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Lesões por tiro de espingarda, I - Coggle Diagram
Lesões por tiro de espingarda
Espingardas modernas utilizam
choke:
ligeiro estreitamento do diâmetro interno do cano, junto ou próximo à boca da arma, com a finalidade de manter os balins agrupados
Cada Balim/bago origina seu próprio orifício de entrada e trajeto
Quanto maior a distância, maior a dispersão da rosa de tiro (grupamento de orifícios produzidos pelos balins
Nos tiros encostados ou à curta distância pode haver um orifício com maior concentração dos balins rodeado por orifícios menores, ou apenas um orifício único.
Tiro encostado contra o couro cabeludo: força dos gases e balins provoca fratura cominutiva (esfarelamento com isolamento de uma parte óssea do restante) nos ossos do crânio e da face, dificultando a distinção dos orifícios de entrada e saída, como se a cabeça tivesse sofrido explosão. Quando isso ocorre, não há boca de mina de Hoffmann.
Projéteis de alta energia cinética:
superior a 600m/s
Baixa energia cinética:
inferior a 300m/s
Média energia cinética:
inferior a 600m/s
Trajeto:
projétil de alta energia possui trajeto diferente dos comuns, por causa da onda de choque e de pressão
Onda de choque:
ocorre pela elevação abrupta de pressão, gerada quando projétil de velocidade superior a 1500m/s toca a pele.
Antecede o projétil e não causa danos
Dura microssegundos
Ex: trovão, explosivos
Onda de pressão:
deslocamento dos tecidos. São formadas ao lado e atrás dos projéteis -
Cavidade temporária
O projétil produz um túnel permanente e uma lesão paralela (cavidade temporária), ocasionada pela onda de pressão trazida com a sua velocidade.
Pelo fato de terem mais estabilidade, no início do trajeto há pouca transferência de energia e, por isso, a cavidade temporária não é muito expressiva.
Quando o projétil começa a tombar, transfere altas quantidades de energia, ampliando as cavidades temporária e permanente.
Adquire diâmetro máximo quando fica em pé, perpendicular ao trajeto, readquirindo estabilidade e diminuindo transferência de energia.
Algumas vezes gira 180° e sai de costas
Fragmentação do projétil aumenta muito o volume da cavidade permanente
A distensão depende da elasticidade do tecido do órgão atingido e quantidade de tecido ao redor da cavidade.
Ex:
pulmão absorve melhor a energia por ser mais elástico, enquanto o fígado se fragmenta com facilidade
Estabilidade:
adquire estabilidade quando estão alinhados o centro de pressão e o centro de massa.
Enquanto não se estabiliza, realiza movimentos de precessão e nutação (peão perdendo estabilidade)
Orifício de entrada:
Circular ou oval
Bordas picotadas ou irregulares
Orla de escoriação na maioria das vezes não existe
Orifício de entrada menor que o projétil em razão do formato pontiagudo
Quanto maior a velocidade e menor a distância, maior o orifício
Nas regiões com osso, a resistência oferecida faz o projétil perder energia para entrar, o que ocasiona um enorme buraco na entrada
Na cabeça, onde o osso é mais espesso, confere aspecto de explosão, não podendo distinguir a entrada da saída.
Orifício de saída:
pelo fato do projétil sofrer desvio na trajetória, falta de estabilidade, desvio no trajeto e possibilidade de se fragmentar, o orifício de saída pode ser ampliado expressivamente.
Forma biconvexa, dois ângulos mais ou menos nítidos, com direção paralela às linhas de força da pele. Assemelha-se a um rasgo.
As lesões decorrem da alta velocidade e não do calibre
I