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CASO 1, Neurite Vestibular (Labirintite), Manifestações clínicas,…
CASO 1
ETIOLOGIAS PERIFÉRICAS
Doença de Ménière
é uma patologia que decorre de de uma hidropsia endolinfática, que causa hipertensão no labirinto, sobretudo no ducto coclear e no sáculo. Caracterizada por vertigem, perda auditiva neurossensorial flutuante, zumbido e plenitude .
Quando idiopática, denomina-se doença de de Ménière
Quando é secundária, denomina-se síndrome de Ménière.
Etiologia
- Doenças autoimunes ( lúpus, reumatismo) que fazem com que complexos autoimunes se depositem no saco endolinfático, causando reação inflamatória local
- Traumas físicos que resultam no descolamento dos órgãos sensoriais do ouvido interno
- Otite média crônica, pois a infecção pode desencadear a produção de citocinas que atingem o espaço endolinfático
- Má formação genética, alergias
- Otosclerose que causa disfunção da reabsorção do fluido do labirinto
- Doenças preexistentes com HAS, DM, herpes e enxaqueca
Quadro clínico
Apresenta a tetráde de sintomas:
- Vertigem episódica (3 a 4 horas);
- Perda auditiva progressiva ou flutuante
- Zumbido
- Plenitude aural
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Diagnóstico
Ménière definida:
- 2 ou mais episódios de vertigem (de 20 minutos a 12 horas)
- Perda auditiva neurossensorial em frequências graves a médias na orelha afetada em pelo menos uma ocasião
- Sintomas auditivos flutuantes,como zumbido e plenitude aural
- Nenhum outro diagnóstico que
justifique tais sintomas.
Ménière provável:
- 2 ou mais episódios de vertigem (de 20 minutos a 24 horas);
- Sintomas auditivos flutuantes, zumbido e plemitude aural
- Nenhum outro diagnóstico que justifique os sintomas
Exames complementares: - Audiometria, - Exames laboratoriais, - Vectoeletronistagmografia ( para avaliar hipofunção vestibular uni ou bilateral), - RM de crânio com contraste ( para afastar Schwannoma), - Eletroclocleografia, - Potencial evocado miogênico vestibular ( capta o potencial inibitório no músculo esternocleiomastoideo ipsilateral e fornece diagnóstico precoce).
Tratamento
- Controle dietético: restringir sódio, chocolate, açúcares, cafeína e álcool
- Betaistina (vasodilatador), 24 mg, via oral, de 12 em 12 horas após as refeições
- Depressores labirínticos nas crises, como o Dimenidrinato + piridoxina, 50 mg, endovenosa, de 6/6 horas
- Cirurgia: realizada apenas em casos excepcionais, em que quadros são incontroláveis, por meio da descompressão do saco endolinfático
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Fístula perilinfática
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Etiologia
- Complicação de otite média crônica
- Traumatismo cranioencefálico,
- Trauma acústico
- Barotrauma
- Malformações congênitas responsáveis
- Iatrogênicas, relacionadas a cirurgias otológicas, em especial as do estribo
Quadro Clínico
- Vertigem episódica
- Perda auditiva provocada por espirros, tosse, levantamento de peso, sons altos (fenômeno de Tullio)
Diagnóstico
- Testes clínicos são insensíveis
- TC fluido na região do recesso da janela redonda
Pressão positiva é feita na orelha suspeita comprimindo-se o conduto auditivo externo, enquanto se observa os movimentos oculares. Um sinal positivo para fístula mostraria um desvio lento conjugado dos olhos contralateral ao ouvido testado seguido de 3 ou 4 nistagmos ipsilaterais.
Tratamento
- Repouso com a cabeça elevada; Evitar esforços
- O fechamento é espontâneo
- Caso os sintomas persistam, após um determinado período é indicado o tratamento cirúrgico
Mulher, 40 anos, com história de episódios de ataques de vertigem há 1 ano.
Descreve como sensação de rotação do ambiente, que dura de 20min - horas, e as vezes náuseas e vômitos.
São incapacitantes e com tontura, vertigem e desequilíbrio que pode durar dias. S/ perda de consciência.
Relata ainda plenitude aural, zumbido e perda auditiva no OD (mais nos ataques).
Exame Físico: cabeça e pescoço normal; nistagmo horizontal; incapaz de manter posição em teste de romberg ou de passos de fukuda; se vira para o lado direito e é incapaz de andar em Tandem; testes da função cerebelar normal.
Vertigem: sensação que o paciente tem de estar girando em torno do ambiente, ou vice versa
ETIOLOGIAS CENTRAIS
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A vertigem central tem associação com sinais do tronco encefálico ou do cerebelo (disartria, diplopia, disfagia...). Pode ser crônica, leve. Pode ser causada por doença vascular, desmielinizante, neurodegenerativa ou neoplásica.
VERTIGEM: causada por distúrbios no sistema vestibular - frequentemente acompanhada por náuseas, instabilidade postural e ataxia da marcha.
Vertigem Fisiológica: causada por movimentos em que o paciente não está acostumado (enjoo no mar) ou discrepância entre os sinais visuais, proprioceptivos e vestibulares (vertigem de altura)
Vertigem Patológica: intensa e acompanhada por náuseas e vômitos, pode ter zumbidos, sensação de orelha cheia ou perda auditiva. Quase sempre com nistagmo em abalos.
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Manifestações clínicas
Fisiopatologia
Distúrbio inflamatório principalmente viral ou pós-viral, mas também podendo ser bacteriano ou autoimune, que afeta o labirinto e/ou porção vestibular do oitavo nervo craniano (vestibulococlear). Essa inflamação decorre de infecções que chegam até o ouvido interno por contiguidade com o sistema respiratório superior
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Início rápido de vertigem grave com náuseas, vômitos e instabilidade da marcha. Se houver inflamação no nervo coclear, pode ter zumbido e perdas auditivas
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Tratamento
Complicações
- perda auditiva
- ossificação coclear
- hidropsia endolinfática tardia -> Doença de Méniére
Diagnósticos diferenciais:
- Doença de Meniere
- VPPB
- AVC de tronco encefálico
- Neoplasia do SNC
- Neoplasias Otológicas
- EM
- Alterações vasculares
- Ototoxicicidade (drogas)
- Enxaqueca com vertigem
- Vertigem Psicogênica
Desinflamação -> corticóide (prednisona VO dose única pela manha - 60 mg/dia do 1°-5° dia; 30 mg no 7° dia; 20 mg no 8° dia; 10 mg no 9° dia; 5 mg no 10° dia
Sintomáticos para reduzir vertigem, náusea e vômitos -> antihistamínicos (betaistina; cinarizina; flunarizina; dimenidrinato)
Reabilitação vestibular -> exercícios que visam a recuperação da função vestibular mais rápida. Fisioterapeutas ou fonoaudiólogos
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