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REAÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR À CÁRIE - Coggle Diagram
REAÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR À CÁRIE
A agressão mais comum ao complexo é a cárie, quando a dentina é exposta por consequência da destruição do esmalte, os túbulos levam os produtos bacterianos até a polpa. A dentina e a polpa respondem a esta agressão através de 3 mecanismos:
1° Redução da permeabilidade dentinária
Em dentes com polpa vital, o movimento do fluido dentinário em direção externa e a presença de conteúdo tubular vital influenciam, podendo retardar a permeabilidade dentinária
A esclerose dentinária ocorre em pelo menos 95% dos casos de lesões cariosas, e contribui para redução da permeabilidade
O aumento do fluxo de fluido para o exterior, a indução do revestimento dos túbulos com proteínas plasmáticas e deposição de dentina esclerosada. Anticorpos e e componentes do sistema complemento podem estar presentes no fluido, auxiliando na proteção contra invasão bacteriana.
2° Formação de dentina terciária
Pode ser visto como uma forma da polpa recuar, retardando a exposição.
Bactérias presentes no biofilme da cárie produzem ácidos que desmineralizam a dentina e liberam moléculas bioativas previamente isoladas na matriz dentinária, que estimulam a formação da dentina terciária.
Formada frequentemente abaixo de cáries superficiais ou de lenta progressão. Lesoes cariosas mais avançadas podem provocar a morte dos odontoblastos, os tubulos desprovidos dos processos celulares são denominados tratos mortos.
3° Resposta imune
A polpa responde a injuria por meio da inflamação, se desenvolve como uma resposta de baixa intensidade as bactérias e seus produtos, antes da polpa se infectar por completo. Produtos bacterianos se diluem no fluido dentinario e percorre toda a extensão tubular até atingir a polpa e induzir a resposta inflamatória.
Os odontoblastos são as primeiras células a entrar em contato com os produtos bacterianos, liberam moléculas pró inflamatórias que recrutam células de defesa para a região pulpar subjacente à dentina afetada
Os macrófagos e as cels dendríticas participam ativamente por produzirem citocinas pró-inflamatórias e pela captura de antígeno. Quanto mais a cárie avança para a polpa a densidade do infiltrado inflamatório crônico aumenta.
A extensão da inflamação depende da profundidade e da virulência da invasão bacteriana, da duração do processo de doença e da redução da permeabilidade dentinária. Quando o biofilme esta com uma distância >1mm a intensidade da inflamação é quase insignificante, a inflamação fica mais severa conforme o biofilme avança a 0,5mm.
O tecido pulpar geralmente não é infectado enquanto a polpa permanecer vital ou a camada de dentina remanescente abaixo da lesão não for muito fina. Embora as bactérias possam alcançar a polpa através dos tubulos não se espera um dano irreversível ao tecido pulpar. A polpa pode eliminar bactérias e inativar produtos bacterianos.
A polpa raramente sofre alterações deleterias significativas devido a inflamação, enquanto a cárie estiver na dentina a pulpite é reversível.
Tecidos Perirradiculares
Ligamento Periodontal
: tecido conjuntivo que sustenta o dente no alvéolo, possibilitando que ele resista as cargas mastigatórias, atua como receptor sensorial, composto por células e compartimentos extracelulares sendo o colágeno tipo I o principal componente, outros tipos de colágeno e proteínas não colagenosas também estão presentes.
As células presentes incluem osteoblastos e osteoclastos, fibroblastos e restos epiteliais de malassez, macrofagos, mastócitos células mesenquimais indiferenciadas e cementoblastos, dentre estas os
fibroblastos
predominam. Os osteoclastos desempenham papel importante na reabsorção óssea, outras células clásticas podem estar envolvidas na reabsorção radicular induzida por movimentação ortodôntica ou por infecção endodôntica.
Apresenta inervação sensorial e autônoma (nociceptores e mecanorreceptores). As celulas epiteliais presentes são os restos da bainha epitelial "restos epiteliais de Malassez" presentes durante tida a vida do dente.
Cemento
: Tecido conjuntivo duro que recobre a raiz, fornece superficie de contato para o lig. periodontal, não tem vacularização própria e é mais resistente a reabsorção do que o osso
O cemento celular e acelular
pode ser observado no terço apical e na região inter-radicular, costuma ser encontrado sobre uma camada de cemento acelular, ambos podem estar na mesma raiz de forma aleatória. A espessura geralmente é maior no ápice e pode variar com a idade. é coberto por um pré-cemento (matriz de cemento desmineralizada). 50% de matéria orgânica (colágeno tipo I em sua maioria) e 50% inorgânica.
As células associadas são os cementoblastos(formam o cemento) e cementócitos. A deposição de cemento continua em fases alternadas da vida do individuo. Quando formam cemento acelular, desaparecem deixando para trás matriz cementária. Quando o cemento celular é formado os cementoblastos são aprisionados em lacunas no interior da matriz e não produzem mais tornando-se cementócitos (recebem nutrientes por difusão do lig. periodontal).
Os cementoclastos são observados apenas em condições patológicas e em resposta a força ortodôntica excessiva.
Pode haver deposição de cemento no forama apical, pode ser denominado como um tipo de selamento biológico, embora raramente ocorra a oclusão total.
Tecido Ósseo
: tecido conjuntivo especializado, com mineralização da matriz extracelular, passa por processos contínuos de remodelação para regular a concentração de cálcio no sangue. O componente orgânico mais abundante são as fibras de colágeno tipo I. Já a matriz inorgânica é constituída de hidroxiapatita.
Dois tipos de osso podem ser observados, o osso esponjoso (rede finas de osso compacto) e o osso compacto que assemelha a uma massa sólida e uniforme.
As superfícies ósseas são cobertas pelo periósteo que é uma membrana fibrosa densa e vascularizada. O endósteo separa o osso da medula óssea. Ambos podem formar osso.
O osso possui canalículos e lacunas que formam um sistema de cavidades no osso que possibilita a troca metabólica e gases entre o sangue e os osteócitos. Os osteoblastos estão na superfície de crescimento ósseo, quando termina a formação óssea se tornam osteócitos, os osteoclastos estão presentes na superfície de trabeculas ósseas submetidas a reabsorção.
Osso alveolar, chamado de processo alveolar é constituído de uma tábua cortical extensa de osso compacto com centro esponjoso e o osso que reveste o alvéolo que é o osso alveolar propriamente dito, promove a fixação das fibras periodontais e contém numerosos orifícios que dão passagem a nervos e vasos.