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DOENÇAS ANORRETAIS - Coggle Diagram
DOENÇAS ANORRETAIS
Identificação
Homem
35 anos
Queixa principal
História de três semanas de dor perianal
HDA
Dor excruciante e sangramento produzido pela
defecação
Os episódios de dor duram de 15 a 20 minutos
O paciente não consegue defecar há três dias
Nega febre, dificuldade para urinar ou episódios prévios de dor.
HPP
Sua história médica anterior não é reveladora.
Medicamentos
Ele não toma nenhum medicamento
Exame físico
O exame da região perirretal revelou a existência de um apêndice cutâneo anal localizado às 12 horas (área posterior do ânus).
Não há massas, eritema nem sensibilidade na região perianal ou nas nádegas.
Durante a tentativa de exame retal digital, o paciente apresentou uma
sensibilidade extraordinária
que resultou em uma avaliação inadequada.
Exames laboratorias
Os achados laboratoriais revelaram valores normais de contagem de LEU, hemoglobina e hematócrito, bem como uma contagem plaquetária dentro da faixa normal.
HIPÓSTESES DIAGNÓSTICAS
Fissura anal
Realizar um exame anal
completo
A dor grave frequentemente impede a conclusão desse exame e a maioria dos pacientes necessita de
sedação ou de um anestésico tópico, regional ou geral.
Uma fissura anal pode manifestar-se como
problema agudo ou crônico
.
As fissuras anais são encontradas na posição da linha média posterior e, quando crônicas, podem estar associadas a um apêndice cutâneo.
O sintoma mais típico das fissuras anais é a dor intensa que acompanha a defecação
.
Sangramento também é um achado bastante comum.
TRATAMENTO
Fissura anal aguda
: tratamento não operatório
Banhos de assento, agentes de volume, um amolecedor de fezes e uma pomada à base de nitroglicerina de uso tópico.
A pomada de nitroglicerina atua como vasodilatador e melhora o fluxo sanguíneo para a região posterior do canal anal.
Fissura anal crônica e recorrentes
A
injeção local de toxina botulínica ou a terapia operatória
para redução do tônus do esfincter em repouso
(esfincterectomia interna lateral)
podem ser indicadas
O risco de incontinência associado ao procedimento de esfincterectomia interna lateral chega a 35%.
As causas incluem o traumatismo no canal anal, produzido pela passagem de fezes endurecida, e a isquemia regional da mucosa, relacionada a um esfincter interno hipertônico.
Hemorroidas e fístulas
em geral são indolores, ao passo que um
abscesso
causaria eritema e sensibilidade na região perianal e nas nádegas.
DISTÚRBIOS DO ASSOALHO PÉLVICO
Prolapso do Reto (Procidência)
Eversão em toda a espessura da parede retal através do ânus; é o resultado de uma intussuscepção ou dobramento do reto ou do retossigmoide
Sua causa na maioria não é descoberta. Tem predomínio em mulheres, nos portadores de doenças mentais crônicas.
CAUSAS: intrussecepto gradual que desloca a parede retal superior para longe das sustentações sacrais e laterais. Mesentério sigmóide alongado. Afundamento da musculatura do assoalho pélvico junto do fundo de saco.
SINTOMAS: em prolapso precoce é muito vago, pode ter um desconforto ou uma sensação de evacuação incompleta durante a defecação, ter uma longa história de constipação e esforço excessivo. Já no prolapso completo, é notável uma protrusão do reto durante e após defecação. De forma geral, na história, quase 50% dos pacientes apresentam constipação e a maioria tem incontinência fecal.
Avaliar a extensão do prolapso, em caso de indicação de uma avaliação de gastrointestinal baixo completa, é somente realizada caso indicada. Tendo como possíveis exames solicitados: Endoscopia, que avalia a parede da mucosa, pode identificar úlcera; manometria identifica a presença de danos esfincterianos, mas não prediz uma recuperação; defecografia pode mostrar a extensão do prolapso, e estudos de trânsito podem indicar a extensão da constipação.
As principais indicações para um reparo cirúrgico incluem a sensação de uma massa do prolapso do intestino e incontinência fecal e / ou constipação associada à procidentia retal. A simples presença de prolapso retal é uma indicação de reparo cirúrgico devido à eventual progressão dos sintomas, enfraquecimento do complexo esfincteriano e risco de encarceramento
Correção cirúrgica:
Delorme: procedimento perineal; indicado em pacientes com até 3 a 4 cm de prolapso, mesmo que o tubo mucoso ressecado possa se estender até 15 cm. Esse procedimento é realizado em pacientes com expectativa de vida limitada e, portanto, a curto prazo; A recorrência do prolapso não é incomum. Funciona por meio de uma protectomia mucosa que é seguida por uma plicatura muscular, anastomosando a extensão proximal do sítio de ressecção mucoso à mucosa distal, logo proximal à linha denteada.
Altemeier (Retossigmoidectomia perineal): procedimento perineal; bem similar ao Delorme, porem tem uma ressecção total da parede retal, que inicia 1 a 2 cm acima da linha denteada, ocorre uma ressecção do intestino e o mesentério. Seu resultado é parecido com o de Delorme.
Retopexia Transabdominal (anterior): procedimento abdominal; é realizada ancorando-se o reto aos tecidos pré-sacrais, pode ter ou não a ressecção sigmoide concomitante. A retopexia é usada para tratar a procidência em pacientes que não apresentam anormalidades concomitantes no assoalho pélvico. Nesses pacientes, presume-se que o prolapso ocorra porque o reto está anormalmente endireitado a partir das forças descendentes de defecação, e não devido à fraqueza do assoalho pélvico ou a um saco peritoneal aumentado.
Existe a retopexia sem tela e com tela posterior (procedimento de Welles) ou anterior (procedimento de Ripstein), a tela busca fixar o reto ao sacro.
Melhor tipo de correção cirúrgica:
Para um procedimento abdominal, sugerimos um reparo abdominal em vez de perineal. As taxas de recorrência após um reparo abdominal são geralmente menores do que após um reparo perinea. Para pacientes submetidos a um reparo abdominal, sugerimos a realização de uma retopexia em vez de nenhuma retopexia. Em um estudo randomizado, os pacientes que não realizaram retopexia tiveram uma taxa de recorrência maior do que os pacientes submetidos à retopexia.
Retocele; Intussuscepção e Síndrome da Úlcera Retal Solitária
Intussuscepção
A intussuscepção é a telescopagem de uma porção do intestino dentro de um segmento adjacente, causando uma obstrução que impede o fluxo sanguíneo para o segmento da intussuscepção, causando isquemia, gangrena e perfuração.
Etiologia:
Grande parte é idiopática, mas pólipos e divertículo de Meckel predispõem o acometimento.
Sinais e Sintomas:
Cólicas abdominais súbitas que se tornam constantes, isquemia intestinal e hemorragia da mucosa faz surgir fezes sanguinolentas. A perfuração resulta em sinais de peritonite, com defesa à palpação, dolorimento e rigidez. Palidez, taquicardia e diaforese são indicadores de choque
Diagnóstico:
Defecografia, USG e TC
Tratamento:
Uma tentativa com suplementação de fibras e modificação dietética pode ser benéfica para casos leves de intussuscepção interna.
O tratamento cirúrgico está indicado em pacientes com prolapso de toda a espessura retal. O
tratamento cirúrgico é dividido em abordagens abdominal e perineal.
SURS:
É uma doença rara que envolve esforço durante a defecação, uma sensação de evacuação incompleta e, às vezes, a passagem de sangue e muco pelo reto.
Etiologia:
Prolapso, Intussuscepção e Constipação Crônica
Sinais e Sintomas:
A lesão pode variar de uma úlcera típica em formato de cratera com uma depressão fibrinosa central a uma lesão polipoide. Ela sempre está localizada na face anterior do reto, 4 a 12 cm da borda anal
Diagnóstico:
História clínica associada a sigmoidoscopia flexível com biópsia, revelando a substituição substituição da lâmina própria por músculo liso e colágeno.
Tratamento:
Terapia medicamentosa com laxantes para expulsão do bolo fecal e cirurgia se prolapso retal.
Retocele:
Etiologia:
As pressões retais tendem a ser maiores do que as presentes na vagina, portanto, as pressões tendem a empurrar o reto anteriormente e estirar e desviar também o septo retovaginal.
Sintoma:
Constipação
Diagnóstico:
São detectadas ao se retrair a parede vaginal anterior, enquanto a paciente está na posição de litotomia. Pedir à paciente para contrair a musculatura faz com que as retoceles se tornem visíveis e palpáveis durante o exame retovaginal.
Tratamento:
Entre as opções não invasivas estão: Exercícios do assoalho pélvico e pessários que são próteses inseridas no interior da vagina com o intuito de manter a redução das estruturas que sofreram prolapso, mas podem causar ulceração vaginal, se não apresentarem o tamanho adequado ou se não forem limpos rotineiramente
O reparo da retocele está indicado para retoceles grandes com incapacidade demonstrada de esvaziar na defecografia. Várias abordagens têm sido utilizadas com sucesso variável, incluindo a transvaginal, a transretal e transperineal.
Incontinência Fecal
É a perda involuntária de fezes, podendo ter também perda de gases.
Incontinência verdadeira: tem perda completa das fezes.
Incontinência mínima: saída ocasional de
fezes por extravasamento ou urgência.
Buscar informações sobre o controle de flatos, fezes líquidas ou sólidas e o efeito sobre o estilo de vida e as atividades.
Exames:
A manometria anal confirma o grau de lesão do esfíncter interno e externo medindo-se, respectivamente, as pressões em repouso e de contração.
Toque retal: avaliar o tônus em repouso e possíveis alterações de compressão ou dilatações do ânus.
A ultrassonografia endoanal; eletromiografia do assoalho pélvico pode ser usada para diferenciar entre fontes anatômicas e neurogênicas da incontinência.
Terapia clínica
Dieta zero e medicamentos para retardar o trânsito intestinal e deixar as fezes mais consistentes.
Exercícios para fortalecer o esfíncter; biofeedback anorretal
Terapia Cirurgica
-Estimulo do nervo sacral
-Colostomia
-Esfincterplastia direta
-Desvio fecal
-Gracilopastia dinâmica
-Esfincter artificial do intestino
-transplosição do músculo graciles
DOENÇAS BENIGNAS DO ÂNUS
Hemorroidas
HEMORROIDAS INTERNAS
Originam-se acima da linha denteada e são recobertas por epitélio colunar e escamoso
Maior frequência em indivíduos com constipação que apresentam normalmente fezes endurecidas.
Primeiro Grau:
Sangramento, sem prolapso. Recomendação dietética.
Segundo Grau:
Prolapso com redução espontânea. Sangramento, eliminação espontânea de muco e/ou fezes em pequena quantidade. Ligadura elástica. Fotocoagulação. Recomendações dietéticas.
Terceiro Grau:
Prolapso requerendo redução digital. Sangramento, eliminação espontânea de muco e/ou fezes em pequena quantidade. Hemorroidectomia cirúrgica. Ligadura elástica. Recomendações dietéticas.
Quarto Grau:
Prolapsada, não pode ser reduzida. Estrangulada. Hemorroidectomia cirúrgica. Hemorroidectomia de urgência.
As hemorroidas internas provocam sangramento indolor.
Diagnóstico:
é realizado através da anuscopia ou mesmo da retossigmoidoscopia.
Tratamento:
Hemorroidas de primeiro grau:
dieta rica em fibras (20 a 30 g/dia), seis a oito copos d’água ao dia.
Pomada de diltiazem, AINES e acetaminofen são drogas utilizadas com frequência para alívio dos sintomas;
Hemorroidas de segundo grau:
A ligadura elástica é a abordagem inicial; nestes indivíduos, a fotocoagulação pode ser empregada para manejar o sangramento. Hemorroidectomia é possível em casos de hemorroidas de grandes dimensões. A ligadura elástica é o método realizado em consultório/ambulatório (anuscópio utilizando-se um ligador).
Contraindicações relativas ao procedimento incluem
imunodeficiência, presença de coagulopatia e uso de medicações anticoagulantes ou antiplaquetárias (exceto AAS e derivados).
Hemorroidas de terceiro grau:
hemorroidectomia é o procedimento cirúrgico de escolha.
Hemorroidas internas de quarto grau:
hemorroidectomia
A técnica cirúrgica mais empregada é a hemorroidectomia aberta (Milligan-Morgan).
A ferida não é fechada com pontos e cicatriza por segunda intenção.
PLICOMA ANAL E HEMORROIDAS EXTERNAS
São próximas à margem anal e são recobertas por epitélio escamoso
A
hemorroida externa
não causa sintomas; sangramento não ocorre, pois o plexo hemorroidário externo é recoberto por epitélio escamoso.
Tratamento: usualmente não é cirúrgico.
Higiene local, utilizando água corrente e evitar o uso de papel sanitário de textura áspera.
O evento inflamatório que complica as hemorroidas externas é a trombose.
O quadro clínico é de
congestão, edema e dor
no plexo hemorroidário externo. A dor é aguda, latejante ou em queimação, de intensidade crescente e associada à sensação de plenitude anal.
< 3 dias do início dos sintomas:
o tratamento consiste em incisão e evacuação do trombo hemorroidário, em consultório sob anestesia local; a ferida é deixada aberta, cicatrizando por segunda intenção.
> 3 dias de evolução:
a cirurgia não é mais indicada, tratamento conservador com banhos de assento com água morna, analgésicos, AINEs e dieta rica em fibras.
O
plicoma
é visível na margem anal e representa
tecido cutâneo redundante e residual, decorrente de episódios passados de inflamação e edema do plexo hemorroidário externo
.
Doença hemorroidária: se manifesta com prolapso, sangramento e prurido.
As hemorroidas são canais vasculares (venosos) dilatados.
Fissura Anal
A fissura anal é uma úlcera longitudinal localizada no canal anal.
90% das fissuras estão localizadas na linha média posterior
Quando a fissura anal é encontrada fora destes sítios devemos considerá-la inicialmente como secundária.
Aumento do tônus do esfíncter anal interno que precipita um evento isquemico e constipação crônica evoluindo com trauma local, fezes endurecidas.
O principal sintoma é a dor anal precipitada pela evacuação.
Durante a fase aguda, o toque retal não é recomendado, pois agrava o espasmo muscular e causa uma dor descrita como “insuportável”.
Fissuras anais crônicas (mais de seis semanas de evolução) apresentam:
ulceração profunda (fissura propriamente dita), endurecimento das bordas, aumento de tecido no nível da linha denteada (papilas hipertrofiadas) e plicoma anal sentinela, edemaciado.
Fissuras agudas
têm até três a seis semanas de evolução.
Fissuras crônicas
há mais de seis semanas de duração dos sintomas.
Tratamento:
Fissuras agudas:
medidas dietéticas somadas a banhos de assento frequentes e uso de emolientes fecais. Uso de nitratos ou BCC tópicos.
Fissuras crônicas:
a falha do tratamento farmacológico, implica no cirúrgico (esfincterotomia lateral interna).
Cisto Pilonidal
Cistos na linha média da região sacrococcígea.
Há relação do cisto pilonidal com a presença abundante de pelos nesta região.
Fatores de risco são obesidade, sedentarismo e trauma local.
Diagnóstico
é eminentemente clínico
Clínica:
sinais flogísticos e descarga purulenta, caracterizando a fase aguda.
Tratamento:
drenagem com anestesia local, como qualquer abscesso cutâneo. O uso de antibióticos é raramente indicado.
Na fase crônica, o tratamento é a ressecção do cisto devido ao seu caráter recidivante.
Abscessos Anorretais
Processos infecciosos agudos e supurativos. Coleções purulentas na região anorretal.
Principal causa é a criptoglandular (pela infecção da cripta anal). Pode ser originado de uma fissura infectada.
Quadro Clínico
: dor contínua e latejante, de intensidade variável de acordo o volume da coleção purulenta. Com piora à deambulação, ao sentar e ao evacuar. Associado a febre, calafrio, tenesmo retal e urinário, tumoração perineal.
Tratamento cirúrgico
, depois de diagnosticados devem ser drenados.
Diagnóstico
realizado pela inspeção e palpação. Nos superficiais tem sinais flogisticos, nos profundos a palpação permite sentir a flutuação e seus limites, tanto perineal quanto intrarretal.
A retossigmoidoscopia deve sempre ser realizada
para avaliação de doenças concomitantes
. Nos pacientes com dor intensa, exame proctológico
deve ser realizado sob analgesia, em casos do proctológico duvidoso deve realizar a USG endorretal e RNM pélvica (demostram presença de abscessos profundos).
Diagnóstico diferencial: carcinoma do canal anal, doença de Crohn anorretal e tuberculose perianal.
Abscessos perianais
- mais frequente, menos agressivo e tratamento cirúrgico simples
Abscessos isquiorretais
- propagam-se ao lado do canal anal pelo espaço retroesfincteriano, quando drenado originam as fístulas em ferradura. Tratamento cirúrgico mais complexo.
Abscessos submucosos
- processos infecciosos localizados na submucosa do canal anal ou da ampola retal. Tratamento cirúrgico realizado pela via transanal.
Abscessos interesfincterianos
- tratamento com disseção do plano intermuscular da região anorretal.
Abscessos pelvirretais
- localizados acima dos músculos elevadores do ânus e abaixo da reflexão peritoneal.
Fístula
Homens adultos duas vezes mais chances de desenvolver abcesso e / ou fístula em comparação com mulheres
Etiologia
glândula da cripta anal infectada( principal etilogia)
Doença de Crohn
Fístulas anoperineais e anovaginais são manifestações comuns da doença de Crohn perianal
A incidência de fístula anal aumenta à medida que a doença de Crohn luminal se estende distalmente e é mais alta no cenário de proctite de Crohn
Na doença de Crohn, as fístulas anais são causadas por inflamação penetrante
Lesão obstétrica
fístulas anovaginais e retovaginais resultando de trauma obstétrico
Retite por radiação
pacientes submetidos à radiação pélvica podem desenvolver sangramento, dor retal e fístulas.
Corpos estranhos retais
corpo estranho retal retido pode ser causa rara de fístula anorretal laceração da mucosa anorretal é a complicação mais comum da inserção anal de um corpo estranho e pode resultar em abscesso e formação de fístula
Doenças infecciosa
linfogranuloma venéreo é uma infecção crônica do sistema linfático causada por Chlamydia trachomatis e pode causar massas inflamatórias perirretais e fístula anal
tuberculose anorretal também pode causar fístula anal
Malignidade
Raramente, o carcinoma de células escamosas anal pode fistulizar para a vagina
Patogenese
As fístulas criptoglandulares originam-se de uma glândula da cripta anal infectada (Existem e 8 a 10 glândulas da cripta anal, dentro do canal anal a nivel da linha denteada
Uma fístula anorretal é a conexão entre duas estruturas epiteliais essa estrutura conecta o abscesso anal das glândulas da cripta anal infectada à pele perirretal e, tb outros órgãos pélvicos.
Quadro clinico
abscesso anorretal "não cicatrizante" após a drenagem, ou com drenagem purulenta crônica e uma lesão semelhante a uma pústula na região perianal ou nádega
dor retal intermitente durante a defecação, mas também quando ficam sentados e em atividade
drenagem perianal intermitente e fétida e com prurido
Exame físico
A pele perianal pode estar escoriada e inflamada
abertura externa pode estar inflamada, sensível e / ou drenando fluido purulento. Um cordão palpável que vai da abertura externa ao canal anal pode estar presente.
A abertura interna no ânus pode ser visualizada pelo exame anuscópico, um sigmoidoscópio pode ser necessário para visualizar a abertura interna no reto. a abertura interna pode ser palpada no exame de toque retal (alguns casos)
Exames de imagem
A ressonância magnética (MRI) e a endosonografia (EUS) são os estudos de imagem preferidos para determinar a anatomia do trato da fístula e a extensão do envolvimento do esfíncter anal.
Diagnostico
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apenas para avaliação diagnóstica de fístulas complexas ou recorrentes
Tratamento
O tratamento cirúrgico é a base da terapia em pacientes com fístulas anorretais sintomáticas, com exceção de alguns pacientes com doença de Crohn,O objetivo da terapia cirúrgica é erradicar a fístula, preservando a continência fecal
faz se uma sonda suavemente na fístula para determinar sua anatomia
regra da Goodsall
Classificação de acordo com os musculos do esficter anal
Intersfincteriana
Parks tipo 1).
Transesfincteriana
Parks tipo 2
Suprasfincteriana
Parks tipo 3)
Extrasfincteriana
(Parks tipo 4)
Superficial
n possui parks
Uma fístula anorretal é um trajeto tubular com uma abertura no canal anal e outra geralmente na pele perianal. As fístulassurgem espontaneamente ou são secundárias à drenagem de um abscesso perirretal.
TUMORES DE MARGEM ANAL
Carcinoma de Células Escamosas
Características
Apesar do comportamento oncológico do carcinoma de células escamosas assemelhar - se ao dos tumores cutâneos em outras partes do corpo, a localização destas lesões resulta em sintomas específicos do local, como uma tumoração , prurido crônico, sangramento, dor e fístulas e condilomas associados.
Tratamento
É recomendada uma ressecção alargada para o carcinoma de células escamosas da borda anal em fase precoce. Geralmente tem excelentes resultados.
A irradiação é reservada para aqueles pacientes que não podem ser tratados com resseção local ou para aqueles com doença recorrente que desejam evitar uma ressecção abdominoperineal
A linfadenectomia é indicada para aqueles raros pacientes que apresentarem evidências metastáticas para os linfonodos regionais
Condiloma aculminado
Tratamento
Citopatologia anal e teste oncológico
Lesão de alto risco
HSIL ou (+) teste de HPV oncogênico
Colposcopia anal Mapeamento de pele perianal com biópsias
Terapia definitiva
Eletrocauterização
Ressecção
Lesão de baixo risco
LSIL ou (-) teste de HPV oncogênico
Tratamento tópico + fulguração
Repetir testes de vigilância (3 meses)
Neoplasia Intraepitelial
Identificar condições virais subjascentes
Mapeamento preciso das lesões
Excisão
Ablação focal
Ácido trocloracético a 80% ou Imiquimode
Retalho com deslizamento em V.Y
Acompanhamento
Pacientes com grau NIA 1ou 2 podem ser reavaliados a cada 12 meses, na ausência de novas lesões suspeitas
Pacientes imunocomprometidos NIA 1 ou 2 ou com grau NIA 3 devem ser reavaliados a cada 4 ou 6 meses
Doença de Bowen
Características
Normalmente se apresenta como uma única área confluente de carcinoma de células escamosas in situ tratada com resscecção alargada.
Tratamento
Ressecção alargada
Carcinoma de Células Basais
Tratamento
Ressecção local de margem ampla
Se lesão extensa
Ressecção abdominoperineal
Necessita de um rigoroso acompanhamento
Carcinoma Verrucoso
Sinônimos
Tumor de Burchke - Lowenstein
Comdiloma Aculminado Gigante
Definição
É uma lesão intermediária entre o condiloma aculminado e carcinomas invasivos de células escamosas, com base na sua causa comum de HPV
Características das lesões
As lesões extensas similares às verrugas são complacentes e de crescimento lento. Elas podem fistulizar, se tornar infectadas e sofrer degeneração maligna.
Tratamento
Ressecção local ampla radical ou ressecção abdominoperineal
Pode - se esperar um prognóstico péssimo para os tumores que evoluem para um carcinoma invasivo de células escamosas.
Alguns desses casos podem responder favoravelmente bem a radioterapia combinada com quimioterapia
Doença de Paget
Conceito
É um adenocarcinoma intraepitelial raro
Características
É uma placa eczematoide bem demarcada com ulcerações branco-acinzentadas ou lesões papilares
Epidemiologia
Mais comum em pacientes idosos
Diagnóstico
A histopatologia , mostrando a presença de células de Paget positivas para o ácido periódico de Schiff, confirma o diagnóstico
DOENÇAS MALIGNAS DO CANAL ANAL
Carcinoma Epidermoide do Canal Anal (Anatômico)
Percentual baixo das neoplasias do tubo digestivo
Maior incidência em mulheres do que em homens (relação 2:1)
A infecção por HPV parece ser o principal fator de risco
Quadro Clínico
Habitualmente se apresenta como dor anal, sensação de nódulo (massa), pequeno sangramento e prurido;
Muitas vezes as manifestações são atribuídas a condições benignas como fissuras e hemorroidas, retardando o diagnóstico correto;
Exame Físico
O cirurgião deve estabelecer o tamanho e a posição do tumor;
Indicada a pesquisa de possíveis extensões
tumorais para vagina, próstata, reto e períneo;
A retossigmoidoscopia está indicada;
Diagnóstico
Análise histopatológica da biópsia
Métodos de imagem são empregados para o correto estadiamento:
Ultrassonografia endoanal
Ressonância magnética da pelve
TC de abdome
Estadiamento
T
: tamanho do tumor
T0: sem evidência de tumor
Tis: carcinoma in situ
T1: tumor ≤ 2 cm
T2: tumor entre 2 e 5 cm
T3: tumor > 5 cm
T4: tumor de qualquer tamanho que invade órgãos adjacentes
N
: linfonodos acometidos
N0: sem metástases para linfonodos regionais
N1: metástases para linfonodos perirretais
N2: metástase unilateral para linfonodos ilíacos internos e/ou inguinais
N3: metástases para linfonodos inguinais e perirretais
E/OU
metástases bilaterais para linfonodos ilíacos internos e/ou linfonodos inguinais
M
: presença ou não de metástases à distância
M0: sem metástases
M1: metástases à distância (fígado é o principal sítio)
Tratamento
A terapia combinada (quimioterapia e radioterapia) é o tratamento de primeira linha, sem necessidade de ressecção abdominoperineal;
Envolve o uso de radioterapia externa para o tumor pélvico e para linfonodos inguinais;
Mais de 80-90% desses tumores podem ser curados dessa forma, desde que não ocorram metástases para linfonodos regionais;
A recidiva local pode ser tratada novamente com quimioterapia e radioterapia ou com ressecção abdominoperineal;
Nesses casos, o procedimento cirúrgico oferece maior sobrevida em cinco anos;
A ressecção abdominoperineal também é indicada para pacientes que não obtiveram resposta com a terapia combinada em 6 meses.
Melanoma
Epidemiologia
Baixa incidência, representa 0,4% - 1,6% dos melanomas e 1% dos tumores do canal anal
Localização: retal (muito rara), anorretal e anal,
sendo estas duas as apresentações mais freqüentes
Mais comum entre 60-80 anos
Quadro Clínico
Sangramento, prurido, secreção anal, dor anal, dor durante a evacuação, alteração do hábito intestinal e fezes em fita.
Estágios
Lesão localizada e limitada ao local primário
Metástases para linfonodos regionais
Metástases à distância
Classificação de Breslow
Realizada após a retirada e análise da extensão do tumor; baseia-se na espessura dos tumores
em milímetros, medida a partir da superfície do epitélio da lesão até o ponto onde ocorre a maior penetração da neoplasia.
Nível 1 – Penetração restrita ao epitélio
Nível 2 – Penetração menor que 1mm
Nível 3 – Penetração entre 1 e 2 mm
Nível 4 – Penetração maior que 2mm
Diagnóstico
Tumores com Melanina presente: Anatomopatológico
Tumores Amelânicos: imuno-histoquímica ou teste de tirosinase ou dopaoxidase
Exames de imagem: USG endoanal, TC ou RM
Tratamento
Excisão local ampliada, amputação abdomino perineal do reto, exenteração pélvica, radio e quimioterapia ressecções alargadas, injeção local de interferom beta e a braquiterapia
O tratamento cirúrgico curativo
quando possível deve ser prioritário, porém, levando-se em consideração os estádios avançados, devemos escolher o método mais adequado ao paciente, , avaliando-se caso a caso, objetivando uma melhor qualidade de vida do paciente.
Prognóstico
Muito ruim, variando de 3 a 15% de sobrevida em 5 anos e tempo médio de sobrevida ao redor de 20 meses
Adenocarcinoma
Muito raro
O epicentro se encontra a menos de 2 cm da linha denteada
Possui localização baixa
Tratamento com ressecção abdominoperineal do reto
Quimioterapia e radioterapia completam a terapia multimodal do tumor
História natural semelhante à dos adenocarcinomas retais
Tratados de forma semelhante
Idade média para apresentação varia de 59-71 anos, sem diferença de sexo
Pode apresentar dor, endurecimento, abscesso, fístula, massa palpável, sangramento, prurido, infiltração, prolapso e perda de peso
EXAME PROCTOLÓGICO
Deve ser realizado sempre que o paciente apresenta sintomas que possam estar relacionados ao colón, ao reto e ao ânus.
Sangramento
Alterações do Hábito Intestinal
Dor Abdominal ou ano-reto-perineal
Consiste no toque retal combinado à retossigmoidoscopia
Indivíduos com alto risco, ou naqueles que apresentam sintomas, o exame proctológico deve ser complementado pela colonoscopia.
Paciente posicionado e orientado quanto a natureza do exame.
Inspeção estática
Analisar estado da pele perianal
Presença de cicatrizes
Presença de secreções
Presença de resíduos fecais
Verificar estado de fechamento do ânus
Inspeção Dinâmica
Solicitar que o paciente faça força para evacuar
Demonstra presença de hemorroidas, prolapso de reto, eliminação de fezes ou descida de períneo.
Palpação da região perianal
Em busca de dor, áreas endurecidas ou amolecidas. Podendo encontrar: abcessos ou infiltração tumoral.
Toque retal
Análise indireta de todo o canal anal e do reto, sendo muito importante para detectar o câncer, pois, é possível perceber a presença de um nódulo e até mesmo sentir a consistência da próstata.
Grupo de Risco Normal
Pessoas que não apresentam sintomas, não são portadores de doença inflamatória ou não possuem história familiar. Iniciar rastreamento a partir dos 50 anos.
Pesquisa de sangue oculto nas fezes (anual)
Retossigmoidoscopia anual ou bianual.
Grupo de Risco Aumentado
Realizar imediatamente
ATENÇÃO: Além destas indicações, deve ser realizado em indivíduos assintomáticos que pertençam aos chamados grupos de risco para câncer colorretal.
O examinador deve ter sempre em mente que o exame proctológico é uma experiência que causa grande apreensão em quase todos os pacientes e, em especial, aos acometidos de uma afecção que produza dor na região anal, pois o paciente teme que o exame em si possa despertar desconforto ainda maior.
O paciente, já bastante tenso, se sentir dor, comtrairá a musculatura das nádegas e
dos esfíncteres, aumentando substancialmente a dificuldade do exame.
O exame proctológico deve restringir-se ao mínimo necessário para estabelecer o diagnóstico,
sem impor sofrimento inútil ao paciente.