“Alguns aspectos sobre o processo de verticalização no Brasil podem ser elencados de forma resumida: (1) é uma característica da urbanização brasileira (Mendes, 1992; Souza, 1994); (2) está atrelado à ideia de modernidade (Ramires, 1997, 2011); (3) é caracterizado por uma verticalização mais vinculada à habitação do que serviços, ao contrário do que ocorre em outros países do mundo (Souza, 1994); (4) foi possibilitado por uma revolução na forma de construir, tanto com relação às novas técnicas quanto à utilização de materiais diferenciados, afetando diretamente a dinâmica de acumulação e produção de capital (Somekh, 1997; Ramires, 2011; Töws & Mendes, 2011); (5) também é tido como responsável por impactos significativos na estrutura urbana, sobretudo social, e no valor e uso do solo urbano (Ramires, 2011); (6) o Estado passa a ter o papel de produtor do espaço urbano, disciplinando seu crescimento por meio das legislações urbanísticas, como zoneamentos, definição de gabaritos de altura, taxas de ocupação e índices de aproveitamento dos lotes (Ramires, 2011; Somekh, 1997); (7) a lógica mercadológica é intrínseca a esse processo (Ramires, 2011; Somekh, 1997; Villaça, 1986; Wheaton, 1982)”. (A localização residencial em uma cidade vertical: um estudo sintático em Florianópolis, pág. 2, parágrafo 2)