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PARASITOSES DO TGI - Coggle Diagram
PARASITOSES DO TGI
CONCEITO
AS PARASITOSES INTESTINAIS SÃO INFECÇÕES CAUSADAS POR VERMES (protozoários e helmintos), QUE ATINGEM O INTESTINO DELGADO OU GROSSO. ESTA DOENÇA É CONSIDERADA UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA PORQUE ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADA COM A FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO E MAUS HÁBITOS DE HIGIENE.
DIAGNÓSTICO
Em um contexto mais abrangente, o diagnóstico das doenças parasitárias é feito com base de:
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PRINCIPAIS PARASITOSES
Ascaris lumbricoides
Este nematódeo infecta mais de um bilhão de indivíduos por todo o mundo, como resultado da contaminação fecal-oral.
Ovos ingeridos eclodem no intestino e larvas penetram na mucosa intestinal. Em seguida, as larvas migram da circulação esplâncnica para a circulação sistêmica, e por fim entram nos pulmões para desenvolverem-se dentro dos alvéolos.
Strongyloides
As larvas de Strongyloides vivem em solos contaminados com fezes e podem penetrar na pele intacta. Elas migram através dos pulmões, onde induzem infiltrados inflamatórios, e então residem no intestino enquanto amadurecem até tornarem-se vermes adultos.
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Enterobius vermicularis
Também conhecidos como oxiúros, esses parasitas infectam pessoas em países industrializados e em desenvolvimento.
Como eles não invadem o tecido hospedeiro e vivem toda a sua vida na luz intestinal, raramente causam doenças graves. A infecção por E. vermicularis, ou enterobíase, ocorre primariamente pela via fecal-oral. Os vermes adultos que vivem no intestino migram para o orifício anal à noite, onde a fêmea deposita os ovos na mucosa perirretal. Os ovos causam uma intensa irritação
Trichuris trichiura
Vermes em forma de chicote infectam primariamente crianças. Similarmente ao E. vermicularis, o Trichuris trichiura não penetra na mucosa intestinal e raramente causa doenças graves. Infecções profundas, no entanto, podem causar diarreia sanguinolenta e prolapso retal.
Esquistossomose
Esta doença que envolve os intestinos, mais comumente toma a forma de vermes adultos que residem nas veias mesentéricas. Os sintomas da esquistossomose intestinal são causados pelo aprisionamento dos ovos na mucosa e na submucosa
Cestódeos Intestinais
As três espécies primárias de cestódeos que afetam humanos são Diphyllobothrium latum, as tênias de peixes; Taenia solium, as tênias de porcos; e Hymenolepis nana, tênias anãs. Elas residem exclusivamente na luz intestinal e são transmitidas pela ingestão de peixe, carne, ou carne de porco crus ou malcozidos que contenham larvas encistadas.
Entamoeba histolytica
Este protozoário causa a amebíase e é disseminado por transmissão fecal-oral. AE. histolytica infecta aproximadamente 500 milhões de pessoas em países como Índia, México e Colômbia, e causa 40 milhões de casos de disenteria e abscesso hepático todos os anos.
Os cistos da E. histolytica, os quais possuem uma parede de quitina e quatro núcleos, são resistentes ao ácido gástrico, uma característica que permite que eles passem através do estômago sem sofrer danos.
Giardia lamblia
Giardia lamblia são os patógenos parasitários mais comuns em humanos e são disseminados por água e alimentos contaminados por fezes. Ainfecção pode ocorrer após a ingestão de apenas 10 cistos.
Como os cistos são resistentes ao cloro, a
Giardia é endêmica em suprimentos públicos de água não filtrada
Cryptosporidium
A criptosporidiose também causa diarreia persistente em residentes de países em desenvolvimento. Os organismos estão presentes em todo o mundo, com exceção da Antártida, porque os oocistos são mortos por congelamento.
Os oocistos são resistentes ao cloro e podem, portanto, persistir em água tratada, porém não filtrada
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
HELMINTOSES
ASCARIDÍASE
Pode existir obstrução de vias aéreas pela formação de bolos com parasitas e que podem levar à morte por asfixia
A parasitose leva à diarreia, porém quando há aglomeração de vermes pode levar à obstipação por obstrução
ANCILOSTOMÍASE
Gera uma anemia intensa causada pelos seus parasitas que causam além de sangramentos a espoliação de ferro, resultando em uma anemia ferropriva intensa
A contaminação é a partir do contato com a larva na pele, o que causa uma coceira e urticária local
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ESTRONGILOIDÍASE
Formas sintomáticas iniciais: Lesões cutâneas no local de penetração da larva, caracterizada por lesões urticariformes ou maculopapulares ou por lesões serpiginosa ou linear pruriginosa migratória
HIV, Pacientes com câncer, etilistas crônicos, uso de glicocorticoides podem favorecer à hiperinfecção pela imunodeficiência
TOXOCARÍASE
Febre, emagrecimento, baixo desenvolvimento da criança
Inapetência, hepatomegalia, sintomas respiratórios
Pode afetar o SNC e os olhos, evoluindo com perda de visão
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CISTICERCOSE
Quadro Clínico mais comum: Neurocisticercose (Início por crises convulsivas e anteriormente cefaleia refratária à analgésicos e eventualmente diminuição do déficit cognitivo
HIMENOLEPÍASE
Causa poucos sintomas e diferente da teníase podem haver vários parasitas simultaneamente e por isso é possível haver exacerbação de alguns sintomas como:
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ENTEROBÍASE/OXIURÍASE
Autoinfecção ou transmitida também através de alimentos contaminados caso o indivíduo não lave a mão, o que gera um intenso prurido anal
TRICURÍASE
Apesar de normalmente assintomática, pacientes com muitos vermes no ceco desenvolvem anemia, enterorragia e diarreia crônica
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PROTOZOOZES
AMEBÍASE
Disenteria amebiana
Crônica: com diarreia ocasional e persistente, simulando o quadro de uma doença inflamatória; Ameboma: Depósito de amebas no intestino que leva a uma suboclusão
Afeta fígado gerando um abscesso formado pela invasão do tecido hepático, resultando em febre de origem indeterminada
Dor em hipocôndrio esquerdo, hepatomegalia, sudorese noturna e sinal de Torres-Homem
GIARDÍASE
Enterite Aguda: Diarreia com intensa dor abdominal do tipo cólica que ocorre até 4 semanas do contato com os cistos
Enterite crônica: diarreias recidivantes, com aspecto mais de fezes amolecidas do que líquidas, flatos e dor abdominal do tipo cólica. Pode haver úlceras entéricas como nas infecções por estrongiloide
TRATAMENTO
OS MEDICAMENTOS RECOMENDADOS PELA OMS SÃO: ALBENDAZOL ( 400 mg-dose única) e MEBENDAZOL ( 500 mg-dose única)
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