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COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DA DIABETES MELLITUS - Coggle Diagram
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DA DIABETES MELLITUS
FISIOPATOLOGIA
VIA DOS POLIÓIS: A hiperglicemia aumenta os níveis de sorbitol intracelular, desbalancenando o NADH e NADPH, o que altera o funcionamento da bomba Na/K, acumulando Na, podendo comprometer funcionalmente as fibras nervosas.
AUMENTO DA SÍNTESE DE HEXOSAMINAS: A hiperglicemia faz com que a glicose se acumule dentro das células, sendo metabolizada para as hexosaminas, causando dano tóxico às fibras nervosas.
ATIVAÇÃO DA PROTEÍNA-QUINASE C DA ENDOTELINA: Protéina responsável por alterar a microcirculação, causando dano isquemico das fibras nervosas.
AUMENTO DAS AGEs: A glicose pode se ligar à diversas substancias dentro da célula e levar a formação das AGEs, que são tóxicas para as células.
AUMENTO DO ESTRESSE OXIDATIVO: Desbalanço entre NADH e NADPH no meio intracelular e aumento das epécies reativas de oxigenio que podem causar danos às fibras nervosas.
CLASSIFICAÇÃO
Neuropatia hiperglicemica
Polineuropatia simétrica
Neuropatia focal e multifocal
Neuropatia inflamatória cronica desmielinizante
SENSITIVO MOTORA CRONICA
É a mais comum
Alterações de sensibilidade que começa nas extremidades
Primeiro perde-se a sensibilidade térmica e dolorosa, segundo a sensibilidade vibratória e tátil e terceiro a propiocepção.
Sintomas: dor neuropática que começa nos pés e piora à noite, melhora com a prática de exercícios, associada à caimbra, , perda da senisbilidade (pés neuropáticos) - risco de amputação.
AUTONOMICA
Frequentemente associada à sensitiva motora crônica
Leva à complicações em diversos sistemas
CARDIOVASCULAR: Hipotensão postural; isquemia indolor, taquicardia em repouso, pouca tolerancia ao exercício, arritmias, morte súbita.
GASTROINSTESTINAL: Gastroparesia; enteropatia.
GENITO-URINÁRIO: Disfunção erétil; bexiga neurogenica.
SUDOMOTORA: anidrose de extremidades.
FOCAIS E MULTIFOCAIS
É mais comum em idodosos com DM2
Pode acometer um único par craniano ou mais de um de forma assimétrica.
FOCAL
Oftalmoplegia e paralisia facial. Nos membros inferiores a neuropatia compressiva do nervo mediano no túnel do carpo e do nervo ulnar no cotovelo.
MULTIFOCAL
Neuropatia proximal, radiculoplexopatia, radiculoneuropatia.
Geralmente melhora de 3-6 meses.
AVALIAÇÃO
Exames neurológicos clínicos (sensitivos e reflexomotores).
Exames específicos: ECG, FC em repouso, hipotensão postural,
Exclusão de outras causas de neuropatias.
DIAGNÓSTICO
Necessária alteração de 2 testes + exclusão de outras etiologias.
É uma complicação crônica do DM, de longa
duração e caráter progressivo, podendo evoluir para insuficiência renal terminal.
Classificada em quatro estágios principais:
Estágio 1:
Hiperfiltração
aumento do ritmo de filtração glomerular (elevação do clearance da creatinina)
Aumento da pressão glomerular.
Causa dano glomerular
Glomerulosclerose nodular (lesão de Kimmelstiel Wilson)
Nódulo único, hialínico e acelular
Glomeruloesclerose difusa
Espessamento de fibrose difusa
Estágio 2:
Microalbuminúria
Relação albumina/creatinina > 30mg/g
Estágio 3:
Macroalbuminúria
Relação albumina/creatinina > 300mg/g
Estágio 4:
Insuficiência renal
Redução da TFG e do clearance
diálise e transplante renal
Rastreio
Exames de creatinina sérica (cálculo clearance) e albuminúria e creatinina de urina isolada
Tratamento
1 - Controle glicêmico
2 - Controle da Pressão arterial
3 - Medicamentos
Inibidores de SLGT2
Reduz a pressão glomerular causando a vasoconstrição da arteríola aferente.
IECA OU BRA
Inibe o sistema renina, angiotensina, aldosterona, levando a vasodilatação da arteríola eferente, diminuindo a pressão glomerular
É classificada:
RD proliferativa
é o tipo mais grave e ameaçador de RD.
neovascularização retiniana
que com o passar dos anos evolui para fibrose e retração podendo causar amaurose por deslocamento de retina
pode ocorrer rompimento dos neovasos e produzir hemorragia vítrea que se alcançar o eixo visual pode ocorrer a amaurose por hemorragia vítrea.
formação de fibrose nos vasos da íris provoca glaucoma agudo. (amaurose por glaucoma)
Maculopatia Diabética:
são as principais causas de perda central do diabético. Caracterizada por:
Edema vascular reversível, múltiplos exudatos duros em volta da fóvea e maculopatia isquêmica.
Retinopatia Diabética (RD) não proliferativa
é a forma mais frequente de Retinopatia diabética. se dividindo em:
Moderada: graus intermediários entre a leve e agrave. presença de exsudato algonosos, numerosas hemorragias e veias em rosário em um quadrante.
Grave: presença de um dos seguintes achados: mais de 20 microhemorragias retiniana em cada 1 dos 4 quadrantes; dilatação venosa em pelo menos 2 quadrantes e anormalidades microvasculares intrarretiniana em pelo menos um quadrante.
Leve: presença de microaneurisma
É caracterizada:
por permeabilidade anormal dos vasos retinianos.
formação de microaneurisma, neovascularização e hemorragias.
retrações fibróticas e deslocamento da retina associados.
Catarata
pode ocorrer prematuramente em quem tem diabétes
ocorre devido a glicolização enzimática de proteínas do cristalino em associação com a duração da doença e a intensidade da hiperglicemia crônica.
É o padrão mais comum de acometimento ocular, sendo a causa principal de perda visual e cegueira.
Fatores de risco:
fatores sistêmicos
Controle glicêmico. HAS, insulinoterapia, tempo de evolução do DM, presença de nefropatia diabética, puberdade, gravidez e dislipidemia.
Fatores locais
cirurgias de catarata, doença olusiva vascular, glaucoma e miopia.
Diagnóstico: se dá pelo fotorretinografia
DM1 - deve ser realizado anualmente a partir da puberdade, e mais de 5 anos de DM.
DM2 - deve ser realizado anualmente desde o diagnóstico.
O diabetes provoca lesão endotelial através do aumento da inflamação na parede vascular através do estresse oxidativo.
Doenças cerebovasculares
O risco de AVE isquêmico está aumentado (duas vezes) nos diabéticos, especialmente os do tipo 2. A associação entre diabetes mellitus, hipertensão e tabagismo é alto risco para eventos vasculares encefálicos
A doença carotídea aterosclerótica, bem como a doença aterosclerótica das artérias cerebrais de médio e pequeno calibre, é mais comum nos diabéticos
A hiperglicemia aguda durante a fase do acidente vascular pode contribuir para as complicações hospitalares e a maior mortalidade desses pacientes. Outro tipo de doença cerebrovascular que é mais comum nos diabéticos é a demência vascular.
Arteriopatia periférica
A aterosclerose das artérias dos membros inferiores frequentemente acompanha os diabéticos de longa data e contribui bastante para a má resolução das úlceras e feridas do "pé diabético".
A hipertensão arterial e, especialmente o tabagismo são fatores de risco que aumentam acentuadamente a incedencia da doença inquêmica dos membros inferiores nos diabéticos.
A isquemia dos membros inferiores sintomática diagnosticada, pela alteração de cor da extremidade, queda de temperatura e ausência de pulsos arterias, deve ser tratada.
Doença arterial coronariana
Há obstrução gradual ou súbita das artérias coronárias por placas de gordura e coágulos. Com isso, há insuficiência das artérias coronárias , de proporcionarem ao músculo cardíaco, os nutrientes e o oxigênio de que este necessita para manter a sua atividade normal.
Muitas das vezes esse problema é causado por sedentarismo, obesidade, stress, alimentação desbalanceada.
Além disso os principais fatores de risco são diabetes mellitus, hipertensão arterial e colesterol elevado.
Pé diabético é definido como úlcera, infecção ou
destruição de tecidos moles associadas a alterações neurológicas e vários graus de doença arterial
periférica nos membros inferiores.
Assim, uma complicação importante da neuropatia
diabética é a úlcera neuropática. Úlceras tendem a tornar-se infectadas em pelo menos 50% dos casos.
Fatores de risco;
Perda de sensibilidade tátil (detectada pelo monofilamento de 10 g
Ausência de pulsos pediosos
Calosidades, anidrose, micose, fissuras, locais
de alta pressão nas plantas dos pés;
Deformidades (artropatia de Charcot);
Mau controle glicêmico;
Tabagismo