora e por outras características do sono REM. O sono REM é inibido pela ativação da rafe dorsal e do locus cerúleo. Uma rede de neurônios situados do mesencéfalo hipotalâmico e no tálamo parece regular a alternância cíclica do sono REM.
Sono NREM
é expresso quando uma rede de neurônios do hipotálamo anterior suprime o sistema ativador reticular e a atividade dos neurônios monoaminérgicos. Essa rede neuronal causa uma desconexão funcional da estimulação sensorial do córtex e reduz a taxa metabólica da maioria das áreascorticais
Neurotransmissores Ativadores:
Histamina, Dopamina, Noradrenalina, Serotonina, Acetil colina, Orexina/Hipocretina e Glutamato
Neurotransmissores Desativadores:
GABA e Melatonina
Sono Patológico
Vários fatores podem provocar distúrbios do sono, tanto
causas secundárias
(como a insônia provocada por dor) quanto
causas primárias
, as quais são consequência de alterações neurológicas dos mecanismos do sono.
CLASSIFICAÇÃO pelo ICSD 3
INSÔNIAS
TRANSTORNOS DE HIPERSONOLÊNCIA CENTRAL
TRANSTORNOS RESPIRATÓRIOS RELACIONADOS AO SONO
TRANSTORNOS DO RITMO CIRCADIANO DE SONO-VIGÍLIA
PARASSONIAS
3 more items...
1. Tipo atraso de fase do sono
2.Tipo avanço de fase do sono
3. Tipo Sono-vigília irregular
4. Tipo Sono- vigilia não de 24h
5. Transtorno dos trabalhadores em turnos
6. Jet-lag
7. Transtorno Sono- vigília não especificado
Apneia Central do Sono/ Transtorno de Hipoventilação relacionado ao sono/ Hipoxemia relacionado ao Sono.
Narcolepsia
Ataques de sono/ cochilos. Necessidade incontrolável de dormir.
Inflamação que afeta a cels do hipotálamo que por sua vez para de produzir hipocretina/ orexina - hormônio que regulam o sono/ apetite.
2 more items...
Hipersonia Idiopática/ Sindrome de kleine-Levin/ Hipersonia devido ao uso de drogas e substâncias/ Hipersonia relacionado a transtornos mentais/ Síndrome do sono insuficiente.
Dificuldade de iniciar ou manter o sono. 3 tipo: INICIAL, INTERMEDIÁRIO e TERMINAL.
AGUDA
- Dura até 1 mês
CRÔNICA
- 3x/semana/3 meses
Diagnóstico é Clínico
Diagnóstico:
1- Anmenese
multifatorial, objetivando conhecer o paciente e seus hábitos, pois vários fatores, podem interferir no ciclo sono-vigília.
exame físico: peso e altura, sobretudo calculando o IMC, pois a obesidade pode interferir ( ex: apneia do sono, ângulo da mandíbula e circunferência do pescoço) e sempre associe essas informações com relatos de algum companheiro, se for presente.
2- Principais escalas
Escala de sonolência de Epworth - varia de 0 a 24 pontos - classifica as situações associadas à sonolência.
A Escala de Sonolência de Epworth é um questionário utilizado em vários países do mundo como método de triagem para detecção de sonolência excessiva diurna. A soma do escore total vai de 0 a 24, sendo que acima do escore 9 sugere sonolência excessiva diurna.
Índice de qualidade de sono de Pittsburgh
(PSQI)
É uma ferramenta autoaplicável usada para avaliação da qualidade do sono e de possíveis distúrbios no último mês.
Índice de gravidade de insônia
É uma ferramenta de avaliação projetada para avaliar a insônia. Composto por sete itens que avaliam a gravidade percebida de dificuldades para iniciar o sono, permanecer dormindo e despertar de manhã cedo, satisfação com o padrão de sono atual, interferência com o funcionamento diário, percepção de comprometimento atribuído ao problema de sono e grau de angústia ou preocupação causada por o problema do sono.
Diário de sono
Constituem uma espécie de formulário para registro/monitoramento diário dos hábitos e horários de eventos de sono em noites consecutivas. O preenchimento deve ser feito pelo próprio paciente, diariamente e de modo retrospectivo, isto é, o paciente deve preencher pela manhã fazendo referência à noite que se passou.
3 - Exames complementares
Polissonografia, teste das latências múltiplas do sono (TLMS), também conhecido como Teste Múltiplo de Latência do Sono, teste de manutenção da vigília e Actigrafia.
Polissonografia
Exame padrão ouro para diversos quadros que envolvem o sono.
Indicações: a falta de sono tenha estado presente por seis meses ou mais e por pelo menos quatro noites por semana
também deve ser considerada quando a insônia não respondeu a terapia comportamental ou a farmacoterapia, quando medicamentos
que promovem o sono são contraindicados.
Monitoramento do sono durante a noite que pode ser feito em ambiente hospitalar ou doméstico e pode também ser filmada (a videopolissonografia)
Dentre os parâmetros avaliados (para isso ocorre a
montagem de eletroencefalograma (EEG) Eletrooculograma (EOG), Eletromiograma (EMG) e entre outros) são eles:
tempo total de sono e tempo total acordado após início do sono, arquitetura do sono que são as
porcentagens e distribuição do sono durante a noite, latência do sono incluindo sono REM, eficiência do sono, questões respiratórias dentre roncos, diminuição da saturação e índice de apneia e hipopneia e índice de movimentos periódicos de pernas
Variações da polissonografia para avaliar sonolência diurna que são precedidos de uma polissonografia noturna:
Teste das latências múltiplas do sono
indicado para diagnosticar narcolepsia
Teste da manutenção da vigília
Essa técnica é usada para avaliar os desfechos
de tratamento, sendo às vezes requerida como parte de um “teste de aptidão".
Indicações:
Suspeita de Síndrome
da Apneia Obstrutiva do Sono
Parassonias
Transtornos do movimento durante o sono
(bruxismo)
Sintomas atípicos de
insônia (despertares paroxísticos).
Insônias primárias e
secundárias refratárias
Doenças
neuromusculares
Actigrafia
um aparelho que mede e registra movimento
costuma ser usado no pulso (como um relógio) e pode ser usado como uma medida geral do ciclo de sono-vigília
Benzodiazepínicos e Hipnóticos
Fármacos
sedativos-hipnóticos
Benzodiazepínicos-BDZ
Mecanismo de Ação
Os benzodiazepínicos atuam potencializando a ação inibitória do neurotransmissor Ácido Gama Aminobutiírico (GABA).
Seus alvos são os receptores do ácido γ-aminobutírico tipo A GABAA, que é o principal neurotransmissor inibitório no sistema nervoso central
Ligam-se a subunidades específicas do receptor GABAA em sinapses neuronais do SNC, facilitando a frequência de abertura dos canais iônicos de cloreto mediados pelo GABA • aumento da hiperpolarização da membrana.
Efeitos depressores dependentes da dose sobre o SNC, incluindo sedação e alívio da ansiedade • amnésia • hipnose • anestesia • coma e depressão respiratória
A lipossolubilidade desempenha uma importante função na determinação da taxa de penetração de determinado sedativo- -hipnótico no SNC.
Farmacocinética, toxicidades, interações
Meias-vidas de 2-40 h (mais longa com clorazepato) • atividade oral • metabolismo hepático • Toxicidade: extensão dos efeitos depressores sobre o SNC • tendência à dependência • Interações: depressão aditiva do SNC com o etanol e muitas outras substâncias
Alprazolam, Clordiazepóxido, Clonazepam, Clorazepato, Diazepam, Estazolam, Flurazepam, Lorazepam, Midazolam, Oxazepam, Quazepam, Temazepam,Triazolam
São bem comuns na atenção básica. Prescrição muito maior do que deveria, devemos ter muito cuidado com dose, com as formas que é prescrito ao paciente para não causar a dependência.
Hipnóticos
Mecanismo de ação
Ligam-se seletivamente a um subgrupo de receptores GABAA, atuando como os benzodiazepínicos, com aumento da hiperpolarização da membrana.
Aplicações clínicas:
Distúrbios do sono, particularmente aqueles caracterizados por uma dificuldade em adormecer
Off label:
Antihistamínicos, antidepressivos sedativos, Fitoterápicos e melatonina
Mais recentes: Eszopicloona, Zaleplona e Zolpidem
Rápido início da hipnose com menos efeitos amnésicos, depressão psicomotora ou sonolência no dia seguinte.
Entender a Automedicação dos profissionais de saúde
A prevalência da automedicação no Brasil foi de 16,1% (IC95% 15,0–17,5), sendo maior na região Nordeste
automedicação mostrou-se associada a ser do sexo feminino, pertencer às faixas etárias 10-19 anos, 20-29 anos, 40-59 anos e 60 anos ou mais, residir na região Norte, Nordeste ou Centro-Oeste, e ter uma ou duas ou mais doenças crônicas.
Os analgésicos e os relaxantes musculares foram os grupos terapêuticos mais utilizados por automedicação, sendo a dipirona o fármaco mais consumido. No geral, a maioria dos medicamentos usados por automedicação foram classificados como isentos de prescrição
A automedicação é prática corrente no Brasil e envolve, principalmente, o uso de medicamentos isentos de prescrição, devendo os usuários ficarem atentos aos seus possíveis riscos.
Entre profissionais brasileiros da saúde, constatou-se que quanto maiores o nível de escolaridade e a classe social, maior a ocorrência de automedicação. E, entre trabalhadores de enfermagem brasileiros, observou-se que a prevalência do consumo de automedicação foi maior entre os mais jovens e de mais escolaridade.
O mau uso dos medicamentos acarreta efeitos indesejáveis no âmbito da economia e da saúde. Os médicos e os profissionais de enfermagem são os apontados como os profissionais que mais praticam a automedicação e as categorias mais consumidos são aqueles atuantes no sistema nervoso, analgésicos, antiinflamatórios e antipiréticos
Etiologia do sono patológico:
3 causas principais, corresponde a mais de 70% das queixas de sono
• Questões comportamentais:
Cochilos diurnos;
• Má higiene do sono:
Uso de telas como celulares e computadores próximo a hora de dormir;
Luzes acessas e barulho também próximo ao deitar-se;
Uso de alimentos excitatórios, extrapolar o horário de dormir;
Utilizar a cama para outra atividades além de dormir
• Questões voliativas:
Voluntárias e relacionadas ao estilo de vida como trabalhar até tarde, estudar de preferência a noite e outros
Interação drogas x sono
Diversas drogas como depressores ou estimulantes interagem com o ciclo de sono seja por alterações comportamentais, estresse, situação emocional e outros.
Medicações com potencial de causar sonolência devem ser indicadas ao uso durante a noite, enquanto medicações estimulantes são preferencialmente utilizadas durante a manhã.
Depressores
do SNC
Álcool e opióides
Estimulantes
Cocaína e ecstasy
Causas clínicas
As doenças primárias do sono são diagnóstico de exclusão
Deve-se pensar e investigar inicialmente condições diversas como doenças crônicas ou agudas, transtornos mentais, uso de substâncias psicoativas ou depressivas e relações familiares.
Principais causas clínicas que interferem no padrão de sono tanto por questões hormonais, quando pela causa de dor, estresse e/ou desconforto:
Causas de tosse (DPOC, tuberculose...)
Epilepsias do sono
Doença do refluxo gastroesofágico
Infecções e curso febril
Doenças agudas e crônicas em geral
Doenças tireoidianas com alteração hormonal evidente
Condições psiquiátricas
Depressão, mania, quadros ansiosos, esquizofrenia...
Delirium
Tratamento:
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Tratamento a longo prazo.
Foca no tratamento de pensamentos , preocupações e comportamentos que interferem no sono.
Higiene do sono.
HIPINÓTICOS
Agem aumentando os efeitos do GABA.
Fármacos com 1/2 curta são usados para insônia inicial. (Ex: zolpidem)
os hipinoticos devem ser usado com cautela em idosos
Os anti-histaminicos, antidepressivos, melatonina são preferível ao uso de benzodiazepinicos
Quadro clinico:
Sintomas gerais de distúrbios de sono
dificuldade em adormecer
fadiga diurna
forte desejo de dormir durante o dia
irratabilidade
ansiedade
falta de concentração
depressão
sintomas comuns da insônia
não consegue dormir nem mesmo quando está cansado
não consegue dormir o suficiente para estar revigorado
sente um sono inquieto e fica exausto quando acorda
sintomas comuns da apneia do sono
acordar durante a noite com garganta seca ou dolorida
ronca alto
acorda sufocando ou afegando
sonolência durante o dia
cefaleia
indisposição em geral
cansaço e irritação
sintomas comuns da síndrome das pernas inquietas
fortes impulsos para mover as pernas
dor ou sensação de rastejamento das pernas
sintomas são piores quando a pessoa está descansada
sintomas pioram a noite
Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS)
Bloqueio da entrada de ar na VAS, por vezes causador por uma variação anatômica/ excesso de gordura -->pessoa não respira -> O2 diminui-> CO2 aumenta -> pessoa acorda. Pode acontecer diversas vezes durante o sono.
Ronco e Catatrenia
Padrão Crônico ou recorrente da ruptura do ciclo sono-vigília. Causado por alteração do sistema circadiano ou falta de sincronização do entre o ritmo endógeno e ritmo de sono-vigília desejado ou necessário. Relacionado a fatores comportamentais, volitivos, ambientais e fisiológicos.
Problema 12 - Grupo 2
Tutora Marina
Anna Camila Aires;
Elza Armondes;
Johnny Alencar
Letícia Souza
Nara Azevedo;
Thais Carvalho
Tonny Melo;
Walker Alves.