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FISIOPATOLOGIA
Embora o mecanismo fisiopatológico da SM seja controverso, a hipótese etiológica identifica a resistencia à insulina e a produção excessiva de ácidos graxos como consequencia da obesidade central como componentes chave dessa doença, que mais tarde, levará o indivíduo a apresentar DM2, hipertensão e doenças cardiovasculares em fases posteriores da vida.
Hipersensibilidade aos glicocorticóides.
Elevados níveis de glicose no sangue, que induz o pancreas a liberar excesso de insulina (hiperinsulinemia) que, a longo prazo, culmina com RI e DM2.
Aumento da secreção de angiotensina, que pode acarretar uma HAS.
Aumento da secreção de interleucina-6 (IL-6) - citocina inflamatória.
Aumento de TG que comprometem a viscosidade do sangue, aumentando o risco cardiovascular.
Redução do colesterol HDL, fundamental para realizar o transporte reverso do colesterol e que apresenta também efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e vasodilatadores.
DIAGNÓSTICO
Existem diferentes formas de avaliar a presença ou não de SM (critérios da NCEP-ATP III, IDF, OMS).
OMS: RI necessária associada a mais outros dois fatores.
NCEP-ATP III: presença de tres componentes, sem priorizar nenhum em especial.
IDF: obrigatória a medida da circunferencia abdominal alterada, além de outros dois fatores.
É de suma importancia a investigação clínica e laboratorial para confirmas o diagnóstico
Exames laboratoriais: Perfil gliecmico e perfil lipídico.
Exame físico: Aferir pressão, medida da circunferencia abdominal, peso, estatura, exame de pele e exame cardiovascular.
História clínica: idade tabagismo, prática de atividade física, história pregressa de HAS, diabetes, doença cardiovascular, AVC, SOP, doença hepática, hiperuricemia, uso de medicamentos hiperglicemiantes.
METFORMINA
Mecanismo de ação;
aumenta a captação muscular da glicose, através da ativação da enzima AMPK.
ação na oxidação de ácidos graxos e na hipertrigliceridemia
Contra indicação;
quando o paciente apresente alguma insuficiência renal, cardíaca
acidose grave
gravidez
QUANDO USAR
quando terapia não farmacologica falhar
boa escolha para pacientes que precisam perder peso.
pode ser associado a qualquer outra medicação para tratar a DM2
Mais utilizados, geralmente a primeira escolha numa monoterapia.
SULFONILUREIA
A principal ação das sulfoniluréias é exercida sobre as células β das ilhotas pancreáticas e consiste em aumentar a secreção de insulina.
requer as células β
funcionantes para que possam atuar
VANTAGENS
Reduz HbA1c: 1 a 2%; Reduz nefropatia; Risco CV neutro; Baixo custo
EFEITOS COLATERAIS
*Falência secundária
pancreática;
Hipoglicemia; *Aumento de peso.
CONTRA INDICAÇÕES
Taxa de filtração glomerular < 30; Idoso com risco de hipoglicemia.
INDICADO
Pacientes com diabete não-obesos ou quando há perda de peso e na fase inicial da doença.
Pacientes que precisam melhorar a glicada com baixo custo
75% dos pacientes com DM-2 exigirá a associação de um segundo agente oral
*GLINIDAS
Sendo representada por Repaglinida e Nateglinida
Seu mecanismo de ação é semelhante ao da Sulfoniluréias
EFEITOS COLATERAIS;
Hipoglicemia
Ganho de peso
CONTRA INDICAÇÕES;
gravidez
a diferença esta apenas no tempo de meia vida, que é bem menor no caso das glinidas.
INIBIDORES DE DPP4
Suas ações se baseiam em inibir a enzima DPP-IV, cuja função é degradar as incretinas que foram liberadas após a alimentação. A partir disso, sem sofrer degradação as incretinas tem seu efeito prolongado, ou seja, há um maior estimulo á liberação de insulina
CONTRA INDICAÇÕES;
No máximo alergias, que no geral são bem toleradas.
Importante ressaltar que são medicamentos caros e não estão disponíveis no SUS.
Vai atuar sobre as incretinas.
Os principais respresentantes são; vildagliptina, sitagliptina, saxagliptina
INIBIDORES DE SGLT2
A glicose é filtrada pelos glomérulos renais de forma livre, e sofre reabsorção nos túbulos proximais pela ação dos transportadores SGLT2, essa classe de fármacos atua inibindo essa reabsorção, provocando uma glicosúria nos pacientes, com isso, reduzindo a glicose circulante
Provoca uma glicosúria a partir de 70-90mg/dl de glicose
Representado por canagliflozina, dapagliflozina e empagliflozina
Possíveis efeitos adversos são: risco aumentado de infecções urogenitais, risco de desidratação em idosos, insuficiência renal aguda
ANÁLOGOS DE GLP1
Representado por Exenatida e Liraglutida
Atua mimetizando uma das incretinas e assim estimula a liberação de insulina.
subcutâneo
retarda o esvaziamento gástrico
CONTRA INDICAÇÕES;
No máximo alergias, mas no geral são bem controlados.
GLITAZONAS
Também conhecido como Tiazolidinedionas
Tem como representantes a
Poliglitazonas
É sempre a segunda opção quando o paciente não responde ou tem alguma contraindicação á metformina.
Agem nos receptores PPAR- Y
expresso principalmente no tecido adiposo, estimulando lipogénese, provocando redução dos ácidos graxos livres.
CONTRA INDICAÇÃO;
Paciente com insuficiência hepática ou cardíaca.
FISIOPATOLOGIA
Pode ser uma anormalidade no pré-receptor, receptor ou pós-receptor
A insulina exerce suas funções conjuntamente com o IGF-I por via enzimática comum e o sistema fosfatidilinositol quinase 3 (PI3-quinase).
Ocorre a autofosforilação da subunidade, que determina a ativação de algumas enzimas e a inativação de outras.
Resíduos de tirosina, produto de fosforilação das proteínas ativadas, prendem-se fortemente à subunidade da PI3-quinase
A ocupação dos sítios de ligação pelos resíduos de tirosina gera resistência às ações da insulina (transporte de glicose, estimulação à produção de óxido nítrico vascular, entre outras) nos tecidos sensíveis, como músculo e tecido adiposo.
Em segunda etapa, seja por disfunção, seja por superação da capacidade normal das células beta, ocorre redução da secreção pancreática de insulina.
Tal fato manifesta-se como intolerância à glicose, primeiramente com aumento da glicemia pós-prandial e, em seguida, no jejum, à medida que a insuficiência progride rumo ao Diabetes Mellitus
O Índice de Homa é uma medida que aparece no resultado do exame de sangue que serve para avaliar a resistência à insulina (HOMA-IR) e atividade do pâncreas (HOMA-BETA)
Quando os resultados estão acima dos valores de referência, quer dizer que existe maior chance de desenvolver doenças cardiovasculares, síndrome metabólica ou diabetes tipo 2, por exemplo.
O Índice de Homa deve ser realizado com jejum de pelo menos 8 horas, é feito a partir da coleta de uma pequena amostra de sangue que é enviada ao laboratório para análise e leva em consideração a concentração de glicose em jejum bem como a quantidade de insulina produzida pelo organismo
Os valores normais do Índice Homa para adultos podem variar de acordo com o Índice de Massa Corporal, porém, de forma geral, os valores são:
Valor de Referência do Homa-IR: inferior a 2,15;
Valor de Referência do Homa-Beta: entre 167 e 175.
Normalmente, quando os valores do Índice Homa são superiores aos de referência, significa que existe resistência à insulina ou mau funcionamento das células do pâncreas
Quando os valores do Índice Homa-beta estão abaixo do valor de referência é indicativo de que as células do pâncreas não estão funcionando corretamente, de forma que não há quantidade de insulina suficiente sendo produzida, o que pode resultar no aumento da glicemia.
Os valores alterados desse índice podem indicar maior chance de desenvolver diabetes tipo 2 ou síndrome metabólica, que na maioria dos casos é acompanhada de obesidade, hipertensão, colesterol alto, redução do colesterol bom, intolerância aos carboidratos e presença de placas de gordura nos vasos e, que pode levar a problemas como infarto ou AVC.
A Causa principal de resistência a insulina é o aumento dos ácidos graxos que vai mudar o metabolismo das células fazendo com que ocorra mais beta oxidação o que resulta em uma quantidade maio de ácido graxo do que glicose.
Alterações moleculares da resistências a insulinas são:
1- defeito na transdução do sinal;
2- Defeito na translocação do GLUT 4;
3- Redução do número de receptores de insulina.
Principais fatores: excesso de tecido adiposo, processo inflamatório constante, excesso de radicais livres de oxigênio e defeitos genéticos.
Diagnósticos de resistência a insulina: dosagem de glicose, dosagem de insulina, hemoglobina glicada e curva glicoinsulenemica.
Quebra de resistência a insulina se dá com exercícios físicos e dieta de baixo índice glicêmico
FATORES DE RISCO
O maior fator de risco para resistência insulínica é a obesidade.
O aumento do tecido adiposo faz com que o pâncreas tenha necessidade de produzir insulina e, com isso, o ciclo da resistência insulínica se inicie.
SINTOMAS
Geralmente é assintomática, porém se está associada com outras causas, pode vir a ter sintomas.
Associada com ovário policístico (Síndrome Hair-na), que é caracterizada por:
Aumento de pelos pelo corpo; Acne e oleosidade na pele; Menstruação irregular; Escurecimento da pele em regiões de dobras de braço, axilas e pescoço, chamado de acantose nigricans.
TRATAMENTO
Iniciar com mudanças do estilo de vida
Troca dos alimentos de alto índice glicêmico por alimentos de baixo índice glicêmico.
Evitar o ganho de peso
manter o peso dentro do índice de massa corporal adequado, que é entre 18,5 e 25 kg/m2.
A prática de atividades físicas é essencial para o controle
As células musculares são grandes utilizadoras da glicose no sangue, e quando fazemos exercícios estas células absorvem a glicose muitas vezes, até sem precisar de insulina.
FATORES DE RISCO
A SM por si só é um conjunto de fatores de risco que aumentam a chance de ocorrencia de doenças cardiovasculares.
Principal: obesidade.
QUADRO CLÍNICO
Acrocórdons (tumorações em região de pescoço)
Acantose nigricans
Polidpsia, piliúria, polifagia.
Dores articulares
Alterações menstruais
Diminuição da libido.
Síndrome da apneia do sono.
Cefaleia, mal estar, cansaço, tonturas, zumbidos.
TRATAMENTO
O aumento da atividade física e a perda de peso são as melhores formas de tratamento, mas pode ser necessário o uso de medicamentos para tratar os fatores de risco. Entre eles estão os chamados "sensibilizadores da insulina". O objetivo principal dessa mudança no estilo de vida é reduzir a obesidade e a gordura abdominal, a fim de diminuir a resistência à insulina, reduzir a glicemia, os triglicérides e a pressão arterial.
COMPLICAÇÕES
Esteatose hepática (que pode levar a hepatite e a cirrose hepática).
Diabetes mellitus
Ateroesclerose facilitada pela dislipidemia e pela hipertensão, levando doenças cardiovasculares.
Osteoartrite (devido ao sobrepeso).
Hiperuricemia
Asma
Nefropatite diabética, nefropatia por obesidade
SOP
Aumento do risco de cancer.