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A construção teórica na sociologia da saúde: uma reflexão sobre a sua…
A construção teórica na sociologia da saúde:
uma reflexão sobre a sua trajetória
Em busca de um conhecimento interdisciplinar
Quanto à sociologia, Piaget afirma que, sem deixar de conservar seu objeto próprio – que é, portanto, a análise das estruturas totais em termos de regras, valores e signos – deve representar o modelo de uma ciência fecundada pelas investigações interdisciplinares.
As duas sociologias médicas
Straus escreve o seguinte: Nós sugerimos que a sociologia da medicina está interessada em estudar fatores tais como a estrutura organizacional, as relações de papéis, sistemas de valores, rituais, e funções da medicina como um sistema de comportamento e que este tipo de atividade pode ser melhor exercido por pessoas trabalhando em posições independentes fora dos estabelecimentos médicos formais
Sociologia na medicina compreende pesquisa e ensino colaborativos frequentemente envolvendo a integração de conceitos, técnicas e pessoal de muitas disciplinas
Anos 70 – algumas formulações críticas
à sociologia médica
Segundo Freidson, o subdesenvolvimento da sociologia médica devia-se ao desenvolvimento lento da sociologia no século 19 e que somente no século 20, com a realização de estudos empíricos, ocorre uma redefinição de antigos conceitos que conduziriam ao enfoque de áreas especiais de estudo
Começando a acumulação de informação e consciência de problemas que dão base a uma especialidade
Freidson argumenta que a sociologia médica tem se focalizado sobre áreas que o profissional médico tem considerado problemáticas
Adotando a concepção do que é problemático a partir da própria profissão sem levantar questões sobre a perspectiva da qual o problema é definido
Cockerham, ao examinar a produção do
JHSB destaca que a maioria dos achados visavam questões sociológicas em lugar de médicas. Para ele, isto indicava que a sociologia médica havia alcançado um estado de independência ao analisar sociologicamente as situações de saúde
Revendo a crítica
sobre o ateoricismo do campo
Parsons enfatiza o “papel de doente” e
da doença como desvio que afeta o funcionamento eficiente do sistema social e que o papel da medicina é regular e controlar para que aqueles que estão doentes retornem ás suas atividades e responsabilidades
Merton cria o conceito de papel modelo, peça fundamental em seu estudo sobre o processo de socialização de estudantes de medicina, como também, o de socialização antecipatória
Hollingshead e Redlich pesquisam as relações entre classe social e doença mental, num primeiro encontro entre um sociólogo e um psiquiatra para o qual ambos traziam as experiências anteriores, respectivamente, com estudos sonre estratificação social e pacientes esquizofrênicos
No caso do Brasil, a Sociologia no Brasil, no período dos anos 60 e 70 para os anos 90, vivenciou uma passagem de análises macrossociológicas de crítica ao modelo econômico-social excludente do milagre e de crítica ao modelo autoritário uma microssociologização dos estudos
O renascimento da questão teórica
De maneira genérica, nos anos 80 assiste-se a um forte renascimento das discussões sobre as questões teóricas no campo da sociologia que se estenderam para a sociologia da saúde
Data de 1986 a apresentação de Jeffrey Alexander, na ANPOCS, intitulada O novo movimento teórico57 analisando o que ele denomina um momento crucial da teoria sociológica, com o fim da fase pós-funcionalista
A década de 70 foi dominantemente estruturalista e a de 80, com ocaso das análises marxistas e funcionalistas e com a crescente dominância de estudos fenomenológicos e hermenêuticos, nitidamente acionalista nas ciências sociais
A perspectiva parsoniana mostra como a profissão médica atua para controlar o desvio, a marxista associa suas análises ao capitalismo, a feminista com o patriarcalismo, a foucaultiana com o desenvolvimento da sociedade moderna
A abordagem fleckiana, argumenta que nosso conhecimento do mundo é dado por paradigmas, pois eles são produtos de estilos de pensamentos
Annanadele aponta que os debates teóricos não somente repudiavam virtualmente tudo o que vinha antes deles, mas que abordagens teóricas recentes pareciam estilhaçar a ortodoxia de uma forma sem precedentes