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Meningite - Coggle Diagram
Meningite
Transmissão
Contato com secreções respiratórias do portador do agente patogênico
pessoa a pessoa
gotículas
secreções da nasofaringe
transmissão bacteriana pode ocorrer até 24h após o início da antibioticoterapia adequada
período de incubação: 2 a 10 dias
vírus (enterovírus) geralmente transmitidos por via fecal-oral
período de incubação: 7 a 14 dias
Definição e Epidemiologia
É o resultado de um processo inflamatório das meninges.
Meninges: São as membranas que recobrem o encéfalo e a medula espinhal.
Incidência anual de 4-6 casos/100 mil adultos (mundialmente)
80% dos casos ocasionado pela
N. meningitidis
e
S. pneumoniae
Brasil: o principal é o meningococo com sorogrupo C o mais prevalente
Incidência anual é de 1,4 casos/100 mil habitante
Letalidade de 22,2% e mortalidade 18-20% e chegando em até 50%
Revisao das Meninges
Duramáter: A mais superficial das três meninges é uma espessa membrana formada por tecido conjuntivo denso irregular.
Aracnoidemáter: Esta membrana intermediária, delgada e avascular é formada por células e fibras finas e dispersas de material elástico e de colágeno.
Piamáter: A meninge mais interna é uma fina camada de tecido conjuntivo transparente que adere à superfície da medula espinal e do encéfalo.
Fatores de Risco e Etiologia
Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.: traumatismo)
Vírus
São representadas principalmente pelos enterovírus
RNA vírus: Enterovírus (Poliovírus, Echovírus e Coxsackievirus); Arbovírus; Vírus da caxumba; Arenavírus (coriomeningite linfocitária); HIV e Vírus do sarampo.
DNA vírus: Adenovírus; Vírus herpes simples tipo 1 e 2; Varicela-zoster; Epstein-Barr e Citomegalovírus
Fungos
Os principais fungos causadores de meningite são do gênero Cryptococcu
• Cryptococcus neoformans
• Candida albicans e
• C. tropicalis
Bactérias
Principais agentes bacterianos:
• Neisseria meningitidis (meningococo).
• Streptococcus pneumoniae (pneumococo).
• Haemophilus influenzae
• Mycobacterium tuberculosis
Parasitas
Protozoários
• Toxoplasma gondii
• Trypanosoma cruzi
• Plasmodium sp
Helmintos
• Infecção larvária da Taenia solium
• Cysticercus cellulosae (Cisticercose)
Infecções respiratórias virais recentes (especialmente influenza)
Aglomeração no domicílio.
Contato íntimo com portadores do agente.
Tabagismo e Alcolismo
Condições socioeconômicas menos privilegiadas
Asplenia.
Imunodeficiência.
Doenças crônicas.
Não ter feito vacinação, especialmente contra a meningite, sarampo, gripe ou pneumonia;
Fisiopatologia
Viral
Bacteriana
Colonização e invasão da mucosa da nasofaringe, gastrointestinal ou genital inferior
Os causadores são revestidos por uma cápsula de polissacarídeo
Evita sua fagocitose, inibe ação bactericida do sistema complemente e cruzam com facilidade a barreira hematoencefálica
Atravessar a barreira hematoencefálica entrando no espaço subaracnóide
Replicação bacteriana e desenvolvimento de inflamação
A lise bacteriana e liberação da suas
endotoxinas(gram -) ácido teicoico e peptidioglicano (gram+) da parede celular
Induzem a produção de citocinas inflamatórias
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Enterovírus
Atingem o SNC por via hematogênica (enterovírus) ou neuronal (HSV)
Passa pelo estômago(resistência ao pH ácido) e prosseguem para o trato gastrointestinal inferior
Após se ligarem a receptores dos enterócitos, eles se replicam em uma célula suscetíve
Progridem para a placa de Payer e atinge coração, SNC,fígado...
Outros vírus se replicam na nasofaringe e se disseminam em linfonodos locais
HSV (vírus herpes
simples)
Atinge o SNC pela via neuronal, através do nervo trigêmeo e olfatório
Casos de meningite asséptica se dissemina após uma lesão genital primária
Ascendendo pelas raízes sacrais até a meninge
Quadro Clinico
Manifestações clínicas gerais
Febre de início súbito, cefaléia, vômito, náuseas, prostração, hiporexia, rigidez de nuca, mialgia, agitação.
Sinais de irritação meníngea
Sinal de Brudzinski
Sinal de kernig
VIRAL
cefaleia, febre e sinais de irritação
meníngea
letargia e sonolência
vômito, hiporexia, diarréia e dor abdominal
FÚNGICA
febre, cefaléia, rigidez nucal, náusea, vômito, fotofobia e diminuição do nível de consciência
BACTERIANA
Tríade clássica: cefaléia, febre e rigidez de nuca
nem sempre presente
queda do nível de consciência que varia entre letargia e coma
náuseas, vômito e fotofobia
convulsões
HIC
papiledema, midríase, diminuição do nível de consciência, tríade de cushing
N. meningitidis
lesões cutâneas
EOSINÓFILA
febre, cefaléia, rigidez nucal, náusea, vômito, fotofobia e diminuição do nível de consciência
Diagnostico
Através da análise do LCR, principalmente o exame quimiocitológico e a cultura
A presença de alguns sinais e sintomas indicam a realização da tomografia computadorizada de crânio antes da punção lombar, e, a depender do resultado, a contraindica.
A punção liquórica também está contraindicada se houver piodermite no local.
Outros exames que podem auxiliar no diagnóstico.
Cultura de outros sítios que não LCR: sangue, raspado de lesões petequiais ou fezes.
Reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real – LCR, soro, sangue total.
Aglutinação pelo látex – LCR e soro.
Contraimunoeletroforese (CIE) – LCR e soro.
Bacterioscopia direta (método de Gram) – LCR (diplococos gram-negativos: Neisseria meningitidis; cocos gram-positivos: Strepto cocccus pneumoniae).
Sorologia (pesquisa de anticorpos IgG e IgM) pesquisar etiologia viral.
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GRUPO 3
Marina
Alunas: Giovanna Amorim, Imelda Pedreira, Laís Tavares, Larissa Carlos, Rebeca Hágatta, Ingrid Peixoto. Maillany A Gomes.
Tratamento
Meningite VIRAL
Tratamento de SUPORTE
Antitérmico
dipirona
Antieméticos
metoclopramida
Cabeceira elevada a 30°
Sonda nasogástrica (se o paciente tiver sonolento ou confuso ou com dificuldade de deglutição)
Punção liquórica ( alivio da cefaleia, ↓ PIC)
internação são excepcionais - alivio dos sintomas
Reavaliação médica em 24 a 36h
Herpes Vírus (Meningite herpética (HSV 1 e 2 e VZV) → tratamento antiviral específico
Aciclovir intravernoso 5 a 10 mg/kg a cada 8h por 14 a 21 dias
Em surtos do tipo caxumba, faz-se busca ativa dos casos e o bloqueio da transmissão por meio da imunização.
Meningite BACTERIANA (M.B)
Terapia Antimicrobiana deve iniciar imediatamente - existe ameaça à vida;
Tratamento precisa de um monitoramento rigoroso, as vezes em UTI;
Tratamento deve atacar as causas + prováveis baseando-se nos indícios clínicos;
Terapia ESPECÍFICA é iniciada quando quando o micro-organismo infectante for observado no exame do esfregaço com coloração de Gram do sedimento do LCR (líquido cefalorraquidiano)
Drogas Antimicrobianas, administradas via intravenosa.
Penicilina, Ampicilina, Cefalosporinas de 3° geração - preferidas.
DEXAMETASONA
Junto com a primeira
dose de antibiótico
0,15mg/kg 6/6h por
2-4 dias
Terapia Antibiótica EMPÍRICA é iniciada quando o agente etiológico NÃO for visto no esfregaço de um paciente com suspeita de M.B ou se a punção lombar for retarda - necessidade de TC
Neonatos
→ Ampicilina + Ceftriaxone
1 a 23 meses → Ceftriaxone
2 a 50 anos
→ Vancomicina + Cefotaxima ou Ceftriaxona
(+) 50 anos
→ Ampicilina + Ceftriaxone ou Vancomicina + Cefotaxima ou Ceftriaxona
Fratura Basilar de crânio
→ Vancomicina + Ceftazidima ou Vancomicina + Meropenem
Após neurocirurgia ou Trauma penetrante ou Desvios do LCR
→ Vancomicina + Cefepime, Vancomicina + Ceftazidima ou Vancomicina + Meropenem
Ceftriaxone
Crianças: 50mg/kg, IV, 12/12h
(dose máxima 2g, IV, 12/12h)
Adulto: 2g, IV, 12/12h
Meningite FÚNGICA
IMUNOCOMPETENTE
Anfotericina B: 1 mg/kg/dia endovenosa + 5-Flucitosina: 100 mg/kg/dia via
oral, de 6 em 6 h por 14 dias.
Consolidação: Fluconazol: 400 mg/dia via oral por 6 a 10 semanas, ou formulações
lipídicas de anfotericina B (lipossomal ou complexo lipídico): 3 a 6 mg/kg/dia, endovenosa, por 6 a 10 semanas
IMUNODEPRIMIDO
Consolidação: Fluconazol: 400 mg/dia via oral por 10 semanas. Manutenção: Fluconazol: 200 a 400 mg/dia via oral por 12 a 24 meses ouItraconazol: 200 mg/dia via oral
por 12 a 24 meses.
Intolerância ou Impossibilidade do uso de Anfotericina B
Fluconazol: 1.600 mg a 2.000 mg/dia via oral por 6 a 10 semanas + Manutenção: Fluconazol: 200 a 400
mg/dia via oral por 12 a 24 meses
QUIMIOPROFILAXIA
Prevenção de casos secundários e
de surtos
Indicada para os contatos próximos de casos de Meningite por H. influenzae e Doenças Meningocócica e pro pessoal hospitalar que tiveram um contato estreito com um paciente
Rifampicina
Via oral, 600 mg, 2x ao dia, por 2 dias → adultos
Via oral, 10 mg/kg, 2x ao dia, por 2 dias → crianças
Alternativa → via INTRAMUSCULAR, dose ÚNICA
Ceftriaxona (250mg) → adultos
Ceftriaxona (125mg) → criança
Manejo do paciente contaminado
Precaução para GOTÍCULAS
Higienização das mãos
→ antes e após o contato com o paciente
Óculos + Avental = uso quando tiver risco de contato com sangue ou secreções
Mascara Cirúrgica - profissional
Máscara Cirúrgica ao paciente quando for transportado
OBS: deve-se evitar transporte desnecessário
OBS: profissional responsável pelo transporte não precisa da máscara
Quarto Privativo
→ quando não houver disponibilidade, o paciente pode ficar junto com outros infectados pelo mesmo microrganismo
OBS: distância mínima de 1m entre 2 leitos
durante as primeiras 24h de antibioticoterapia
Precaução PADRÃO
em TODOS os pacientes, independe da suspeita ou não de infecção
Higienização das mãos + Máscara, Luvas, Aventa e Óculos (risco de contato com sangue e secreções) + Caixa perfuro-cortante
Notificação do caso à Secretária Municipal de Saúde para investigação epidemiológica e adoção das medidas preventivas cabíveis.
Hospitalização imediata dos casos
suspeitos
Complicacões
Abcesso cerebral, coleção subdural, HIC, ventriculite, trombose de seios venosos, cerebrite, arterite necrosante, hemorragia subaracnóide, hidrocefalia (comunicante/não comunicante), vasculite, mielite transversa, infarto cerebral e trombose venosa
Sequelas
Retardo neuropsicomotor, distúrbios de comportamento, déficit motores/cognitivos, déficit de pares cranianos, atraso de linguagem, convulsões e hidrocefalia
Perda de audição neurossensorial persistente em 10% das crianças e lesão neurológica residual em 10 a 20% dos pacientes recuperados.