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CEFALÉIAS - Coggle Diagram
CEFALÉIAS
Fisiopatologia
Enxaqueca:
É considerada um distúrbio neurovascular com antecedentes genéticos complexos.
A enxaqueca hemiplégica familiar tipo l (FHM1) pode ser causada por mutações no gene CACNAlA.
A enxaqueca hemiplégica familiar tipo 2 (FHM2) é devida à mutação no gene ATP1A2.
Temos a ativação do sistema trigeminovascular com subsequente liberação de neuropeptídeos vasoativos.
Tem sido sugerido que a enxaqueca pode
ser considerada como um estado cerebral de excitabilidade alterada.
Ataques de enxaqueca e alterações estruturais nas áreas de processamento da dor, como o córtex cingulado anterior e o sistema somatossensorial do trigêmeo.
Em salvas:
Ativação da primeira divisão (oftálmica) do nervo trigêmeo.
Causa a dor aguda exacerbadamente grave.
Ativação do fluxo parassimpático cranial do VII par craniano.
Resultam os sintomas autonômicos.
Relação entre concentrações substancialmente baixas de testosterona plasmática e a cefaleia.
Envolvimento hipotalâmico.
Tensional:
Mecanismos periféricos:
Sensibilidade aumentada à dor miofascial e sensibilização periférica de nociceptores miofasciais.
Mecanismos centrais:
Sensibilização de neurônios
de segunda ordem e córtex somatossensorial.
Mecanismos pró-inflamatórios.
Causam os níveis séricos aumentados de interleucina-8.
Arterite temporal ou de células gigantes:
Processo inflamatório associado à polimialgia reumática.
HIC idiopática:
Aumento da PIC devido à má absorção do LCR.
Hipotensão intracraniana:
Perda liquórica geralmente por laceração da dura-máter, geralmente na região lombar em torno de estruturas císticas chamada de cistos de Tarlov.
Epidemio e fatores de risco
faixa etária, 2ª e 3ª década de vida, pico na 4ª década
fator de risco migranea
falta de educação secundária, carga de trabalho elevada e cefaleia tipo tensional frequente
causada por condições genéticas complexas, múltiplos polimorfismos genéticos
Predomina em mulheres 3-2
inicio na puberdade
cefaleia tensional mais comum que a migranea
Prevalência
csc 9,3%
unidades de emergência 4,5%
ambulatórios 10,3%
50% da população geral tem, 90% terá durante a vida
associada a ansiedade e distúrbios do humor, alergias, dor crônica e epilepsias
Definição
As cefaléias comprometem o desempenho do indivíduo e geram prejuízos pessoais, causando dano psicológico e custos econômicos consideráveis
As dores de cabeça são afecções muito freqüentes no ser humano e, talvez, a queixa mais comum na prática médica
dor no segmento cefálico em algum período de sua vida
Classificação
Cefaléias primárias
Enxaqueca ou migrânea
Cefaléia tipo tensão ou tensional
Cefaléia em salvas e outras cefaléias trigêmino-autonômicas
Outras cefaléias primárias
(cefaléia idiopática em facadas ou pontadas, cefaléia da tosse, cefaléia do esforço físico, cefaléia associada a atividade sexual, cefaléia hípnica, cefaléia em trovoada ou thunderclap headache, hemicrania contínua e cefaléia persistente diária desde o início (ou cefaléia crônica diária de novo início)
Cefaléias secundárias
Cefaléia atribuída a trauma craniano e/ou cervical (inclui as cefaléias pós-traumáticas)
Cefaléia atribuída a doença vascular craniana ou cervical
Cefaléia atribuída a doença intracraniana não- vascular (não inclui as infecções)
Cefaléia atribuída a uso de substância química/drogas/medicamentos ou à sua supressão
Cefaléia atribuída a infecção
Cefaléia atribuída a transtornos da homeostase
Cefaléia ou dor craniofacial atribuída a transtorno de ossos cranianos, pescoço (inclui a cefaléia cervi- cogênica), olhos, ouvidos, nariz, seios da face, dentes, boca, articulação temporomandibular e outras estruturas cranianas/cervicais
Cefaléia atribuída a transtorno psiquiátrico
Neuralgias cranianas, dor facial primária e outras
Diagnóstico
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS BÁSICOS PARA ENXAQUECA/MIGRÂNEA
Enxaqueca com aura
1 ou mais sintomas de aura,
reversíveis:
Visual
Sensitivo
Linguagem ou fala
Motor
Tronco Cerebral
Retiniano
Pelo menos 2 das 4 características:
1 sintoma de aura alastra gradualmente em 5 min ou mais e/ou 2 sintomas aparecem sucessivamente
Cada sintoma individual de
aura dura 5 a 60 minutos
Pelo menos 1 sintoma de
aura é unilateral
Aura é acompanhada ou
seguida em 60 min por cefaleia
No mínimo 5 episódios de dor
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS BÁSICOS
Episódios com duração: 4 – 72h (sem tratamento ou com falha de tratamento)
Cefaleia tem ≥ 2 das seguintes
características:
Unilateral
Pulsátil
Dor moderada a grave
Piora com atividade física de rotina
(ex: andar, subir escadas)
Durante a cefaleia apresenta pelo
menos 1 dos seguintes:
Náusea e/ou vômito
Foto e fonofobia
CRISES
Dor muito forte, unilateral, supraorbitária e/ou temporal com duração de 15-180 minutos (quando não tratatda)
Um dos dois ou ambos os seguintes:
Um dos dois ou ambos os seguintes:
Hiperemia conjuntival ou lacrimejo
Congestão nasal ou rinorreia
Edema de pálpebra
Sudorese facial e da região frontal
Rubor facial e da região frontal
Sensação de ouvido cheio
Miose e/ou ptose
Sensação de inquietação
Crises com frequência de 1 em cada 2 a 8 por dias, durante
mais da metade do tempo em que a perturbação está ativa
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS CEFALEIA TENSIONAL
≥ 2 das seguintes características:
Bilateral
Em pressão ou aperto
Leve ou moderada
Não piora com atividade física
10 episódios de dor
Episódios com duração: 30 min – 7 dias
Apenas 1 dos seguintes
sintomas presentes:
Fotofobia ou fonofobia +
Ausência de náusea ou/e vômito
Quadro Clínico
Primárias
Migrânea
Dor pulsátil unilateral
Migra
Intensidade: moderada/severa
Duração: 4-72h
Associada a náuseas, vômitos, foto/fonofobia, desencadeada por vinho, menstruação etc
Enxaqueca s/ aura (+comum)
Enxaqueca c/ aura (enxaqueca clássica
Sintomas neurológicos focais que precedem ou acompanham ou surgem após a crise da cefaleia
Escotomas cintilantes
Parestesias
Vertigem + diplopia
Hemiparesia
Podendo ter enxaqueca com aura sem a dor
Cefaleia em Salvas
Duração: 15-18 min
Associado: lacrimejamento, congestão nasal e conjutival, edema periorbitário ipsilateral
Muito intensa
Cefaleia frontorbitária unilateral
Geralmente início a noite
Cefaleia de tensão
Dor em aperto/ Caráter opressivo
Regiões frontoccipital ou fronto-temporal bilateral
Intensidade: leve-moderada
Duração: horas/dias
Início no período vespertino ou noturno
Secundárias:
Cefaleia progressiva começou há pouco tempo ou que piorou o padrão de uma cefaleia antiga
Refratária ao tratamento
Associada a deficit neurológico ou sinais e sintomas de uma doença orgânica
Etiologia
Primárias
Tensional
Enxaqueca
Idiopática
Esforço
Em salvas
Fatores desencadeantes:
Estresse;
Insônia
Jejum
Ingestão de alimentos com gordura e lácteas.
Privação de cafeína para quem faz uso diário
Uso de medicamento vasodilatadores
Quedas hormonais durante a menstruação
Secundárias
Infecções sistêmicas
Traumatismo craniano
Doenças vasculares.
HSA
Tumores
TRATAMENTO
Cefaleia em Salvas
Profilaxia de manutenção: fármaco mais amplamente usado é o verapamil (360 mg/dia, ou de liberação contínua, 240 a 480 mg/dia).
Profilaxia transicional: A administração de prednisona no início de um ciclo de salvas pode ser abortiva, quando em doses de 40 a 80 mg/dia por via oral, durante uma semana, sendo então suspensa por meio de redução da dose durante a semana seguinte.
Variantes da cefaleia em salvas: Cefaleias crônicas, mais do que cefaleias em salvas episódicas, podem responder dramaticamente à indometacina, 25 mg três vezes ao dia.
Tratamento invasivo: são reservados para pacientes que não respondem a medicamentos e incluem bloqueio ou estimulação do grande nervo occipital ou do gânglio esfenopalatino, estimulação hipotalâmica e ablação do gânglio do nervo trigêmeo por radiofrequência ou rizotomia trigeminal
Tratamento agudo: O alívio imediato da dor é alcançado pela inalação de oxigênio a 100% (7 a 12 L/min durante 15 a 20 min.) ou pela administração subcutânea de sumatriptano (6 mg, repetidos novamente por crise, se necessário).
Cefaleia Tensional
As crises agudas podem responder ao ácido acetilsalicílico, fármacos anti inflamatórios não esteroides, paracetamol, ergotamina ou di-hidroergotamina.
Para o tratamento profilático, a amitriptilina ou a imipramina com frequência são eficazes, e o propanolol é útil em alguns casos.
Embora muitos pacientes respondam a benzodiazepínicos como diazepam, 5 a 30 mg/dia por via oral, ou clordiazepóxido, 10 a 75 mg/dia por via oral, esses fármacos devem ser usados com parcimônia em decorrência de seu potencial de adicção.
Psicoterapia, fisioterapia e técnicas de relaxamento podem fornecer benefício adicional em casos selecionados