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Coração grande é coração bom? - Coggle Diagram
Coração grande é coração bom?
Exames complementares cardiológicos:
Radiografia torácica:
Fases avançadas da doença são
marcadas por cardiomegalia, muitas vezes massiva, que pode incluir sinais de aumento não só do VE, como também do VD e de ambos átrios.
Eletrocardiografia e Holter:
As alterações mais prevalentes são os distúrbios de condução do ramo direito e o hemibloqueio do anterior esquerdo, alcançando 50% dos pacientes com cardiomegalida crônica da doença de chagas.
Outras alterações no ECG de repouso:
As anormalidades difusas da onda T e segmento ST, ondas Q patológicas, prolongamento do intervalo QT e aumento da dispersão do QT.
Ecocardiografia:
É um método de imagem não invasivo que permite diagnóstico geométrico e funcional biventricular
Alterações de mobilidade
segmentar em regiões inferiores e inferolaterais do VE nos pacientes chagásicos.
A detecção do aneurisma apical VE, podendo estar preenchido por trombo.
Ressonância magnética:
Permite análise morfofuncional cardíaca, com alto grau de detalhamento bidimensional, podendo
ser bastante elucidativa.
É método com grande capacidade para análise quantitativa
de volumes ventriculares e cálculo acurado da fração de
ejeção ventricular esquerda.
Estudos mais recentes
chamam atenção para o potencial da RMC em detectar as regiões de fibrose miocárdica em pacientes com chagas.
Ventriculografia radioisotópica ou Angiocardiografia Radionuclear
É um método alternativo à ecocardiografia, na quantificação da fração de ejeção o (FE) do VE, tendo como vantagem ser um método quantitativo e livre de interferências geométricas, conferindo padrão-ouro no contexto.
O estudo cintilográfico de perfusão miocárdica pode ser necessário para investigação não invasiva de
pacientes com CCDC exibindo precordialgia.
A cintilografia miocárdica permite avaliar a integridade neuronal do sistema nervoso simpático cardíaco em nível miocárdico.
O exame permite indentificar denervação regional miocárdica em pacientes ainda sem acometimento aparente da função ventricular esquerda.
Estudo Eletrofisiológico:
Indicado para estudo de função sinusal, condução atrioventricular e em casos de arritmia ventricular, seja para determinação de prognóstico seja para a indicação de terapia antiarrítmica
Não mostra tanta eficácia em casos de função ventricular preservada
Doenças Negligenciadas:
O termo "doença negligenciada" data da década de 70 e refere-se a doenças causadas por agentes infecciosos e parasitários.
Tais doenças tendem a ser endêmicas em populações de baixa renda, representando, portanto, um problema latente na África, Ásia e nas Américas
Essas enfermidades não despertam o interesse das grandes empresas farmacêuticas para a produção de medicamentos e vacinas. Além disso, a pesquisa neste setor não conta recursos suficientes, o que gera a escassez dos métodos de profilaxia disponíveis em todo o mundo.
Leishmaniose:
Doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um parasita.
Visceral
Também conhecida como calazar, ela afeta os órgãos das vísceras, como o baço e o fígado, além da medula óssea.
Os sintomas da leishmaniose visceral incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, perda de peso, diarreia, fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de inchaço nos linfonodos.
Cultanêa
Também é chamada de ferida brava, ou de leishmaniose tegumentar, e causa feridas na pele, que podem evoluir para feridas nas mucosas, como a boca e o nariz.
As feridas causadas pela leishmaniose tegumentar são avermelhadas, ovaladas e com bordas delimitadas.
Hanseníase:
Doença infecciosa crônica e curável que causa, sobretudo, lesões de pele e danos aos nervos.
Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa.
Ela afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos.
Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.
Málaria:
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles.
No organismo da pessoa afetada, o Plasmodium vai até o fígado, onde se multiplica e, em seguida, atinge a corrente sanguínea, onde invade e rompe os glóbulos vermelhos do sangue.
Os sintomas são febre, suor, calafrio, náuseas, vômitos, dor de cabeça e fraqueza
Febre Amarela:
Causada por um vírus, do gênero flavivírus, transmitido por mosquitos pertencentes às espécies Aedes Haemogogus.
As diferentes espécies de mosquitos vivem em diferentes habitats, o que determina três tipos de ciclos de transmissão
Geralmente, os sintomas são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
Já a mais grave da doença é rara. A pessoa infectada pode apresentar insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço, sintomas que podem resultar em morte num período de sete a 10 dias.
Cardiomiopatia Crônica Chagásica:
É uma cardiomiopatia primária mista, caracteriza-se por distúrbios do ritmo cardíaco, fenômenos
tromboembólicos, insuficiência cardíaca e morte súbita.
É a forma clínica mais frequente e importante da doença devido ao seu impacto na morbimortalidade.
Resultante de miocardite fibrosante focal de baixa intensidade, mas incessante, causada pela infecção persistente do T cruzi, associada à inflamação mediada por mecanismos imunes adversos.
O que gera progressiva e cumulativa destruição de fibras cardíacas e substituição por tecido fibroso, a destruição ocorre por:
Dano Cardíaco Imunomediado:
Um auto-antígeno chamado Cha é responsável pelo desenvolvimento de anticorpos anti-Cha que, em estudos em modelos animais, foi responsável por dano cardíaco.
Além disso, citocinas, quimiocinas e óxido nítrico liberados por cardiomiócitos atingidos são responsáveis por atração de leucócitos para o sítio inflamatório, e sua ação pode colaborar para a lesão aos miócitos cardíacos
Os mecanismos exatos da resposta auto-imune são ainda incertos.
Manifestações clínicas:
Manifestações arrítmicas:
Todos os tipos de arritmia
atrial e ventricular podem ocorrer, incluindo disfunção
do nó sinusal, BAV completo intermitente ou fixo e
arritmias ventriculares complexas.
As arritmias podem
cursar assintomáticas ou manifestar-se com mal-estar inespecífico ou palpitação de início súbito o, em repouso ou desencadeado por esforço, fugaz, e de resolução espontânea.
As arritmias cardíacas mais encontradas na CCH são as:
Bradiarritmias:
Estão as alterações sinoatriais e os bloqueios atrioventriculares, cujo tratamento padrão é o emprego de implante de marcapasso definitivo
Taquicardias:
Encontram-se as supraventriculares extrassístoles atriais, taquicardia atrial ectópica, "flutter" atrial e fibrilação atrial
Que provocam morbidades como progressão para disfunção ventricular esquerda e fenômenos tromboembólicos.
Já nas ventriculares, cujo desfecho pode ser a morte súbita instantânea
Síndrome da Insuficiência cardíaca:
Nas fases
iniciais da manifestação, os sintomas mais frequentes
são a fadiga e a dispneia aos esforços.
Na evolução da doença, somam-se os sintomas de congestão venosa sistêmica:
Turgência jugular
Hepatomegalia
Endema de membros inferiores
Ascite
Os sinais de baixo débito sistêmico podem estar presentes
em casos avançados:
Pulso filinformes
Perfusão periférica lentificada
Oligúria
No exame físico há ainda sinais de de cardiomegalia como:
Pode haver abafamento de B1 em foco mitral
Desdobramento permanente de B2 pela presença de BCRD
Desvio do Ictus Cordis
Terceira bulha e sopros regurgitativos de valvas atrioventriculares
Que podem ocorrer
secundariamente à dilatação das câmaras ventriculares
Manifestações tromboembólicas:
Embolias pulmonares e sistêmicas são manifestações comuns, originadas de tromboses
murais em câmaras cardíacas e em veias sistêmica
Sendo
importante causa a de acidente vascular cerebral embólico
e outras morbidades.
Desde as fases mais precoces, discinesias ou aneurisma ventriculares predispõem a complicações tromboembólicas
Em estágios avançados, a
dilatação global, a estase venosa e a fibrilação atrial são fatores adicionais que propiciam:
A formação de trombos e a consequente embolização pulmonar e sistêmica, como no Sistema Nervoso Central.
Com isso pode ainda sobrevir tromboembolismo associado a áreas discinérgicas na parede ventricular
Com trombos mais frequentes na parede apical, inferior e póstero-lateral do VE e no
átrio direito.
Resultando em infarto como:
Cerebral
Mesentérico
Pulmonar
A ausência de sintomas é particularidade marcante
nos indivíduos que se encontram em estágios incipientes
da doença crônica.
Quando dano miocárdico,
pode ser detectado apenas por alterações em exames
complementares, como distúrbios de condução no ECG