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Infraestrutura Regional - Coggle Diagram
Infraestrutura Regional
Lógica da Territorialidade
Necessidade de se organizar o espaço provendo estruturas físicas
Sistemas socioeconômicos prosperam pela circulação de recursos
Criar e manter as relações centrais entre o Estado e a sociedade civil.
Criação de Infraestrutura como forma de controle territorial:
infraestruturação
Sistema Nacional de Infraestrutura (SNI)
: totalidade da infraestrutura interligada dentro das fronteiras do Estado
Mandato infraestrutural
: papel do Estado em assegurar e desenvolver o SNI para sustentar suas relações com a sociedade civil, garantindo a soberania sobre um espaço na lógica territorialista.
Controle
:
Poder infraestrutural como forma de o Estado penetrar na sociedade civil e facilitar relações de poder entre si e demais agentes do território.
Sua eficácia é reflexo da habilidade do Estado em gerar e mover recursos (tangíveis e intangíveis).
É pelos canais estabelecidos pela infraestrutura que o Estado exerce poder militar, econômico, político e ideológico.
Coesão:
Habilidade do SNI de comprimir o espaço e o tempo, promovendo coesão econômica, social e política.
Se relaciona com o papel do Estado de vincular segmentos sociais e territoriais em uma unidade efetiva.
Convergência de políticas sociais e regionais para universalizar o acesso à infraestrutura e homogeneizar o território (p. ex. SUDENE)
Segurança:
Dimensão externa do SNI: ameaças advindas das interações e interconexões com outros SNIs
Disrupções do SNI causam problemas socioeconômicos, impactando a segurança e a legitimidade do Estado
Quando ameaçado, o Estado irá reforçar ostensivamente a infraestrutura para fortalecer sua territorialidade (p. ex. o muro na fronteira EUA-México)
Desenvolvimento:
Infraestrutura gera comunicação e aumenta as trocas, molda a geografia econômica do Estado, e promove crescimento econômico endógeno.
O SNI contribui para o posicionamento global estimulando os fluxos econômicos internos e externos (exportações) e reduzindo custos de transação.
Noção de que a territorialidade restrita aos limites do Estado não é a mais efetiva
Experiência das Grandes Potências em aumentar a escala para promover crescimento e desenvolvimento.
O regionalismo pode ser uma ferramenta de governança em um mundo neo-mercantilista.
A mudança qualitativa e quantitativa das relações através de fronteiras traz a necessidade do Estado se adaptar a novo contexto de operação do SNI
Embora o Estado ainda seja o principal ator de RI, a territorialidade baseada no Estado é anacrônica.
Para cumprir seu mandato infraestrutural, o Estado precisa integrar dimensões externas à SNI.
As forças da regionalização fazem os SNIs se adaptarem, transformando-se em
Sistemas Regionais de Infraestrutura (SRIs)
: redes integradas de SNIs próximos geograficamente
Liberdade de fluxos para que o Estado se beneficie das cadeias de valor induz a criação e transformação da infraestrutura em perspectiva regional.
Ganhos de escala induzem a cooperação de governos de uma região para construção de infraestrutura comum.
A integração das infraestruturas surge do reconhecimento estatal da interdependência regional.
Alguns Estados mais poderosos constroem infraestrutura externa para reforçar seu mandato extraterritorial (p. ex. Plano Marshall e a Nova Rota da Seda*)
Relativamente baixa delegação de construção de infraestrutura para instituições regionais, com preferência dada às Parcerias Público-Privadas (PPPs)
Formas de criar o SRI:
Processo formal de integração: a formação de um SRI ocorre como reação ao aumento dos fluxos regionais estimulados por iniciativas de integração
Acordo bilateral: quando dois Estados pactuam a interconexão de seus SNIs
Pressões hegemônicas: construção de infraestrutura por parte do líder hegemônico para aumentar sua influência, a estabilidade e o desenvolvimento da região ou por interesses econômicos
Cooperação sem integração: quando há necessidade de ação conjunta sem interesse por processos mais profundos de integração
O que é infraestrutura?
Física
Estruturas que baseiam os sistemas socioeconômicos e que permitem que eles operem efetivamente
Interconectividade e unificação em rede: facilitar e canalizar fluxos
+
Centralidade do sistema econômico e suas necessidades: redes de energia, transporte e informação
Branda (
soft
)
Instituições necessárias para manutenção e melhoria da infraestrutura física
Regimes de uso, padrões de interoperabilidade, sistemas legais, financiamento, etc.
Características
Sistêmica: redes complexas atuando como uma combinação de componentes interativos
Concepção de sistemas de infraestruturas como conjuntos distribuídos de atividades técnicas, sociais e institucionais
Valor intrínseco da rede crescer e se complexificar
Sua utilidade está nas relações formadas entre seus usuários, não tanto na sua existência prática em si
Potencializa as relações entre os usuários, ao permitir que sejam expandidas e transformadas.
Impacta o sistema socioeconômico ao criar valor aos usuários e gerar aprendizado entre as comunidades.
Dois tipos de complexidade:
Funcional:
quando uma infraestrutura depende de outra infraestrutura, o que causa sua utilização conjunta (p. ex. internet e energia elétrica)
Espacial:
quando um evento em um ponto do sistema da infraestrutura impacta sobre outro do mesmo sistema (p. ex. acidentes e engarrafamentos)
Promovem o compartilhamento de regras
Oferta de serviços públicos indisponíveis de outras formas
Entretanto, socialmente desigual em seus benefícios
Fonte de preocupação pública com falhas e sequelas
"Invisibilidade" enquanto funciona
Agências Regionais que fomentam projetos de infraestrutura:
Banco Africano de Desenvolvimento (1964)
Banco Asiático de Desenvolvimento (1966)
Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (2015)
Corporação Andina de Fomento (1968)
Banco Europeu de Investimento (1958)
Banco Interamericano de Desenvolvimento (1959)
Banco de Desenvolvimento Eurasiático (2006)
Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul (Focem, 2007)
Composição: tomadores de empréstimo e doadores; ou apenas tomadores