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VILLAÇA, Flávio - Espaço intraurbano no Brasil - Studio Nobel Fapesp -…

- - - - Algumas pessoas decidem se afastar voluntariamente, não por necessidade, mas por interesse. Como as classes de alta renda, por exemplo. Optam por arcar pelo tempo de descolamento interessados em outras vantagens. p. 239.
        
        Mesmo querendo se afastar do centro, o centro continua sendo importante para a classe alta, tanto é que querem "levar" o centro junto consigo quando se afastam. O centro se desloca na direção delas. p. 249, 279, 280.
        
        Quanto mais a estrutura urbana se "ossidifica" mais difícil fica abandonar a direção de crescimento, por mais que o sítio não seja mais tão vantajoso. p. 313, 320, 326.
      - Mas nem todos tem as mesmas possibilidades de arcar com o tempo e custo de deslocamentos, como classes pobres. Essas diferenças marcam a apropriação diferenciada do espaço urbano entre classes. p. 241, 243, 244, 279.
  - - - Dominar o acesso ao centro não representa apenas uma vantagem material, mas o domínio de uma simbologia dominadora. O centro é um ponto estratégico para o exercício da dominação. p. 244, 279
  - - - Passaram a existir DOIS CENTROS! Ou mais que dois. Sendo o das classes dominantes o principal! Os centros antigos foram deixados deteriorar. É como se existissem duas cidades separadas dentro de uma mesma cidade. p. 282, 283, 311.
      - O que primeiro deteriorou no centro não foram os seus edifícios, mas a sua localização, o seus "pontos". p. 282, 304, 313
- - - - Esse mix de atividades não é controlado pela força de mercado, mas pelo dono do empreendimento, que define onde serão as lojas, suas normas e seus horários de funcionamento. p. 304
      - Porém produzem espaços sem diversidade de usos, porque concentram em um único estabelecimento - os super ou hipermercados - todos os tipos de estabelecimentos. Criam áreas "puras", com pouca diversidade - ou só residencial, ou só comercial. p. 306, 307