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ALTERAÇÕES METABÓLICAS POR CO E CIANETO EM INDIVÍDUOS QUEIMADOS
Intoxicação por cianeto - HCN
Habilidade de ligar-se aos íons ferro, sendo carregado pela corrente sanguínea através das hemácias
Meio intracelular: liga-se à enzima citocromo C oxidase A
Bloqueio por completo do ciclo respiratório e a formação de ATP
Sucessão da acidose láctica profunda (concentração de lactato > 90mg/dL ou 10 mmol/L)
Óbito em minutos após grande exposição
Desaparece rapidamente da corrente sanguínea em 1-3h (meia-vida alfa), tornando difícil a mensuração de sua concentração pico.
Realizar mensuração o quanto antes e não aguardar os resultados para iniciar tratamento
Manifestações clínicas
Hiperventilação
Cefaleia
Náuseas e vômitos
Palpitações
Ansiedade
Convulsões
Bradicardia
Hipotensão
Parada cardiorespiratória
Colapso cardiovascular
Os poucos que sobrevivem, tendem a apresentar lesões neurológicas - sistema extrapiramidal é afetado; estado vegetativo persistente e progressivo ao longo de anos.
Valores de concentração sérica
intoxicação aguda: > 0,5mg/L
Leve: 0,5 - 1mg/L
Moderado: 2 - 3mg/L
Grave (letal): > 3mg/L
Manejo para intoxicação por HCN (empírico)
Hidroxicobalamina
liga-se ao HCN, resultando em cianocobalamina, sendo então excretada na urina
Rápida ação, dentro de 30min
EA menores: hipotensão bradicardia reflexa, colocaração avermelhada de pele e urina
Tratar empiricamente (ainda em ambiente pré-hospitalar) todas os casos de intoxicação, com depressão do nível de consciência (glasgow ≤ 13) ou com sinais de instabilidade hemodinâmica e insuficiência respiratória
Em casos de Parada cardíaca decorrente de envenenamento, administrar o dobro da dose imediatamente, ou repeti-la
Não há evidências de redução nas concentrações sanguíneas de HCN em pacientes submetidos a oxigênio hiperbárico (OHB)
Racional fisiológico: há maior indução de formação de óxido nítrico na corrente sanguínea, que compete com o HCN pela ligação à enzima citocromo C oxidase A.
Intoxicação por monóxido de carbono - CO
Propriedades
Gás asfixiante, incolor, inodoro, insípido, não-irritante
Concentrações de apenas 1% já podem causar lesões graves
Grande afinidade com epitélio pulmonar e elevada afinidade pela hemoglobina (Hb)
cerca de 200-250x maior que a do O2
Exposição ao CO
Ligação da Hb + CO = COHb (estável)
causa decréscimo na saturação de oxi-hemoglobina, causando desvio da curva de dissociação da Hb para a esquerda, reduzindo a liberação de O2 aos tecidos
Inibição competitiva com os sistemas citocromo oxidase impede o uso de O2 para a geração de energia
Ligação à mioglobina, prejuízo do armazenamento de O2 nos músculos, perioxidação dos lipídios cerebrais
Assemelha-se ao fenômeno de reperfusão pós-isquêmico e é mediada por alterações no fluxo sanguíneo cerebral e lesão oxidativa por radicais livres.
Manifestações clínicas (dependente da concentração)
Taquicardia e Taquipneia
compensação para hipóxia celular
Cefaleia
Náuseas e vômitos
Síncope e Pré-síncope
Decorrentes da vasodilatação cerebral hipóxia celular
Edema cerebral
Angina, edema agudo de pulmão, arritmias
Decorrente do aumento do débito cardíaco
Podem haver lesões neurológicas tardias (3-240 dias após exposição)
Alterações cognitivas
Parkinsonismo
Agnosia
Apraxia
Incontinência
Demência
Psicose
Mensuração da concentração de CO
Co-oximetria de amostra de sangue
Manejo
Mensuração por co-oximetria
Solicitar ECG
Em caso de alterações, solicitar biomarcadores cardíacos
Internar em casos de intoxicação grave, comorbidades importantes ou lesões associadas
Suplementação de O2 a 100% por 6-12h, suporte ventilatório e monitorização cardíaca
Suplementação com O2 a 100% provoca redução da meia-vida do CO de 320min para 80,3min (O2 a 1atm) e 23,3min (O2 a 3atm)
O O2 será responsável pelo aumento da reserva de troca gasosa do paciente, revertendo o efeito da inalação do gás hipóxico e na tentativa de dissociação do CO em seus sítios de ligação
Em níveis de CO > 25 e tempo de exposição dentro de 6h: administrar oxigênio hiperbárico (OHB)
ALUNA: Milena Barbosa Feitosa de Sousa Leão
MAPA MENTAL HAM VIII
REFERÊNCIAS
ANTÔNIO, A.C.P.; CASTRO, P.S.; FREIRE, L.O.. Lesão por inalação de fumaça em ambientes
fechados: uma atualização. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2013; 39(3): 373-381.