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Capitalismo industrial, Para Landes, a Europa Ocidental não sofreu tanto…
Capitalismo industrial
Princípios
Armadilha malthusiana de que ao longo da história, o crescimento da população supera a produtividade, levando a crises, e sendo a RI o fim disso.
No crescimento smithiano, o crescimento econômico se dá pela divisão mais sofisticada do trabalho.
No crescimento schumpeteriano, o crescimento econômico se deve a inovação tecnológica.
Para alguns, a Grande Divergência é o afastamento entre Ocidente e Oriente quanto a renda;
Para outros, é o processo de ampliação das desigualdades entre países e grupos sociais.
Hobsbawm
Princípios
O comércio inglês já era o maior da Europa no início do século XVIII, contribuindo muito mais para a renda nacional que a agricultura e manufatura.
Discorda do determinismo geográfico e de que acontecimentos históricos causaram a RI, pois não explicam porque na Inglaterra e porque no século XVIII.
O cercamento das terras contribuiu para o desenvolvimento das manufaturas, que eram mais raras em outras nações com grande comércio como a Holanda.
Embora fossem mais pobres que os comerciantes, os fabricantes tinham vantagem de se beneficiar de políticas protecionistas.
Indústria
Foi a liberdade, tanto de expressão quanto de mercado, que permitiu a Grã Bretanha se destacar.
O governo inglês, diferentemente do francês, tinha um menor controle sobre o mercado, dando assim mais espaço para inovações e lucros.
As tecnologias do início da RI eram pouco complexas, permitindo assim sua rápida adoção.
Um dos obstáculos para a industrialização foi o pouco interesse da população (rica e pobre) em investir em manufaturas.
Império britânico
A busca do mercado interno por expansão, para a qual tinha bastante espaço, e do mercado externo, que tinha ainda mais espaço, contribuíram para a industrialização.
A razão disso é que o mercado externo se expandia através de guerras e conquistas, diferentemente do interno.
A RI ocorreu no século XVIII pois antes a Inglaterra não tinha seu grande império, nem uma grande quantidade de mão-de-obra escrava, e seus produtos manufaturados ainda não eram tão valorizados.
Através da guerra, a Inglaterra se expandia ao mesmo tempo que arruinava seus rivais.
Além disso, diferentemente da Holanda, a Inglaterra tinha um grande mercado manufatureiro que se beneficiava dessas guerras.
Para manter sua dominância em guerra, a marinha britânica necessitava de inovações constantes, empregando assim muitas das mentes que mais tarde contribuíram para a RI.
Aspecto
A RI encontrou dificuldades em seu primeiro século por conta do abuso da classe trabalhadora e das medidas protecionistas inglesas.
Por muitas décadas, as cidades tiveram dificuldade em acompanhar o crescimento populacional da RI.
A desigualdade social se tornou ainda mais aparente que antes, agora que os grandes negócios consumiam os pequenos.
O conceito de classe média surgiu com a RI, representando a nova classe de capitalistas.
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David Landes
Princípios
Nas manufaturas, os trabalhadores tinham uma subordinação formal, podendo escolher como trabalhar, embora não mantivessem o que produziram.
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Invenções em uma indústria facilitavam inovações em outras, ao mesmo tempo que aumentam a demanda por certos recursos, necessitando de mais invenções e gerando um ciclo.
O início da RI sofreu com enorme desigualdade social, que foi mais tarde apaziguada.
A guerra também muda, pois agora depende muito da capacidade de produção de um país, ao invés de simplesmente números, permitindo assim o imperialismo e a nova ordem mundial.
Inglaterra
A iniciativa privada ajudou a RI a acontecer na Europa Ocidental, pois a burguesia ganhou poder lá após a crise do feudalismo.
A ética protestante foi importante para a RI, como argumentou Weber.
Um dos argumentos contra essa tese é que foi o capitalismo que levou ao protestantismo, não o contrário.
Outra crítica é que não foi a ética protestante, mas sim a perseguição de minorias como judeus ricos que ajudou na formação do capitalismo.
Landes argumenta que foram as instituições mais avançadas e a maior liberdade da Inglaterra que causaram a RI, dando pouca importância às colônias.
Padrão de vida
Alguns se perguntam se o aumento populacional não atrapalhou a RI, pois maior oferta de mão de obra reduz a necessidade por inovações.
Para Dobb, o aumento populacional só ocorreu após a RI na segunda metade do século XVIII.
A taxa de mortalidade começa a cair no século XVIII, mas a de natalidade demora até o século XIX para começar a cair.
O crescimento populacional se dá de forma localizada, com muitas migrações, graças à maior oferta de alimentos.
Quanto a qualidade de vida dos trabalhadores, Thompson divide os historiadores entre otimistas e pessimistas.
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Os pessimistas apontam que embora o padrão de vida (renda e consumo) tenha melhorado, o modo de vida (trabalho e lazer) piorou.
Pomeranz
A Inglaterra deu início a RI por estar perto do seu limite de produção agrária e ter enormes reservas de carvão.
A colonização ajudou os ingleses a ultrapassar seu limite produtivo, além de fornecer capital para a RI.
Além disso, a dependência do Novo Mundo de produtos europeus impulsionou a manufatura europeia.
Para Landes, a Europa Ocidental não sofreu tanto com invasões estrangeiras ao longo dos séculos quanto outras regiões.
O desejo faustino de conquista da natureza e a menor desigualdade social na Europa foram aspectos importantes.
Os homens estão acostumados a trabalho autônomo e doméstico, por isso a mão de obra do inicio da RI é de crianças e mulheres.
Phyllis Deane aponta para uma piora até 1820, condições razoáveis até 1840, e melhoria após isso.
A constante competição entre os estados europeus os fez buscar inovações, diferentemente da Ásia centralizada e "estagnada".
Para Hobsbawm, o mercado interno inglês somada à conquista de colônias, criaram as pré-condições para a RI na Inglaterra.
A marinha inglesa era uma cliente permanente, requerendo frequentes inovações.
Desde a Era Tudor, a Inglaterra protegia suas manufaturas e focava em guerras para expandir seu comércio.