Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
HOMOSSEXUALIDADE E MOVIMENTO LGBT: ESTIGMA, DIVERSIDADE, CIDADANIA Júlio…
HOMOSSEXUALIDADE E MOVIMENTO LGBT: ESTIGMA, DIVERSIDADE, CIDADANIA Júlio Assis Simões
No Brasil, assim como em vários outros países, os modernos movimentos LGBT representam um desafio às formas de condenação e perseguição social contra desejos e
comportamentos sexuais anticonvencionais associados à vergonha, imoralidade, pecado, degeneração, doença.
"Chamar a atenção para a sexualidade como questão social e politica, seja como fonte de estigmas, intolerância e opressão, seja como meio para expressar identidades e estilos de vida
Brasil como terera do excesso sexual provinha já dos primeiros tempos de colonização
Nas interpretações da formação social
brasileira que se desenvolveram desde o final do século XIX até
meados do XX, causas variadas foram propostas para explicar aquele
pendor: a influência do calor tropical; a natureza supostamente mais
excitável, ardente e descontrolada de africanos, ameríndios e
portugueses; as condições sociais de desigualdade, violência e
degradação moral forjadas na escravidão; ou, ainda, uma combinação
de tudo isso.
A parte de 1970 o tema deixou de ser incidental e se tornou foco de pesquisa sistemática nas nossas ciências sociais
contexto de intesificação no estados unidos e na europa durante a contracultura em 1960,
culminando com a famosa rebelião
dos frequentadores homossexuais do clube Stonewall contra a polícia
de Nova York, no começo do verão de 1969. Na cena norte-
americana, palavras de ordem como “assumir-se” e “sair do armário”
simbolizavam o anseio de tornar visível e fonte de orgulho o que até
então era motivo de vergonha e vivido na clandestinidade.
No Brasil dos anos 70 e sob a ditadura militar
formas locais de desbunde e contestação cultural abriram brechas na repressão politica
Ao mesmo tempo, surgia o grupo teatral Dzi Croquettes, cujos componentes misturavam barbas, cílios postiços, peitos peludos, sutiãs, meiões de futebol e saltos altos em espetáculos de humor, canto e dança que percorriam o país com grande impacto.
em 1972, o cantor e compositor Caetano Veloso surpreendia o público ao usar batom e encenar maneirismos à moda de Carmen Miranda.
intervenções artisticas e existencias foram percursoras e coprodutoras da "saida do armario" no Brasil
No final da década de 1970, em meio a um movimento crescente de oposição ao regime militar, emergiria um movimento homossexual no país, cujos marcos foram a criação do jornal Lampião e a fundação do grupo Somos de Afirmação Homossexual, ambas em 1978.
Foucault, Historia da Sexualidade: a vontade de saber
os especialistas médicos, desde a segunda metade do século XIX, em seus esforços de
conhecer e prevenir tudo aquilo que poderia ameaçar a saúde do indivíduo e da nação, contribuíram decisivamente para estabelecer uma série de classificações de tipos humanos que deram corpo às sexualidades “marginais” ou “perversas”.
os médicos ajudaram a promover uma nova forma de controle social, tendo a sexualidade como alvo, ao mesmo tempo que moldaram personagens sociais
Na visão dos especialistas médicos, o “homossexual” passava a ser um tipo de natureza física e psíquica singular, situada entre o masculino e o feminino, que se manifestaria em seu corpo, seu temperamento e sua conduta.
Peter Fry, antropologia brasileiro dos anos 70, relevancia oara a coonfiguração de uma área de estudos voltada as conexões entre homosexualidade, cultura e politica, sexualidade como produto historico e social
se elaborou uma compreensão do “homossexual” como um
ser dotado de natureza singular.
especialistas médicos não apenas codificaram e descreveram “anormalidades” sexuais, mas procuraram associá-las a explicações para degeneração, delinquência e loucura fundamentadas em diferentes versões do determinismo biológico e das teorias raciais em voga.
o modelo hierárquico-popular