Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA - Coggle Diagram
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
O Brasil faz parte do grupo de países que realizaram sua industrialização de forma tardia, no século XX.
Dentre os fatores que explicam essa situação, podemos considerar o fator histórico como sendo o mais influente, pois, o Brasil era colônia de Portugal.
Atualmente, o Brasil é um dos países mais industrializados do mundo, com economia global forte e intensa participação capitalista global. Desde a década de 1990 é visto como um dos melhores países para se investir e instalar indústrias do mundo
1ª fase: período colonial (1500 a 1808)
Não se falava em indústria no país, pois o Brasil era colônia de Portugal.
A metrópole portuguesa proibia a manufatura, pois os produtos iriam concorrer com os do reino.
2ª fase: primeiras fábricas no Brasil (1808 a 1930
)
Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, o Príncipe-regente D. João tomou algumas medidas que favoreceram o desenvolvimento industrial
Extinção da lei que proibia a instalação de indústrias de tecidos na colônia;
Liberação da importação de matéria prima para abastecer as fábricas, sem a cobrança da taxa de importação.
Industrialização no Segundo Reinado
Durante o Segundo Reinado, a principal atividade econômica no Brasil era a cafeicultura;
A elite cafeicultora não se interessava pela atividade industrial mas surgem as primeiras fábricas no Brasil que se dedicavam a produzir produtos de consumo doméstico;
Essas indústrias deveriam seguir algumas regras: todos os produtos vindos de fora do país, especialmente Inglaterra e Portugal, sofreriam um acréscimo de valor, em 15% e 16%;
Com a Tarifa Alves Branco, em 1844, aumentam-se as taxas alfandegárias que os produtos importados deveriam pagar;
Com isso, surge um ambiente favorável para o surgimento das primeiras manufaturas e produzir aqui ficaria mais barato;
Houve um declínio da principal atividade econômica do país e ocorreram fortes investimentos na produção industrial;
As primeiras indústrias do país estavam ligadas à extração mineral, produção de calçados, tecidos e alimentos.
Industrialização na Primeira República
Principais impulso para a industrialização nesse período:
A abolição da escravidão;
Migração de fazendeiros para a cidade;
Entrada de imigrantes europeus.
Capital acumulado das exportações de café;
Explosão da guerra;
O primeiro impulso industrial brasileiro veio com a Primeira Guerra Mundial que forçou o surgimento de indústrias locais;
Durante a Primeira República vem a instalação de tecelagens, montadoras de automóveis, fábricas de calçados, alimentos, produtos de higiene e limpeza como sabão, etc.
As condições de trabalho eram duras, com jornadas de 14 horas, seis dias na semana e o salário baixo.
No entanto, o grande impulso industrial no Brasil ocorreria após a crise do café e a de 29.
3ª fase: industrialização no governo Vargas (1930 a 1955
)
A depressão econômica internacional restringiu os mercados do café brasileiro, gerando uma crise na economia nacional e nesse contexto que a indústria brasileira ascendeu;
Com o governo Vargas, o Estado passa a investir e abrir empresas públicas. Ele privilegiava a indústria pesada, ou seja, aquela que transforma a matéria-prima e fabrica bens de grande porte;
Getúlio Vargas concentrou os investimentos nos estados do Sudeste;
Teve a medida da proibição de importação de gêneros industriais produzidos no Brasil e assim conduziu uma nova industrialização por meio da substituição da importação;
A indústria brasileira era essencialmente de consumo;
Diversas políticas públicas foram criadas para promover o desenvolvimento econômico nacional rumo a uma industrialização completa e eficiente.
Foi criado uma série de empresas estratégicas focadas no desenvolvimento industrial
Companhia Hidrelétrica do São Francisco
Fabrica Nacional dos Motores
Banco nacional de Desenvolvimento Econômico
Companhia Siderúrgica Nacional
Companhia Vale do Rio Doce
Petrobrás
O período vanguardista foi fundamental para a história econômica brasileira, pois suas iniciativas industriais compuseram as bases do desenvolvimento da economia do país.
4ª fase: do governo JK até os dias de hoje
Foi marcado pelos projetos políticos instalados no governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que promoveu uma intensa abertura econômica do país para as empresas multinacionais;
JK privilegiou a indústria automobilística em detrimento do transporte ferroviário e a fabricação de autopeças conheceu um grande impulso;
A construção de Brasília também garantiu o fomento da indústria nacional, pois era preciso muito material para levantar a nova capital;
Seu objetivo era fortalecer a indústria de bens de consumo duráveis e promover a entrada de capital estrangeiro no Brasil;
O grande ícone nessa guinada da industrialização brasileira foi a indústria automobilística;
Final de 1950 e durante 1960 uma parcela dos trabalhadores com melhores salários foi incorporada a sociedade de consumo.
Houve crescimento industrial durante e após o Plano de metas de JK em vários setores, como o aumento da produção industrial e energética e da malha rodoviária.
A indústria no período recente
O Brasil, a partir daí, pôde conhecer o mercado de consumo externo e integrar-se aos processos de exportação e comércio global.
A década de 1980 foi marcada por uma forte estagnação econômica e baixos investimentos na indústria;
1961- Fernando Collor iniciou um processo de abertura comercial;
1994 no governo Itamar Franco foi lançado o plano real que trouxe estabilidade financeira, fim da inflação e uma nova moeda;
No governo de Fernando Henrique se deu o maior programa de privatização do país
Argumentos favoráveis à privatização: controlar as contas públicas, levantar fundos para o pagamento da dívida interna, reduzir os empréstimos feitos no exterior, captar investimentos para o setor industrial, qualidade dos produtos e serviços.
Argumentos contra a privatização: desfazer de empresas estratégicas e lucrativas, lucros e dividendos no Brasil passaram a ser remetidos ao exterior, bancos públicos brasileiros emprestarem dinheiro para empresas que estrangeiras comprassem estatais nacionais.
A industrialização no governo Lula e Dilma Rousseff apresentou números em crescimento.
1990- ampla importação;
Atualmente o país vive um forte crescimento e desenvolvimento industrial, motivado e influenciado pelo capital externo e pelas multinacionais instaladas em nosso território.
O Brasil é dependente economicamente de outros países, para quem destina sua produção e também depende das tecnologias produzidas por países desenvolvidos, gerando uma fragilidade na economia nacional, pois faltam investimentos em pesquisa e educação, o que poderia ampliar a produção na área tecnológica e diminuir essa dependência.
O Brasil conta com parques industriais sofisticados e competitivos, de maneira descentralizada em todo o território
Ditadura militar e indústria no Brasil
Com o golpe de 1964 houve a instalação de um ditadura militar de caráter autoritário e nacionalista no Brasil;
Os efeitos das rígidas medidas econômicas adotadas levaram à falência boa parte das pequenas e médias empresas;
O períodos 1964-1968 foi marcado pela chegada de inúmeros filiais de multinacionais no país;
As indústrias estrangeiras aumentaram seu controle sobre diversos setores da indústria nacional;
O setor de bens de produção estava nas mão do Estado e o de bens de consumo na mão das multinacionais;
A primeira fase do regime militar foi caracterizada por uma forte recessão e muitos empréstimos;
A falta de liberdade que caracteriza um regime militar enfraqueceu os sindicatos e acentuou a desigualdade social, levando o país a umas das fortes concentrações de renda em todo mundo.
Nas décadas de 1960 e 1970 intensificou se a migração cidade-campo. o Brasil ia se transformando de país agroexportador em urbano-industrial;
As cidades não estavam preparadas para receber tamanho grupo nem a indústria para a absorver o excedente disponível. O resultado foi a explosão urbana e a proliferação de precárias moradias;
Houve o aumento da dívida externa e uma inflação descontrolada no país.