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Religião e Filosofia fé e razão - Coggle Diagram
Religião e Filosofia fé e razão
1 - A Filosofia em Santo Agostinho e na vida dos mosteiros
De acordo com a visão religiosa, o ser humano está apenas de passagem nesse mundo.
O ser humano, portanto, seria um peregrino de acordo com a visão judaica, cristã e islâmica.
Santo Agostinho nasceu no final do império romano (354-430 d.C.)
Em sua obra "Confissões", conta como se converteu ao cristianismo. Influenciado por sua mãe e pelas ideias de Cícero.
A Filosofia que fez Agostinho chegar até o cristianismo. Isso faz com que ele busque explicar a relação entre fé e razão, Filosofia e Religião.
A síntese dessa relação se apresenta da seguinte maneira:
"É preciso crer para compreender"
A vida nos Mosteiros
Pouco depois de Santo Agostinho, a Filosofia passa a ser praticada nos mosteiros, tanto no ocidente quanto no oriente.
Esses locais passam a ser considerados lugares de excelência da cultura religiosa cristã.
Eram lugares de orações e culto.
Trabalhos manuais e culturais.
Havia os monges copistas e bibliotecários, responsáveis pela preservação e transmissão de saberes.
Para algumas pessoas, acreditar, ter fé é oposto a questionar, indagar, argumentar, refutar, etc.
Para os pensadores medievais essas duas realidades não eram encaradas como oposição.
Importante ressaltar que durante a idade média toda a sociedade se organizava para servir, cada um em seu estado de vida, ao ser absoluto, Deus.
Portanto, a Filosofia passa a servir à revelação cristã
Para filósofos como Santo Agostinho, Santo Anselmo e Santo Tomás de Aquino, a razão pode explicar o que a fé leva a crer, mas é preciso primeiro crer para poder tecer a explicação.
Logo, o ponto de partida é a fé.
A razão poderia, assim, compreender o que a fé revelou.
3 - Fé e razão no pós-idade Média.
3.1 - René Descastes retoma o argumento de Santo Anselmo.
Sobre a ideia de perfeição (Deus) ela precisa existir.
Descartes desenvolve outro argumento:
Sou um ser que pensa.
Esse ser que pensa tem uma ideia de perfeição, mas não é perfeito.
A ideia de perfeição só poderia ser possível esse de fato ela existir. Nesse caso, Deus.
3.2 - Blaise Pascal
Pensou Deus numa perspectiva diferente de Descartes.
Estabelece a relação entre ser humano e Deus como um tipo de aposta.
Para ele, a alma teria dois destino básicos: o paraíso ou o inferno.
No seu entender, esse destino dependeria da fé na existência de Deus e da verdade da revelação bíblica.
Pascal entende que não haveria como provar racionalmente a existência de Deus, portanto, seria necessário decidir.
Ou como ele mesmo disse, seria necessário fazer uma aposta.
Se a pessoa acredita em Deus, e estiver certa, ganha o paraíso eterno;
Se ela acredita em Deus, e estiver errada, nada perde;
Se ela não acredita em Deus, e estiver certa, nada perde;
Se ela não acredita em Deus, e estiver errada, "ganha" o inferno eterno.
Essa relação já se configura como
agnosticismo
.
3.3 - William James
Retoma a questão da relação do ser humano com Deus por meio da escolha.
Ele argumenta que a crença ou não em Deus não constitui uma questão qualquer, tal como ir ou não ir a um espetáculo, adquirir ou não um produto no comércio.
Para ele, essa é uma
questão vital
Ex: Estar em um local desconhecido em uma madrugada.
A escolha nesses casos é inevitável.
Em uma questão vital as alternativas representam vida ou morte, ou correspondem a forma como vimos a vida em sua essência.
2 - As provas da existência da Deus
2.1 - Uma vez conciliadas fé e razão, os filósofos medievais buscaram responder outras questões.
Elaboraram argumentos a favor da existência de Deus. Tais argumentos foram utilizados por pensadores modernos.
2.2 -
Santo Anselmo:
Há seres perfeitos, esses são considerados perfeitos porque são comparados a uma perfeição absoluta.
Essa perfeição absoluta é Deus.
A perfeição é a ideia que possui todos os atributos possíveis.
Um desses atributos é a existência. Logo, se a ideia de perfeição é a mais completa, ela tem que existir.
2.3 -
Santo Tomás de Aquino:
Ele retoma o conceito de motor imóvel e reelabora o chamado
argumento cosmológico.
É preciso que haja uma primeira causa no universo, do contrário haveria uma regressão infinita das causas.
A causa primeira seria
Deus
.
Santo Tomás de Aquino faz questão de ressaltar que tais argumentos não substituem a fé;
Outro argumento elaborado foi o
teleológico.
Parte do princípio que o Universo tem uma ordem, isto é, está organizado de uma certa maneira.
Um semente está organizada para virar árvore, os pulmões estão organizados para permitir a respiração.
As próprias coisas e os seres não criaram para si mesmas essas organizações. Portanto, seria Deus o arquiteto dessas organizações.