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Cultura do tomate - Coggle Diagram
Cultura do tomate
Pragas
Traça-do-tomateiro
(Scrobipalpuloides absoluta) - Ocorre durante todo o ciclo da cultura e sua incidência é favorecida pelo clima seco. As larvas atacam os folíolos, formando áreas transparentes; o caule, formando minas; e os frutos, formando galerias. Severamente atacados, os folíolos secam e a planta morre. Os ovos são postos individualmente nas folhas, na parte superior da planta. No início apresentam cor amarela e, perto da eclosão, são avermelhados. As larvas são de cor verde. Os adultos são pequenas mariposas de coloração cinza-prateada, que se escondem entre as folhas do tomateiro durante o dia e se movimentam ao entardecer
Controle: evitam-se plantios novos junto a culturas já em desenvolvimento. Os restos culturais e os frutos brocados são eliminados. Fazem-se pulverizações durante o ciclo da cultura, de preferência ao anoitecer ou nas primeiras horas do dia, com intervalo de 7 dias.
Broca-pequena
(Neoleucinodes elegantalis) - Ataca a partir do inicio do florescimento. As larvas crescem dentro do tomate, comendo a polpa e abrindo galerias. Saem para empupar no solo. Os frutos atacados não são bons para consumo. Os ovos, de coloração branca, são postos junto ao cálice. Dois ou 3 dias depois, eclodem as larvas, que entram no fruto, deixando um furo praticamente imperceptível. A lagarta crescida mede de 11 a 13 mm de comprimento e tem coloração rosada. O adulto é uma mariposa de 25 mm, asas de cor branca e transparentes. As asas anteriores apresentam manchas cor de tijolo e as posteriores manchas esparsas de cor marrom.
Controle: Iniciam-se as pulverizações a partir do florescimento, com o jato dirigido para os botões florais e os frutos novos. Eliminam-se plantas hospedeiras, como o juá-amarelo, juávermelho, juá-doce e jurubeba.
Tripes
(Frankliniella schulze~ - Transmite o vírus do vira-cabeça. Ocorre durante todo o ciclo da cultura, mas o período mais crítico é até os 60 dias pós -emergência, porque a infecção com o vírus na fase de muda causa a morte da planta. O clima quente e seco favorece a proliferação dos tripes. As folhas novas atacadas apresentam coloração prateada no início, depois arroxeada, e o seu crescimento é paralisado. Os insetos medem 3 mm de comprimento. Os adultos apresentam coloração marrom. As ninfas têm cor amarelada e não possuem asas
Controle: mantém-se a cultura no limpo, que também deve ficar longe de especles suscetíveis ou hospedeiras, como o alho, a cebola, a ervilha e o amendoim, a maria·preta, o picão-preto, a beldroega, o juá-de-capote e a emília.
Larva-minadora
(Liriomyza spp.) - Ocorre principalmente no estádio inicial da cultura. O ataque pode ser observado pelas minas em forma de serpentina presentes nos folíolos. Os adultos são moscas com 2 mm de comprimento. As fêmeas colocam os ovos nos folíolos e as larvas penetram nestes e aí se desenvolvem, cavando galerias ou minas. Após o estádio larval, deixam os folia os e empupam no solo.
Controle: mantém-se a cultura no limpo, eliminando hospedeiros alternativos, como o caruru, serralha, maria· pretinha, picão e assa-peixe. Evita-se a cobertura do solo, a fim de não favorecer o desenvolvimento da praga. O plantio se faz longe de outras espécies suscetíveis, como batata e cucurbitáceas.
Ácaro-do-bronzeamento
(Aculops Iycopersici) - O clima seco e quente favorece o aumento da população da praga, que ocorre durante todo o ciclo da cultura. Em cultivo sob cobertura de plástico, pode tornar-se a praga mais danosa. Inicialmente nota-se leve bronzeamento do caule, da base para o ápice, e as folhas se mostram amarelecidas. Com o tempo aumenta o bronzeamento e as folhas ficam necrosadas e caem. No fruto, perto do pedúnculo, surgem rachaduras superficiais. O ácaro tem aspecto de verme e mede 0,2 mm de comprimento. Não é visível a olho nu.
Controle: Iniciam-se as pulverizações ao se notarem os primeiros sintomas de ataque.
Pulgões
(Myzus persicae e Macrosiphum euphorbiae) Ocorrem durante todo o ciclo cultural, mas o período mais crítico se estende até os 50 dias após a emergência. Atacam principalmente as folhas e brotações novas. Transmitem os vírus Y, topo-amarelo e amarelo-baixeiro. As formas não-aladas de M. persicae são verde-claras e as aladas, escuras ou quase pretas. O M. euphorbiae apresenta formas sem asas e aladas de coloração verde.
Controle: A plantação é mantida no limpo e os restos culturais eliminados. A cobertura do canteiro e suas laterais com palha de arroz tem efeito repelente sobre os pulgões, diminuindo sua população.
Classificação
Caule
Textura herbácea a semi-herbácea, ramificado, rasteiro ou trepador, flexível e recoberto por numerosos tricomas simples e glandulares. Inicialmente é ereto, mas gradativamente se torna prostrado, devido ao peso das ramas.
Folhas
Alternas, pecioladas, pinadas e com margens dentadas.
Flores
Agrupadas em número de 3 a 12, surgem em inflorescências do tipo cimeira e são amarelas.
Fruto
Tipo baga, e pode ter o formato, redondo, oblongo, achatado ou piriforme. Sua cor varia do verde, passando pelo amarelo, laranja, rosado, até o vermelho vivo, de acordo com a cultivar, sendo que pode apresentar um padrão liso ou com estrias.
Cultivares e híbridos
Grupo Santa Cruz
São plantas altas e de crescimento indeterminado, frutos oblongos bi ou triloculares que variam de peso médio entre 80 a 220 gramas. Os tomates deste grupo são os mais conhecidos no mercado, tendo preço mais baixo e sabor ligeiramente ácido.
BRS Kiara; Kombat; Delta; Santa Clara; Santa Cruz Kada; Carina; Débora Max; Débora Plus; Débora Victory; Santa Clara VF 5600
Grupo Salada
Também conhecido como tomatão, possui hábito de crescimento determinado e indeterminado com frutos pluriloculares (quatro ou mais lóculos). Seu formato é globular achatado, os frutos são bem graúdos podendo chegar até a 500g, com coloração vermelha ou rosada.
BRS Portinari; Tyler; Sheila; Lumi; Gisele; Ivete; Pleno F1; Aliança
Grupo Italiano
Os tomates deste grupo possuem frutos compridos (7 – 10 cm), em alguns casos pontiagudos, polpa espessa com coloração intensa, firmes e saborosos. Atingem preços superiores aos dos Grupo Santa Cruz, embora se tenha observado aumento frequente na demanda, muitos consumidores ainda não o conhecem.
BRS Nagai; San Vito; Júpiter; Grande HT; IPA 6; Andrea; Andrea Vistory; Giuliana; Tyna
Grupo Cereja
São variedades de frutos pequenos, que possuem pencas de 12 a 18 cachos. Possuem formato periforme e inclusive frutos de coloração amarela, com elevados teores de sólidos solúveis, muito utilizados na ornamentação de pratos e couvert. Este grupo de tomate vem apresentando grande demanda pelos consumidores, alcançando preços compensadores no mercado
Sweet Gold; Samambaia; Red Petit; Sindy; Renata; Red sugar; Zamir
Doenças
Bactérias
Cancro-bacteriano
Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis. Os sintomas de infecção sistêmica são a descoloração vascular e a murcha total ou parcial das plantas, resultando na queima dos bordos dos folíolos. A infecção localizada caracteriza-se por pequenos cancros cor de palha, facilmente observáveis nos pedúnculos, e manchas do tipo olho-de-perdiz nos frutos.
Controle: Plantar sementes de boa qualidade e/ou tratar previamente as sementes; Plantar cultivares resistentes; Não plantar próximo a lavouras velhas de tomate; Evitar excesso de nitrogênio (usar adubação equilibrada); Evitar ferimentos nas plantas (mecânicos, insetos); Reduzir o volume de água e/ou melhorar a drenagem do terreno; Pulverizar com fungicidas cúpricos ou antibióticos; Fazer rotação de cultura.
Mancha-bacteriana
Xanthomonas campestris pv. vesicatoria. Esta doença é favorecida por temperaturas mais altas (20 a 30 °C). Apresenta sintomas foliares bastante semelhantes aos da pinta-bacteriana. Nos frutos, porém, as lesões são maiores, mais claras e mais profundas que as da pinta-bacteriana. Também provoca queda de flores quando o ataque ocorre por ocasião do florescimento.
Controle: Plantar sementes de boa qualidade e/ou tratar previamente as sementes; Plantar cultivares resistentes; Não plantar próximo a lavouras velhas de tomate; Reduzir o volume de água e/ou melhorar a drenagem do terreno; Pulverizar com fungicidas cúpricos ou antibióticos; Fazer rotação de cultura.
Pinta- bacteriana
Ralstonia solanacearum. Também conhecida por mancha-bacteriana pequena ou pústula-bacteriana, é muito freqüente em condições de temperaturas amenas (18 a 24 °C) e alta umidade. Ataca toda a parte aérea da plantas. É primeiramente observada nas folhas baixeiras, na forma de pequenas manchas necróticas de coloração marrom, normalmente circundadas por um halo amarelo. Os sintomas são mais característicos nos frutos, com a formação de pontuações negras, superficiais, que podem ser arrancadas com a unha. O ataque durante a floração pode provocar intensa queda de flores.
Controle: Plantar sementes de boa qualidade e/ou tratar previamente as sementes; Plantar cultivares resistentes; Não plantar próximo a lavouras velhas de tomate; Reduzir o volume de água e/ou melhorar a drenagem do terreno; Pulverizar com fungicidas cúpricos ou antibióticos; Fazer rotação de cultura.
Talo-oco e podridão mole dos frutos
Erwinia spp. Essas doenças são causadas principalmente por Erwinia carotovora subsp. Carotovora e por E. chrysanthemi. Esta última ocorre em locais com temperaturas mais elevadas. Essas bactérias são as responsáveis pelas podridões em tomate e penetram pelos ferimentos, daí a importância de controlar os insetos que provocam furos nos frutos. Podem se tornar problema de importância econômica em períodos de temperatura e umidade elevadas.
Controle: Não plantar próximo a lavouras velhas de tomate; Evitar excesso de nitrogênio (usar adubação equilibrada); Evitar ferimentos nas plantas (mecânicos, insetos); Reduzir o volume de água e/ou melhorar a drenagem do terreno; Pulverizar com fungicidas cúpricos ou antibióticos; Fazer rotação de cultura.
Vírus
Viroses do complexo do vira-cabeça do tomateiro
É causada por várias espécies de tospovírus na família Bunyaviridae. Os sintomas observados em plantas doentes são: arroxeamento ou bronzeamento das folhas, ponteiro virado para baixo, redução geral do porte da planta e lesões necróticas nas hastes. Quando maduros, os frutos de tomate apresentam lesões anelares concêntricas. Não existem evidências de transmissão por sementes. Atualmente existem no mercado várias cultivares/híbridos de tomate mesa e indústria com resistência aos tospovírus, todas portadoras do gene de resistência Sw-5.
mosaico-do-tomateiro
Tomato mosaic virus. No tomateiro, esses vírus causam freqüentemente infecção latente (sem sintomas), mas estirpes severas podem induzir mosaico suave alternado com embolhamento foliar. No campo, a transmissão desses vírus é exclusivamente mecânica, por meio do contato direto entre plantas e mãos de operários. Outra forma de transmissão muito eficiente é por meio de sementes contaminadas.
Risca do tomateiro e mosaico
Potyvirus. A transmissão desses vírus se dá por meio de várias espécies de pulgões ou afídeos através de picadas de prova (transmissão não persistente); portanto, a transmissão do vírus ocorre em segundos. As formas aladas são mais importantes, epidemiologicamente, do que as formas ápteras. As infecções após a floração são menos danosas. O sintoma do PVY no tomateiro manifesta-se como mosaico e necrose generalizada das nervuras das folhas, ficando a planta com aparência de pinheiro de Natal. O PepYMV induz mosaico e deformação foliar.
Topo-amarelo e Amarelo-baixeiro
Essas doenças são causadas por vírus de um mesmo grupo (Luteovirus). A doença topo-amarelo caracteriza-se pela presença de folíolos pequenos, com bordas amareladas e enroladas para cima, assemelhando-se a pequenas colheres. As plantas com amarelo-baixeiro apresentam as folhas de baixo geralmente amareladas e cloróticas. A transmissão é exclusivamente por pulgão, que, uma vez tendo adquirido o vírus, pode transmiti-lo por toda a vida, de modo persistente. A ocorrência dessas viroses é esporádica, mas surtos epidêmicos podem ocorrer.
Controle: plantar sementes de boa procedência, ou, caso se faça a produção própria, observar os cuidados constantes no item Produção de sementes; produzir mudas em viveiro ou telado à prova de insetos e em local isolado de campos cultivados com plantas hospedeiras, principalmente solanáceas e compostas; manter sempre limpas as mãos, instrumentos e implementos, lavando-os com sabão ou detergente após cada operação; nunca fumar durante o manuseio das mudas; evitar plantios seqüenciados e, se isso não for possível, não fazer novos plantios ao lado de campos abandonados com alta incidência de viroses; controlar adequadamente as plantas daninhas.
Luminosidade
Solo Pleno
Clico de vida
Anual
Temperatura
15 - 25ºC para a germinação das sementes e 10 - 34ºC para o desenvolvimento e produção.
Clima
Se adapta à uma ampla variedade climática, podendo ser plantado em hortas e vasos, ao ar livre ou em estufas.
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Género: Solanum
Espécie: S. lycopersicum
Originário da América do Sul