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RCC - Caso Clínico 7, Grupo: Ana Lidia Lico, Andressa Brito, Claudia…
RCC - Caso Clínico 7
Dados gerais
Homem, 26 anos.
Queixa
Dor abdominal que começou depois de retornar para casa de uma festa em que consumiu pizza e 8 cervejas.
Dor constante.
Localizada na parte superior do abdome.
Irradia-se para as costas.
História da doença atual
Cerca de 3 a 4 horas após o início da dor, o paciente vomitou uma grande quantidade de alimento não digerido.
O vômito não aliviou a dor.
Hábitos de vida
Consome bebida alcoólica apenas nos finais de semana.
Exame físico
Paciente desconfortável.
Tº: 38,8ºC.
FC: 110 bpm.
PA: 110/60 mmHg.
FR: 28 rpm.
Abdome distendido e sensível à palpação nas áreas epigástricas e periumbilical.
Exames laboratoriais
Leucometria de 18.000/mm3.
Hemoglobina de 17 g/dl.
Hmatrócito de 47%.
Glicose de 210 mg/dl.
Bilirrubina total de 3,2 mg/dl.
AAT de 380 U/L.
ALT de 435 U/L.
DHL de 300 U/L.
Amilase sérica de 6.800 UI/L.
Gasometria arterial revela pH de 7,38, Paco2 de 33 mmHg, Pao2 de 68 mmHg e HCO3 de 21 mEq/L.
Exame de imagem
RX de tórax revela presença de uma pequena efusão pleural.
Hipótese diagnóstica
Pancreatite aguda
Complicações locais
Hemorragia.
Necrose.
Coleção de líquido.
Infecção.
Definição
Inflamação aguda do pâncreas.
Fatores desencadeantes
Cálculos biliares.
Ingestão de álcool.
Os cálculos biliares envolvem aumento da pressão no ducto pancreático causado pela obstrução da ampola secundária a um cálculo ou edema causado pela passagem de um cálculo.
A s células acinares pancreáticas metabolizam o álcool em metabólitos tóxicos através das vias oxidativas e não oxidativas e exibem efeitos que predispõem as células à lesão autodigestiva e predispõem o pâncreas à necrose, inflamação e morte celular.
Classificação do grau
Leve.
Moderada.
Grave.
De acordo com a existência de complicações locais e a insuficiência transitória ou passageira do órgão.
Tipos
Pancreatite intersticial.
Pancreatite necrosante.
Tratamento
Clínico
Aspiração Gástrica
Suspende ingesta oral- instala sonda nasogástrica para aspirar secreções
Reposição de volume
Pela absorção de líquido no retroperitônio e nos intestinos- repor grandes volumes. Se pancreatite hemorrágica grave, pode haver necessidade de transfusão de sangue.
Antibióticos
Em casos graves- Imipenem
Cálcio e Magnésio
Nas crises agudas graves pela hipocalcemia. Em alcoolistas, pode haver hipomagnesemia.
Nutrição
Alimentação enteral no episódio agudo. Se não for possível por 5 ou mais dias, usar a parenteral, que evita a estimulação do pâncreas.
Esfincterectomia Endoscópica
Na pancreatite biliar, causada por um cálculo que impacta a ampola de Vater, se for caso grave, realizar até 72 horas após a instalação da doença.
Cirúrgico
Contraindicação
Pancreatite aguda não complicada
Colecistectomia se cálculos na vesícula
Debridamento do tecido pancreático necrótico nos casos de pancreatite aguda grave com necrose.
Aspiração com agulha para detectar colonização por bactérias.
Laparotomia
Abrir todos os espaços peripancreáticos e remover tecido necrótico por dissecção incruenta delicada.
Pacientes com pancreatite com necrose infectada e achados clínicos graves.
Pancreatite Biliar ou Pancreatite por Cálculos Biliares
A incidência geral de PA nos pacientes com doença sistêmica do cálculo biliar é de 3% a 8%.
É mais observada em mulheres entre 50 e 70 anos de idade.
Lesão Induzida pelo Álcool
O consumo excessivo de etanol é a segunda causa mais comum de PA no mundo.
35% dos casos e é mais prevalente em jovens do sexo masculino (de 30 a 45 anos).
Os fatores que contribuem para a pancreatite induzida por etanol incluem
Abuso do consumo de etanol (>100 g/dia por
pelo menos cinco anos)
Predisposição genética
Fumo
O álcool tem inúmeros efeitos deletérios no pâncreas.
Ele desencadeia acessos pró-inflamatórios
Aumenta a expressão e a atividade das caspases (proteases que medeiam a apoptose).
Reduz a perfusão pancreática
Induz o espasmo do esfíncter de Oddi
Obstrui os ductos pancreáticos
Obstrução Anatômica
A pancreatite aguda foi descrita em pacientes com tumores pancreáticos, parasitas e anomalias congênitas.
Pancreatite Induzida por Colangiopancreatografia Retrógrada
Endoscópica
A PA é a complicação mais comum após a CPRE, ocorrendo em até 5% dos pacientes.
Também é mais comum em pacientes com tentativas múltiplas de canulações
do esfíncter de Oddi e visualização anormal dos ductos pancreáticos secundários após injeção de contraste.
Pancreatite Induzida por Medicamentos
Até 2% dos casos de PA são provocados por medicamentos.
Os agentes mais comuns incluem:
Sulfonamidas, metronidazol, eritromicina, tetraciclinas, didanosina, tiazidas, furosemida, inibidores de redutase (estatinas)
Fatores metabólicos
A hipertrigliceridemia e hipercalcemia também podem levar a lesões pancreáticas.
Grupo:
Ana Lidia Lico, Andressa Brito, Claudia Guntzel, Ellen Lelis, Emanuelle Marinho, Guilherme Wickert, Juliano Amoreli, Laís Freitas, Lucas Rodrigues, Marina Vasconcelos, Nathália Lima.