A doença de Chagas no trato digestivo é caracterizada por lesão dos plexos nervosos intramurais em virtude do parasitismo das camadas musculares vizinhas, repercutindo na função motora, principalmente do esôfago e do cólon, fazendo com que a musculatura lisa desses órgãos responda com contrações desordenadas e hiperreativas, ou hiporreativas, na dependência do estímulo que é feito ao órgão. A desnervação resultante da lesão neural tem intensidade variável, irregular, imprevisível e acomete diferentes segmentos desses órgãos
Na fase digestiva, as alterações motoras são mais significativas, resultando o envolvimento do esôfago, causando dificuldades na deglutição, e do colón, levando a uma constipação intestinal.
no megaesôfago e no megacólon, os órgãos mostram grande aumento do lúmen e hipertrofia da camada muscular.
As alterações motoras do esôfago na doença de Chagas caracterizam-se pela perda do peristaltismo esofagiano e ausência de relaxamento do esfíncter inferior às deglutições, o que causa dificuldade na ingestão dos alimentos, que permanecem em grande parte retido no esôfago, provocando a progressiva dilatação deste órgão
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