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Os três estados do capital cultural - Coggle Diagram
Os três estados do capital cultural
"capital humano"1
economistas têm o mérito aparente de colocar explicitamente a questão da
relação
além de sua medida do
rendimento do investimento escolar só levar em conta os investimentos e os benefícios
monetários ou diretamente conversíveis em dinheiro, como as despesas decorrentes dos
estudos e o equivalente em dinheiro do tempo dedicado ao estudo,
O capital cultural pode existir sob três formas: no estado incorporado, ou seja, sob
a forma de disposições duráveis do organismo; no estado objetivado, sob a forma de bens
culturais - quadros, livros, dicionários, instrumentos, máquinas, que constituem indícios ou
a realização de teorias ou de críticas dessas teorias, de problemáticas, etc.;
não escapa ao economicismo e ignora, dentre outras coisas,
que o rendimento escolar da ação escolar depende do capital cultural previamente
investido pela família e que o rendimento econômico e social do certificado
O ESTADO INCORPORADO
A maior parte das propriedades do capital cultural pode inferir-se do fato de que,
em seu estado fundamental, está ligado ao corpo e pressupõe sua incorporação.
capital cultural é um ter que se
tornou ser, uma propriedade que se fez corpo e tornou-se parte integrante da "pessoa",
um habitus3
. Aquele que o possui "pagou com sua própria pessoa" e com aquilo que tem
de mais pessoal, seu tempo.
Não pode ser acumulado para além
das capacidades de apropriação de um agente singular; depaupera e morre com seu
portador (com suas capacidades biológicas, sua memória, etc.).
Sabe-se, por outro lado, que a acumulação inicial do
capital cultural - condição da acumulação rápida e fácil de toda espécie de capital cultural
útil - só começa desde a origem, sem atraso, sem perda de tempo, pelos membros das
famílias dotadas de um forte capital cultural; nesse caso, o tempo de acumulação engloba
a totalidade do tempo de socialização.
O ESTADO OBJETIVADO
O capital cultural no estado objetivado detém um certo número de propriedades
que se definem apenas em sua relação com o capital cultural em sua forma incorporada.
pressupõe o capital econômico, e de uma apropriação simbólica, que pressupõe o capital
cultural. Por conseqüência, o proprietário dos instrumentos de produção deve encontrar
meios para se apropriar ou do capital incorporado que é a condição da apropriação
específica, ou dos serviços dos detentores desse capital. Para possuir máquinas, basta
ter capital econômico; para se apropriar delas e utilizá-Ias
O ESTADO INSTlTUCIONALIZADO
A objetivação do capital cultural sob a forma do diploma é um dos modos de
neutralizar certas propriedades devidas ao fato de que, estando incorporado, ele tem os
mesmos limites biológicos de seu suporte. Com o diploma, essa certidão de competência
cultural que confere ao seu portador um valor convencional, constante e juridicamente
garantido no que diz respeito à cultura, a alquimia social produz uma forma de capital
cultural que tem uma autonomia relativa em relação ao seu portador e, até mesmo em
relação ao capital cultural que ele possui, efetivamente, em um dado momento histórico.
O capital cultural no estado objetivado apresenta-se com todas as aparências de
um universo autônomo e coerente que, apesar de ser o produto da ação histórica, tem
suas próprias leis, transcendentes às vontades individuais, e que - como bem mostra o
exemplo da língua permanece irredutível, por isso mesmo, àquilo que cada agente ou
mesmo o conjunto dos agentes pode se apropriar (ou seja, ao capital cultural
incorporado).