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"LAMBE OS OSSOS E ENCAROÇA O CORAÇÃO" - Coggle Diagram
"LAMBE OS OSSOS E ENCAROÇA O CORAÇÃO"
Fisiopatologia da Febre Reumática(FR)
É
Uma doença inflamatória aguda, imunomediadas e multissistêmica
Que ocorre
Após algumas semanas após um episódio de faringite
por estreptococos de grupo A
A cardite reumática aguda
É
Uma manifestação comum da fase ativa da FR
Que com o tempo
Pode progredir para cardiopatia reumática crônica
Manifestando-se principalmente como anormalidades valvares
Principalmente
Pela doença valvar fibrótica deformante que envolve, em particular, a valva mitral
Resulta
das respostas imunes do hospedeiro aos antígenos dos estreptococos
A ligação do anticorpos
pode ativar
os complementos e recrutar células portadoras de receptores Fc(neutrófilo e macrófago)
A produção de citocina
pelas células T estimuladas
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Na fase aguda
são encontrados
Lesões inflamatórias focais em vários tecidos
sendo que
No coração elas possuem uma característica peculiar
visto que
Consistem em focos de linfócitos T, por vezes plasmócitos
sendo esses
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além disso
é possível visualizar macrófagos grandes ativados
chamados de
Células de Anitschkow
apresentando
Núcleos com formato arredondado a ovoide
Citoplasma abundante
Ocorre também a produção de citocinas inflamatórias
que findam
exacerbando a reação autoimune
sendo responsáveis
pela progressão e manutenção da lesão valvar crônica
Achados Histológicos
Fase aguda
coração com maior volume, flácido e globoso
pequenas verrugas podem aparecer ao longo da borda de fechamento das válvulas
constituidas de
fibrina
plaquetas
células inflamatórias
células do revestimento endocárdico
tecido conjuntivo valvar subjacente
contém
infiltrado de mononucleares
fragmentação e hipereosinofilia de colágeno
acúmulo de glicosaminoglicanos
número de neutrófilos depende da extensão da necrose
nódulos de Aschoff
macrófagos multinucleados
situam-se no interstício entre os feixes de miocardiócitos e, frequentemente, próximos a vasos
agregado
intersticial de macrófagos e
linfócitos, com colágeno necrótico,
em uma área de fibrose intersticial.
Células de Anitschkow
macrófagos mononucleares
Fase crônica
sequelas do comprometimento pelos surtos de inflamação aguda
valvulite com mononucleares
acompanhada de
neoformação de vasos
fibrose
cicatrização
folhetos valvares
espessados
calcificados
encurtados
fissuras comissadas
causando
estenose valvar
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é pautado através da identificação de um conjunto de critérios
Critérios de Jones
divididos
Maiores
são
Cardite (clínica ou
subclínica)
Poliartrite (mono em população de risco alto/ moderado)
Uma característica marcante da poliartrite reumática é sua excelente resposta ao uso de salicilatos
Coreia de Sydenham
Eritemas marginados
Nódulos subcutâneos
Menores
são
Febre (≥ a 38,5°C)
↑ VHS (≥ 60 mm na 1h) e/ou ↑ PCR (≥ 3 mg/ dL)
Intervalo PR prolongado no ECG
Poliartralgia (mono em população de risco alto/ moderado)
Maior evidência de infecção pelo estreptococo do grupo A por meio de cultura de orofaringe, teste rápido para EBGA, elevação dos títulos de anticorpos (ASLO)
Probabilidade alta de
Primeiro surto de febre reumática
apresenta
Evidências de infecção por estreptococos do grupo A
por
Titulação de ASLO, cultura positiva de orofaringe, positividade em testes rápidos de detecção de antígenos estreptocócicos
Em 2004, a OMS modificou os critérios de Jones para incluir o diagnóstico de FR de forma diferencial em pacientes com cardiopatia reumática crônica (CRC)
Recorrência de FR em paciente sem CRC
estabelecida
apresenta
2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores mais a evidência de infecção estreptocócica anterior
Recorrência de FR em paciente com CRC
estabelecida
apresenta
2 critérios menores mais a evidência de infecção
estreptocócica anterior
Coreia de Sydenham ou Cardite reumática de início insidioso
Não é exigida
a presença de outra manifestação maior ou evidência de infecção estreptocócica anterior
Lesões valvares crônicas da CRC
diagnóstico inicial
De estenose mitral pura, ou dupla lesão de mitral e/ ou doença na valva aórtica, com características de envolvimento reumático
Não é exigida
A presença de outra manifestação maior ou evidência de infecção estreptocócica anterior
As manifestações clínicas da FR aguda são muito variáveis
tendo em vista
O acometimento de múltiplos órgãos pela doença
nesse sentido
O quadro clínico inicial é frequentemente caracterizado por uma doença febril aguda, sendo a artrite e a febre as manifestações mais precoces
contudo
A cardite pode ser a manifestação inicial
Quando a queixa principal consiste em poliartrite, o início é abrupto e pode acompanhar-se de febre alta e toxicidade
Em caso de cardite, o início pode ser insidioso, ou até mesmo subclínico
Outros sintomas possíveis são epistaxe e dor abdominal peri ou infraumbilical, que pode simular apendicite
A febre reumática (FR)
Inclui várias manifestações
Eritema marginado
Nódulos subcutâneos
Coreia
Cardite
Artrite
em decorrência das
Lesões infamatórias exsudativas e proliferativas no tecido conjuntivo
VALVOPATIA IMUNOMEDIADA
de início cabe uma revisão sobre as valvas cardíacas
Valvas Atrioventriculares
são elas
Valva tricúspide
Valva mitral
Separam os átrios esquerdo e direito de seus respectivos ventrículos
Valvas Semilunares
são elas
Valva pulmonar
Valva aórtica
Controlam a liberação do sangue designado para os pulmões e para a aorta que deixam o coração
As válvulas das valvas são preenchidas por células intersticiais valvulares que têm características singulares e conservam a homeostase da valva por toda a vida
As valvopatias cardíacas
são caracterizadas por
Ativação das células intersticiais valvulares
além de
Aumento da expressão genes codificadores de enzimas remodeladores e proteínas da matriz extracelular
As válvulas das valvas são normalmente avasculares
As cordas tendíneas prendem as válvulas AV aos músculos papilares
A estenose é uma condição que afeta as valvas e dificulta sua abertura
enquanto que
A insuficiência é uma condição que dificulta o seu fechamento
A febre reumática é a principal etiologia da doença valvar
e quanto as alterações histopatológicas causa
Fibrose
que se caracteriza por
Acúmulo de colágeno
Degradação de proteoglicanos
isso resulta em uma valva
Espessa
Que tende a estenose e redução do movimento
Rígida
Inflexível
Fragmentação das fibras elásticas
é iniciada por
Inflamação das valvas (valvulite) que ocorre durante a infecção bacteriana que desencadeia febre reumática
nesse sentido
A inflamação induz angiogênese na valva e vascularização nas camadas normalmente avasculares da valva
essas alterações acometem mais comumente
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irá levar à
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A Cardiopatia Reumática
Durante a fase aguda
Os nódulos de Aschoff podem ser encontrados em qualquer uma das camadas do coração, pericárdio, miocárdio ou endocárdio, inclusive nas valvas
O envolvimento valvar resulta em necrose fibrinoide e deposição de fibrina ao longo das linhas de fechamento, formando vegetações "verrugas"
Prejudicando o funcionamento do coração
Crônica
A fase aguda é "reorganizada"
Os nódulos de Aschoff são substituídos por cicatrizes fibrosas
As valvas
As válvulas das valvas tornam-se espessadas e retraídas de modo permanente
A valva Mitral
apresenta
espessamento das válvulas
fusão e encurtamento das comissuras
espessamento e fusão das cordas tendíneas
estenoses em
"botão de camisa"
"boca de peixe"
devido
Às pontes fibrosas que se estendem de um lado ao outro das comissuras valvares
Calcificações
Consequências
funcionais
As mais importantes: estenose e regurgitação valvares
Estenose tende a predominar
Na estenose mitral (EM) intensa o átrio esquerdo dilata-se progressivamente por causa da sobrecarga de pressão
Precipitando a fibrilação atrial
Dilatação + Fibrilação
Aumenta as chances de ocorrer trombose e trombos murais
fisiopatologicamente na EM
A obstrução ao deflúvio atrial gera um gradiente pressórico entre o AE e o VE
dessa forma
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Na estenose mitral pura, o ventrículo esquerdo geralmente está normal
70% dos casos valva mitral é afetada sozinha;
25% mitral e valva da aorta estão comprometidas;
Tricúspide é afetada em menor frequência e gravidade;
Valva tronco pulmonar geralmente escapa da lesão.
Consequências nas valvas decorrentes da FR
Mitral
pode sofrer
Estenose
definida como
Resistência ao fluxo transmitral em razão do espessamento e da imobilidade dos folhetos valvares
Levam a sobrecarga de pressão
pode apresentar
Sopro diastólico de ejeção
Insuficiência
caracterizada por
Refluxo de sangue para o AE durante a sístole
Levam a sobrecarga de volume
pode apresentar
Sopro sistólico de regurgitação
Tricúspide
pode sofrer
Estenose
Quase sempre de origem reumática e associada a patologia na mitral
Insuficiência
Refluxo de sangue para o AD durante a sístole
Aórtica
Estenose
caracteriza-se por
Estreitamento do orifício valvar
Que provoca dificuldade à saída do fluxo sanguíneo sistêmico
característica do sopro
Sistólico de ejeção
Insuficiência
caracteriza-se por
Fluxo retrógado durante a diástole
característica do sopro
Diastólico de regurgitação
Pulmonar
Estenose
Quase sempre sua patologia se deve a cardiopatias congênitas e em poucos casos à FR
Insuficiência