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MARC 4 - Evelin 1 ano - Coggle Diagram
MARC 4 - Evelin 1 ano
1- Compreender as principais doenças exantemáticas na infância.
Eritema infeccioso -
Agente etiológico: parvovírus B19 (família Parvoviridae e gênero Eritrovírus). Vírus DNA de cadeia simples.
Sazonalidade: maior frequência no final do inverno e início da primavera.
Epidemiologia: contato com secreção do trato respiratório, transmissão vertical, exposição percutânea a sangue ou produtos do sangue. Acomete frequentemente crianças de 2 a 14 anos de idade. Adultos e menores de 2 anos geralmente não são acometidos.
Período de incubação: de 14 a 21 dias.
Manifestações clínicas: sintomas sistêmicos leves, febre em 15 a 30%, exantema característico acometendo face, com “bochechas avermelhadas” e palidez perioral; geralmente é simétrico, maculopapular, rendilhado, pruriginoso, acometendo tronco, braços, nádegas e coxas. Duração média de 11 dias e possibilidade de ressurgir periódicamente com exercícios físicos, banhos quentes ou transtornos emocionais.
Crianças com doenças hematológicas, como anemia falciforme, podem manifestar crise aplástica grave; imunodeprimidos podem apresentar anemia crônica.
Diagnóstico: é feito por meio de IGM específico para parvovírus e PCR (sobretudo em pacientes imunodeprimidos).
Diagnóstico diferencial: rubéola, sarampo, enterovirose, LES, erupção medicamentosa.
Tratamento: nenhum, exceto em imunodeprimidos, nos quais se deve considerar uso de gamaglobulina.
Cuidados: não são necessários, exceto em pacientes com crise aplástica, que devem ser isolados pois são contagiosos antes do início dos sintomas até 1 semana após.
Exantema Súbito ou Roséola
Agente etiológico: família Herpesviridae: HHV6, vírus DNA, variantes A e B (quase todas as infecções primárias em crianças são causadas pela variante B).
Sazonalidade: mais frequente na primavera e no outono.
Epidemiologia: predomina entre crianças na faixa etária de 6 a 18 meses. A transmissão se dá a partir da disseminação assintomática do vírus persistente em secreções de um membro da família, babá ou contato próximo. Cerca de 90% das crianças têm sorologia positiva aos 5 anos.
Período de incubação: de 6 a 10 dias.
Manifestações clínicas: febre alta (> 39,5°C) com duração de 3 a 7 dias e manutenção do estado geral; queda abrupta da temperatura com aparecimento de rush maculopapular eritematoso não coalescente, que se inicia em tronco, estende-se para braços, pescoço, envolvendo levemente face e pernas. A duração é de horas a dias. Pode ocorrer aumento de linfonodos cervicais e leucopenia a partir do 2º dia de febre.
Diagnóstico: é clínico. O diagnóstico de certeza requer técnicas de pesquisa por isolamento do HHV6 na amostra de sangue periférico ou LCR; PCR ou soroconversão (a partir de IFI).
Diagnóstico diferencial: sarampo e febre de origem obscura, até que o exantema apareça; adenovírus, enterovírus e reação medicamentosa.
Tratamento: nenhum, exceto imunodeprimidos com doença grave (como encefalite ou pneumonite) que devem receber ganciclovir.
Cuidados: medidas de rotina.
Rubéola
Agente etiológico: vírus da rubéola, classificado como um Rubivírus da família Togaviridae (vírus RNA).
Sazonalidade: final de inverno e início de primavera.
Epidemiologia: a importância epidemiológica está representada pela possibilidade de ocorrência de rubéola durante a gravidez, resultando em abortos, morte do feto ou síndrome da rubéola congênita. A rubéola pós-natal é transmitida pelo contato direto com o doente ou com gotículas de secreção nasofaríngea; ocorre poucos dias antes a 7 dias após o início do exantema. Lactentes com rubéola congênita podem disseminar o vírus em secreções nasofaríngeas e na urina por até 1 ano. Com o uso rotineiro da vacina, houve diminuição em 99% dos casos entre crianças e adolescentes.
Período de incubação: de 14 a 21 dias.
Manifestações clínicas: caracteriza-se por exantema maculopapular eritematoso generalizado, linfadenopatia (sobretudo suboccipital, cervical e pós-auricular) e febre baixa. Em crianças, raramente ocorre poliartralgia ou poliartrite. A síndrome da rubéola congênita caracteriza-se por alterações oftalmológicas (catarata, retinopatia e glaucoma congênito), alterações cardíacas (estenose de artéria pulmonar e persistência do canal arterial), alterações auditivas (surdez neurossensorial) e alterações neurológicas (meningoencefalites, alterações cognitivas); podem ocorrer ainda hepatoesplenomegalia, trombocitopenia, lesões purpúricas e retardo de crescimento. Se a infecção ocorrer durante as primeiras 4 semanas, a incidência de defeitos congênitos é de 85%.
Diagnóstico: detecção de IgM ou IgG; isolamento do vírus (sangue, urina, LCR e orofaringe) particularmente em lactentes infectadospor via congênita.
Tratamento: de suporte.
Precauções: precauções respiratórias por 7 dias do início do exantema; crianças com rubéola congênita devem ser consideradas potencialmente infectantes desde o nascimento até 1 ano.
Medidas de controle: vacinação rotineira; vacinação de bloqueio (vacina de contactantes).
Escarlatina
Agente etiológico: Streptococcus beta-hemolítico do grupo A de Lancefield. O quadro deve-se à liberação de toxinas eritrogênicas ou pirogênicas (exotoxinas). Os grupos C e G também podem causar escarlatina.
Epidemiologia: é frequentemente associada à faringite estreptocócica. A transmissão se dá desde o período prodrômico até 24 a 48 horas do início da terapêutica, por meio da projeção direta de partículas grandes da faringe ou transferência física de secreção contendo a bactéria. Incide em pré-escolares e escolares, sendo rara em lactentes. Pode acompanhar também quadros de lesões de pele (como impetigo).
Período de incubação: de 2 a 5 dias na faringite; de 7 a 10 dias nas infecções de pele.
Manifestações clínicas: o período prodrômico com duração de 12 a 48 horas caracteriza-se por febre alta, dor de garganta, adenomegalia cervical e submandibular; posteriormente, observa-se exantema difuso micropapular, dando a sensação de lixa ao toque, que se inicia no tórax, disseminando-se rapidamente para tronco, pescoço e membros, poupando a região palmoplantar. Vários sinais patognomônicos podem ocorrer:
• sinal de Filatov: palidez perioral;
• língua em framboesa e saburrosa;
• sinal de Pastia: petéquias em dobras, formando linhas transversais;
• descamação após 5 a 7 dias do princípio do quadro, iniciando-se em face, pescoço e tórax e progredindo para extremidades (descamação em “dedos de luva”).
Diagnóstico: diagnóstico clínico associado a testes rápidos (especificidade > 90%); cultura de material coletado por swab de tonsilas palatinas e faringe.
Tratamento: penicilina benzatina em dose única ou penicilina oral por 10 dias.
Precauções: precaução respiratória até 24 horas do início da terapêutica. Os contatos íntimos devem receber penicilina benzatina ou penicilina oral por 10 dias.
Varicela
Agente etiológico: vírus varicela-zoster, membro da família Herpesvírus.
Sazonalidade: fim do inverno e início da primavera.
Epidemiologia: contato direto com pacientes infectados ou disseminação aérea do vírus. A contagiosidade é maior 1 a 2 dias antes e logo após o início do exantema, podendo, no entanto, estender-se até a forma de crostas.
Período de incubação: de 14 a 21 dias.
Manifestações clínicas: a infecção primária resulta na varicela; como o vírus permanece quiescente nos gânglios da raiz dorsal, pode haver reativação na forma de herpes zoster. A varicela caracteriza-se por exantema vesicular generalizado e pruriginoso (entre 250 a 500 lesões), acompanhada de febre e sintomas sistêmicos. Pacientes com distúrbios de imunidade, adolescentes e adultos tendem a apresentar formas mais graves ou complicações como pneumonite, hepatite, encefalite ou ataxia cerebelar, infecções bacterianas de pele e lesões necro-hemorrágicas.
Diagnóstico: o diagnóstico é clínico, aliado a isolamento do vírus da base das lesões vesiculares (principalmente até o 3° a 4°dia de evolução) ou pesquisa de IgG no soro na fase aguda ou convalescença.
Tratamento: o uso de antiviral (aciclovir) deve ser considerado nas primeiras 24 horas do aparecimento das lesões nas seguintes situações: > 12 anos; imudeprimidos; portadores de distúrbios crônicos cutâneos ou pulmonares;
• crianças com varicela não devem receber salicilatos pelo risco aumentado de síndrome de Reye. Fanciclovir e valaciclovir são recomendados no tratamento de zoster em adultos;
• pessoas suscetíveis expostas devem receber VZIG - imunoglobulina específica para varicela-zoster - até 96 horas após exposição ou vacina contra varicela (até 72 horass após exposição). O VZIG é indicado para crianças imunodeprimidas, grávidas suscetíveis, recém-nascidos cuja mãe iniciou quadro 5 dias antes ou 48 horas após o parto e prematuros.
Precauções: pacientes hospitalizados devem ser isolados (isolamento de contato e respiratório); contactantes de risco devem ser isolados de 8 a 21 dias após início do exantema no paciente-índice; pacientes que receberam VZIG devem permanecer isolados por 28 dias.
Sarampo
Agente etiológico: vírus do sarampo, classificado como membro do gênero Morbilivírus da família dos Paramixovírus. É um vírus RNA.
Sazonalidade: final do inverno e primavera.
Epidemiologia: o programa de imunização em crianças e adolescentes resultou em redução superior a 99% nessas faixas etárias. Os pacientes são contagiosos desde 1 a 2 dias após o início dos sintomas até 4 dias após o surgimento do exantema. Imunodeprimidos podem ser contagiosos durante todo o curso da doença; pacientes com SSPE (panencefalite esclerosante subaguda) não são contagiosos. O Brasil registrou casos em 21 unidades federadas em 2020. 17 interromperam a cadeia de transmissão do vírus e quatro mantêm o surto: Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Amapá
Período de incubação: de 10 a 12 dias. Na SSPE, média de 10,8 anos.
Manifestações clínicas: febre baixa a moderada de 3 a 5 dias, tosse seca, coriza e conjuntivite; por volta do 4º dia, aparecimento de manchas de Koplik (pontos branco-acinzentados, com aréolas avermelhadas na altura dos molares inferiores), que desaparecem em torno de 12 a 18 horas. Por volta deste período e ainda nas primeiras 24 horas, surge exantema maculopapular de face, pescoço, braços e parte superior de tórax; após, dorso, abdome, membros superiores e coxas. Atinge os pés em torno do 2º a 3º dia. Observa-se aumento de linfonodos mandibulares e região cervical posterior. Crianças pequenas frequentemente apresentam complicações como otite média aguda (OMA), BCP, laringotraqueobronquite e diarréia. As taxas de mortalidade são maiores em crianças menores de 5 anos e imunodeprimidos, nos quais, muitas vezes, não há desenvolvimento de exantema. A SSPE é de diagnóstico pouco frequente, com incidência de 1 por milhão; acomete mais crianças do sexo masculino, ocorrendo de 6 a 12 anos após sarampo (raro após vacinação), com média de 10,8 anos.
Diagnóstico: detecção de IGM ou aumento de IGG em amostras de soro na fase aguda e de convalescença.
Tratamento: administração de vitamina A a pacientes de 6 meses a 2 anos, hospitalizados com sarampo e suas complicações; pacientes maiores de 6 meses com imunodepressão ou evidência de deficiência de vitamina A, alterações de absorção intestinal e desnutrição moderada a grave.
Precauções: isolamento respiratório durante os primeiros 4 dias após início do exantema e durante toda a doença em imunodeprimidos.
Medidas de controle: no plano coletivo, uma alta cobertura vacinal, acima de 95%: vacinação de rotina; vacinação de bloqueio (dentro de 72 horas após exposição); vacinação em campanhas.
--> Esquematizar o cartão vacinal da criança.
Ao nascer - BCG e HEPATITE B
2 MESES - 1a Penta/DTP; 1a VIP/VOP; 1a Pneumocócica 10V; 1a Rotavirus Humano
3 MESES - Meningocócica C
4 MESES - 2a Penta/DTP; 2a VIP/VOP; 2a Pneumocócica 10V; 2a Rotavírus Humano
5 MESES - 2a Meningocócica C
6 MESES - 3a Penta /DTP; 3a VIP/VOP
9 MESES -Febre Amarela
12 MESES - Reforça Pneumocócica 10V; Reforção Meningocócica C; Tríplice Viral
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