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MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO, GRUPO 3 Ana Júlia Soares Ana Júlia Amorim …
MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO
FISOPATOLOGIA
O megaesôfago é uma das principais alterações da doença de chagas que ocorre no Trato Gastrointestinal
Primeiramente ocorre uma desnervação em todo o tubo digestivo, o esôfago é um dos segmentos mais afetados
Com essa desnervação intríseca haverá incoordenação motora, retenção de alimentos, hipertrofia muscular e, finalmente, dilatação, levando a formação do megaesôfago
O megaesôfago pode atingir um peso 26 vezes superior ao normal e suportar até
dois litros de fluido
Pacientes com megaesôfago chagásico possuem aperistaltismo do corpo esofágico e
as amplitudes de contração são inferiores às amplitudes em pacientes saudáveis
Estudos manométricos de pacientes sintomáticos têm demonstrado que,
após o início da ingestão do alimento o peristaltismo ocorre aproximadamente 20% do
tempo, enquanto em indivíduos saudáveis, o peristaltismo ocorre mais que em 50% do
tempo
DIAGNÓSTICO
Boa anamnese ( identificando a causa positiva e os sintomas sugestivos da doença)
Testes sorológicos
Sorologia para doença de chagas
Machado Guerreiro positivo ( hemaglutinação indireta, imunofluorescência indireta e ELISA)
exame útil no diagnóstico da doença de Chagas ou para se verificar se um indivíduo foi infectado pelo Tripanossoma cruzi, o agente etiológico.
Alterações radiológicas na radiografia simples de tórax , esofagograma simples e filmado
Esofagograma- estudo contrastado do esôfago
consiste em radiografias seriadas com a ingestão de um contraste que aparece no raio-x (bário). A manometria é realizada através de uma sonda nasogástrica (passada pelo nariz) que analisa a pressão ao longo do esôfago. Ambos servem para analisar a motilidade do esôfago.
QUADRO CLÍNICO
Disfagia
Na grande maioria das vezes, o sintoma inicial e o mais constante na esofagopatia chagásica.
Pode estar ausente em casos incipientes ou deixar de ser referido nos casos muito avançados, em que o esôfago se comporta como uma bolsa intratorácica de depósito dos alimentos.
Nas formas hipercinéticas do grupo II, é relativamente freqüente a obstrução do segmento justacárdico por alimento sólido, quase sempre bolo de carne
Regurgitação
Regurgitação surge mais tardiamente em relação à disfagia e à dor esofagiana.
Manifesta-se de início ocasionalmente e o material regurgitado pode não conter alimentos, sendo constituído apenas de ar deglutido e saliva, de cor esbranquiçada, espumoso, comparado pelos pacientes à clara de ovo batida.
Ativa
Precoce, manifestando-se logo após a ingestão de alimentos;
Passiva
Tardia, ocorrendo quando o paciente se deita, razão pela qual é também chamada de clinostática ou de decúbito
Encontrado nas formas ectásicas dos grupos III e IV; perturba o sono do paciente e produz tosse e surtos de broncopneumonia aspirativa.
Dor esofagiana
Durante a ingestão de alimentos (odinofagia)
Independentemente das refeições (dor espontânea)
dor retroesternal, de caráter urente, constritiva, dilacerante ou em cólica, de propagação ascendente para a base do pescoço, mandíbula, arcadas dentárias, região parotídea, irradiando-se para a região interescapulovertebral.
É de aparecimento súbito e tem a característica de atenuar-se ou cessar com a ingestão de água ou outro líquido
50% dos casos
Pirose
Soluço
Hipersalivação
Constipação intestinal
Emagrecimento
ETIOLOGIA
Comprometimento do sistema nervoso entérico
Plexo mientérico de Auerbach
Perda de inervação do esôfago
Incoordenação das contrações musculares
Infecção pelo
Trypanossoma cruzi
Transmitido pela picada do Barbeiro
Imunológica ou parasitária
TRATAMENTO
O objetivo é promover o relaxamento do EEI.
Tratamento Clínico
Mudança de hábitos
Medicamentoso
Injeção de toxina botulínica
Antagonistas de canal de cálcio
Dilatação endoscópica do EEI com balão
Para paciente que não pode ser submetido a cirurgia.
Tratamento Cirúrgico
Esofagectomia Subtotal
Trans-hiatal, com transposição de tubo gástrico pelo mediastino posterior e anastomose esôfago-gástrica cervical.
Mucosectomia
Procedimento que visa remover as lesões presentes no interior do tubo digestivo, em suas camadas mais superficiais
Cardiomiotomia de Heller
Casos não avançado
Consiste na secção das fibras musculares da transição esôfago gástrica, principalmente na parede anterior.
Cirurgia de Serra Doria
Diminuição do calibre do esôfago em vários doentes.
CONSEQUÊNCIA DA CHAGAS NO SIST GASTROINTESTINAL
Incoordenação motora
Acalasia esfincteriana
Retenção de alimentos no esôfago e das fezes no reto e colosigmóide
Hipertrofia muscular e dilatação
Megacolo e megaesôfago
Alterações das secreções gástricas
Alteração do tônus, do relevo mucuso e do trânsito intestinal
EPIDEMIOLOGIA
O megaesôfago é uma das formas clínicas do mal de Chagas que, embora de natureza benigna, tem caráter crônico e progressivo.
Ele pode ser diagnosticado em qualquer idade, mas é mais freqüente entre 20 e 40 anos e tem maior prevalencia no sexo masculino.
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No Brasil, as áreas de risco para transmissão vetorial da doença de Chagas são as regiôes Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Amazônia Legal. Estima-se que existam hoje de 1,9 a 4,6 milhões de pessoas afetadas pela doença, das quais 60% vivem em áreas urbanas.
O Trypanosoma cruzi, protozoário que causa a doença de Chagas, pode ser a chave para a criação de uma vacina contra o câncer, segundo um estudo publicado por uma cientista brasileira na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
Para entender como pode existir uma vacina contra o câncer, é preciso compreender primeiro como o corpo tenta se defender da doença.
“Um dos aspectos mais difíceis do combate ao câncer é induzir no sistema imunológico uma resposta eficiente e duradoura”
As células cancerosas produzem uma proteína chamada ‘antígeno tumoral’, que as demais células não produzem. Quando o sistema de defesa do corpo percebe a presença dessa proteína, gera uma resposta direcionada contra ela.
“O T. cruzi produz uma resposta imune muito forte e o tipo de resposta que ele induz é exatamente o mesmo que induz tumores.
GRUPO 3
Ana Júlia Soares
Ana Júlia Amorim
Bárbara Morais
Eduardo Filho
Lucas Valcari
Luiz Carlos Vilarino
Thyago Nascimento