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Saúde Pública XXIII - Coggle Diagram
Saúde Pública XXIII
Febre Maculosa Brasileira
No Brasil, a febre maculosa brasileira causada por
Rickettsia rickettsii
é a riquetsiose mais prevalente e reconhecida.
No entanto, recentemente novas riquetsioses também causadoras de quadros clínicos da “febre maculosa” têm sido confirmadas em diversas regiões do país.
A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida por carrapatos, de gravidade variável, que pode cursar com formas leves e atípicas até formas graves com elevada taxa de letalidade.
Agente etiológico
Bactéria gram-negativa intracelular obrigatória:
Rickettsia rickettsii, Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica
.
No Brasil, os principais vetores e reservatórios são os
carrapatos do gênero
Amblyomma
, tais como
A. sculptum (= A. cajennense), A. aureolatum e A. ovale
.
Entretanto, potencialmente,
qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório de riquétsias.
Os equídeos, roedores como a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), e marsupiais como o gambá (Didelphis sp)
têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa
Podendo ser amplificadores de riquétsias, assim como transportadores de carrapatos potencialmente infectados.
Nos humanos, a febre maculosa é adquirida pela
picada do carrapato infectado com riquétsia
, e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode
permanece aderido ao hospedeiro.
Nos carrapatos, a perpetuação das riquétsias é possibilitada por meio da transmissão vertical (transo-variana), da transmissão estádio-estádio (transestadial, nas mudanças larva, ninfa e adulto) ou da transmissão através da cópula,
Além da possibilidade de alimentação simultânea de carrapatos infectados com não infectados em animais com suficiente riquetsemia.
Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses.
Período de incubação
De 2 a 14 dias
Em geral, entre o segundo e o sexto dia da doença surge o exantema máculo-papular, de evolução centrípeta e predomínio nos membros inferiores, podendo acometer região palmar e plantar em 50 a 80% dos pacientes com esta manifestação.
Nos casos graves, o exantema vai se transformando em petequial e, depois, em hemorrágico, constituído principalmente por equimoses ou sufusões.
Casos de uma febre maculosa com evolução clínica mais branda estão sendo associados às infecções pela
Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica
.
Febre Maculosa Brasileira
Quanto à sazonalidade, verifica-se que o período de maior incidência é em outubro, período no qual se observa maior densidade de ninfas de carrapatos, podendo variar de região para região.
A febre maculosa tem sido registrada em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Pernambuco.
A Rickettsia rickettsii é o agente etiológico mais frequente e
produz casos mais graves
, embora existam outras espécies de riquétsias infectantes associadas à doença.
Vigilância epidemiológica
Objetivos:
detectar e tratar precocemente os casos suspeitos,visando reduzir letalidade;
investigar e controlar surtos, mediante adoção de medidas de controle;
conhecer a distribuição da doença, segundo lugar, tempo e pessoa;
identificar e investigar os locais prováveis de infecção (LPI);
recomendar e adotar medidas de controle e prevenção.
As principais atividades preventivas na febre maculosa são aquelas voltadas às ações educativas
Não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões.
É desaconselhado utilizar produtos líquidos, pós, suspensões, sabonetes para controlar vetores em animais ou em vegetação e estruturas físicas sem a orientação profissional.