O behaviorismo via na educação uma ótima maneira de analisar e modificar o comportamento humano. Segundo Watson, ao alterar determinadas variáveis do ensino – maneira de transmitir o conteúdo ou diferentes formas de estudar, por exemplo -, seria possível haver incrementos na aprendizagem das crianças. Ele defendia, aliás, que, com os estímulos certos, qualquer aluno poderia ter o seu comportamento moldado para, no futuro, exercer a profissão de seu interesse. Mas foi com Skinner que o behaviorismo se aprofundou mais em questões ligadas à educação. O conceito de condicionamento operante, visto há pouco, é algo que, na opinião do pesquisador, poderia ser aplicado tanto pelos pais no ensino pré-escolar, quanto, posteriormente, pelos professores nas salas de aula. Desde que nascemos, somos incentivados a aprender. Primeiro, recebemos reforços positivos para dar os primeiros passos sem cair, depois para expressar as primeiras palavras – e por aí vai. No entanto, Skinner debruçava suas principais críticas ao ambiente acadêmico. De acordo com ele, a forma como o reforço era praticado nas escolas não era o ideal. Ao invés de punir aquele aluno que eventualmente se portava de maneira inapropriada, o certo seria elogiar e incentivar seus colegas mais comportados. Para ele, a expressão oral não é a única forma de reforço positivo ou negativo para ser usado em classe. As próprias notas são ferramentas avaliativas muito interessantes nesse sentido. Os reforços negativos são os que merecem mais atenção. Professores não devem abusar da autoridade para estabelecer castigos desmedidos. A consequência de punições mais severas pode extrapolar a fronteira das salas de aulas e interferir no comportamento do jovem, inclusive gerando traumas.