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Delirium x Delírio, Problema 06 - Grupo 2 Tutora Marina Anna Camila…
Delirium x Delírio
Diferença entre delirium e delírio:
Delirium
Síndrome clínica aguda e flutuante em seu curso
Déficit de atenção, alucinações
Pensamento desorganizado ou alteração do nível de consciência
Comum em pacientes hospitalizados, idosos ou com abstinência de subst. químicas
Tem duração de dias a semanas
Delírio
Manifestação clínica decorrente de patologias psiquiátricas
Alteração na compreensão da realidade
Ideias falsas com convicção e certeza subjetiva
Tema estruturado ao redor de um assunto definido; delírio de ciúmes
Precisam de um estímulo real para acontecer
Definição e Epidemiologia:
Delirium: Síndrome clínica caracterizada por distúrbio de de consciência e da cognição manifestando-se clinicamente como desatenção e pensamento desorganizado
Alteração aguda que se desenvolve em horas ou dias
Evento comum em pacientes idosos e hospitalizados (em especial naqueles internados na UTI)
Delirium é um estado confusional de base orgânica, o Delírio é um transtorno psiquiátrico relacionado à formação do juízo crítico
Quando uma pessoa acredita, de forma convicta, em algo que não existe, sendo incapaz de discernir entre o real e a imaginação
Prevalência do delirium de 14-24% e a internação varia de 6 a 56%
Pós operário 15-53% e após trauma variam de 10-52%
Taxa de mortalidade em internados com delirium variam de 22-76%
A confusão mental (delírio) é uma alteração aguda nas funções cerebrais superiores. O paciente vai cursar com algum distúrbio na memória, na atenção ou na consciência.
Trata-se de um sintoma e não um diagnóstico
2% dos pacientes no departamento de emergência apresentam-se confusos
10% dos pacientes hospitalizados vai cursar em algum momento com confusão
Etiologia/Fatores de Risco:
De maneira geral, eles podem ser descritos como: inerentes ao paciente, associados à doença ou iatrogênicos.
fatores inerentes ao paciente:
idade
demência
depressão
etilismo
tabagismo
comprometimento visual e auditivo
hipertensão arterial
Aids
fatores relacionados à doença:
sepse, anemia, hipotensão, distúrbios hidroeletrolíticos, hipoxemia e disfunção orgânica
Fatores Predisponentes e Fatores Precipitantes
fatores predisponentes
distúrbios encefálicos
demência , acidente vascular encefálico , doença de Parkinson
idade avançada, deficit sensorial, intoxicação alcoólica e múltiplos distúrbios coexistentes.
fatores precipitantes
drogas, infecção, desidratação, choque, hipóxia, anemia, imobilidade, desnutrição, uso de cateteres vesicais, hospitalização, dor, falta de sono e estresse emocional
Insuficiência hepática ou renal não reconhecida pode causar delirium e toxicidade por fármacos
A exposição recente à anestesia também aumenta o risco
iatrogênicos
imobilização, drogas psicoativas, polifarmácia, privação do sono, restrição física, ausência de luz natural, etc.
Fatores de Risco
multifatorial
Em cerca de 10 a 20% dos pacientes a causa não é identificada
Fisiopatologia:
A fisiopatologia do delirium ainda não está elucidada
Parece ser multifatorial
Déficit de atenção
Marca neuropsicológica
Parece ter localização difusa no tronco encefálico, no tálamo, no córtex pré-frontal e nos lobos parietais.
Na maioria dos casos, o delirium resulta de distúrbios difusos nas regiões corticais e subcorticais, em vez de ter uma causa neuro anatômica focal.
Basicamente, existem quatro fatores que parecem estar associados:
a) Alterações de neurotransmissores
Aumento da função dopaminérgica e uma deficiência colinérgica.
Dopamina
Explicação
E a Atividade dopaminérgica em excesso também é apontada como fator contribuinte
Talvez por seu papel regulador na liberação de acetilcolina
E porque os antipsicóticos, que atuam antagonizando os receptores de dopamina
São eficazes no controle do delirium.
Maior atividade dopaminérgica
Explica o porquê as drogas usadas para o tratamento do Parkinson podem causar delirium
Neurotransmissor responsável por uma maior excitabilidade neuronal.
Acetilcolina
A acetilcolina causa uma menor excitabilidade neuronal.
Sua deficiência está associadas com o surgimento do delirium, como na doença de Alzheimer.
- O fato de drogas dopaminérgicas atuarem como precipitantes de delirium, enquanto antagonistas dopaminérgicos são utilizados para o controle de sintomas da síndrome, reforçam tal observação.
b) Inflamação
Resposta inflamatória sistêmica tem um papel importante na disfunção de múltiplos órgãos, e no cérebro, não é diferente.
Algumas citocinas, como o
TNF-alfa
, atravessam a barreira hematoencefálica e associam-se a alterações eletroencefalográficas encontradas no delirium.
O estado inflamatório pode causar uma
redução no fluxo cerebral pela geração de microtrombos e pela vasoconstrição.
As Citocinas também podem contribuir por meio do aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica e alteração da neurotransmissão.
c) Resposta aguda ao estresse
A ativação do sistema hipotálamo- hipófise-adrenal, com a liberação de cortisol
Resposta comum do organismo frente a situações de estresse (infecção, trauma ou cirurgia)
Há o aumento do cortisol
Surge o delirium e aumento nos níveis de citocinas.
d) Lesão neuronal
Pode ocorrer por insultos metabólicos, como hipoglicemia e hipoxemia, e por insultos isquêmicos decorrentes das alterações de perfusão.
Hipótese mais aceita
Desenvolvimento de delirium como resultado de uma agressão em indivíduos predispostos
Se um indivíduo antes sadio sem antecedentes conhecidos de doença cognitiva apresentar delirium diante um problema relativamente insignificante, como cirurgia eletiva ou hospitalização
Será preciso considerar uma doença neurológica subjacente despercebida (Alguma afecção neurodegenerativa, AVC múltiplos prévios ou outra causa cerebral difusa)
Dessa forma, o delirium pode ser visto como o sintoma que resulta de uma prova de esforço para o cérebro induzido pela agressão.
A exposição a fatores desencadeantes, como infecção sistêmica e fármacos agressores
Pode desmascarar uma reserva cerebral diminuída e anunciar doença subjacente grave, mas tratável.
Quadro clínico:
Delirium
*Síndrome Psico orgânica com Alteração do nível de consciência e cognição, aguda de inicio e flutuante durante seu curso. É passAgeira. Pode ou não haver alucinações. Pode ser causada por longo período de hospitalizações, idosos, infecções, entre outros.
Hipoativa
Hiperativa
Mista
Cursa com flutuação entre sintomas hiperativos e hipoativos
Subsindrômico
Prolongado ou persistente
Agitação, deficit de atenção, irritabilidade, agressividade…
Letargia, desatenção, redução da mobilidade …
Sinais e Sintomas
• Confusão Mental;
• Deficit de atenção;
•Pensamento desorganizado;
• Alteração no padrão do sono;
• Alteração do nível de consciência
• Irritabilidade
• Agressividade
• Medo
• Insegurança
• Alteração da Psicomotricidade;
• Pode haver ou não alucinações
•Flutuação do estado mental (no Delirium)
Delirium de tremens
Relacionado ao uso abusivo/ abstinência de álcool e drogas
Delírio
Alteração no JUÍZO da realidade, de base patológica. Pode ser agudo ou crônico, com curso lento e pouco modificável.
Delírio Simples
Delírio Complexo
Não Sistematizado
Sistematizado
Rico em detalhes
Instável
Múltiplos temas
Único tema
Diagnóstico:
Clínico
Anamnese
Exame físico
Long-CAM
1- Início agudo
Há evidência mudança aguda da parte mental?
Diagnóstico do delirium
se os itens 1 e 2 estiverem presentes, associados á presença dos itens 3 e 4. Outras alterações (5 e 9) podem estar presentes
2- Distúrbio de atenção
Paciente tem dificuldade de focar atenção?
3- Pensamento desorganizado
conversa irrelevante, mudança imprevisível de assunto?
4- Alteração do nível de consciência
alerta, letárgico , comatoso?
5- Desorientação
paciente ficou desorientado durante entrevista?
6- Distúrbio da memória
incapacidade de lembrar de eventos do hospital?
7- Distúrbios de percepção
alucinações , interpretações errôneas?
8- Agitação ou retardo psicomotor
aumento da atividade motora, lentidão dos movimentos?
9- Alteração do ciclo sono-vigília
sonolência diurna? insônia noturna?
Investigar a causa
Fatores predisponentes e fatores precipitantes
Exames complementares(laboratorial) de acordo com a suspeita clínica inicial
na ausência de uma causa óbvia para delirium, fazer investigação etiológica extensa com investigação laboratorial mais ampla
Exames de imagem
TC de crânio
RNM
Análise LCR
rastreamento toxicológico
Eletroencefalograma
Escala de RASS
utilizada quando não for possível a realização do estado mental por falta de cooperação do paciente
ela vai de +4(paciente combativo, violento) até -5 (sem resposta verbal ou a estímulo físico)
Prevenção:
A prevenção primária é a melhor estratégia (redução de até 40% do risco em idosos hospitalizados)
Medidas eficazes para prevenir delirium incluem evitar, sempre que possível, fatores conhecidos por causar ou agravar o quadro, com auxílio de protocolos de orientação, intervenções ambientais e não farmacológicas preferencialmente.
Medicamentos profiláticos (inibidores da colinesterase ou agentes antipsicóticos) não foram conclusivamente demonstrados como eficazes na prevenção de delirium.
Uma vez instalado, o delirium pode exigir semanas ou meses para sua resolução completa.
Tais episódios podem afetar negativamente o curso de comorbidades graves e incapacitantes, como doença de Alzheimer.
Tratamento
:
Identificar e tratar o fator precipitante (medicamentos, iatrogenia, restrição física..etc
Estratégia de reorientação.
presença dos familiares
estimular mobilidade e independência para atividade.
Farmacológico.
(neurolépticos)
Psicose
Haloperidol 2 - 6 mg IM.
pode repetir em 1 h se continuar agitado
Antipsicóticos de 2º geração:
Risperidona, quetiapina, Olanzapina
insônia
Benzodiazepínicos com
meia vida curta
: LORAZEPAM.
1 - 2 mg meia hora antes de dormir
Problema 06 - Grupo 2
Tutora Marina
Anna Camila Aires;
Elza Armondes;
Johnny Alencar
Letícia Souza
Nara Azevedo;
Thais Carvalho
Tonny;
Walker Alves
Obs: pcte em coma não podem ser avalidos com Delirium