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Saúde Pública XVI parte II - Coggle Diagram
Saúde Pública XVI parte II
Leishmaniose Tegumentar Americana
Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoário, de transmissão vetorial, que acomete
pele e mucosas.
No Brasil, foram identificadas 7 espécies, sendo 6 do subgênero
Viannia
e uma do subgênero
Leishmania
As 3 principais espécies são:
Leishmania (Leishmania) amazonensis
;
Leishmania (Viannia) guyanensi
;
Leishmania (Viannia) braziliensis
.
Infecções por leishmanias que causam a leishmaniose tegumentar americana (LTA) foram descritas em várias espécies de animais silvestres (roedores, masurpiais, edentados e canídeos silvestres), sinantrópicos (roedores) e domésticos (canídeos, felídeos e equídeos).
Com relação a esses últimos, seu papel na manutenção do parasito no meio ambiente ainda não foi esclarecido
Os vetores são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes à ordem Diptera, família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero
Lutzomyia
, conhecidos popularmente como mosquito palha
No Brasil, as principais espécies envolvidas na transmissão são:
L. whitmani,
L. intermedia,
L. umbratilis,
L. wellcomei,
L. flaviscutellata
e L. migonei.
Transmissão por picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. Não há transmissão de pessoa a pessoa.
Período de incubação no homem, em média de 2 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (2 anos).
Classicamente, a doença se manifesta sob duas formas: leishmaniose cutânea e leishmaniose mucosa (ou mucocutânea)
A LTA pode modificar a progressão da doença pelo HIV e a imunodepressão causada por esse vírus facilita a progressão da LTA
A Leishmania é um protozoário pertencente à família
Trypanosomatidae
Leishmaniose Tegumentar Americana
Vigilância de reservatórios e hospedeiros
Não são recomendadas ações objetivando o controle de animais silvestres.
Não são recomendadas ações objetivando a vigilância de animais domésticos para a LTA
No entanto, em áreas de transição ou de ocorrência concomitante de LTA e leishmaniose visceral, faz-se necessária a identificação da espécie do parasito
A eutanásia será indicada somente quando os animais doentes evoluírem para o agravamento das lesões cutâneas, com surgimento de lesões mucosas e infecções secundárias, que poderão levar o animal ao sofrimento.
O tratamento de animais doentes não é uma medida aceita para o controle da LTA, pois poderá conduzir ao risco de selecionar parasitos resistentes às drogas utilizadas para o tratamento de casos humanos.
Medidas de prevenção
uso de repelentes, quando houver exposição a ambientes onde os vetores, habitualmente, possam ser encontrados;
evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite); em áreas de ocorrência de
L. umbratilis
, evitar a exposição durante o dia e a noite;
uso de mosquiteiros de malha fina (tamanho da malha 1,2 a 1,5mm e denier 40 a 100), bem como a telagem de portas e janelas;
manejo ambiental com limpeza de quintais e terrenos, a fim de alterar as condições do meio que propiciem o estabelecimento de criadouros para formas imaturas do vetor;
poda de árvores, de modo a aumentar a insolação, para diminuir o sombreamento do solo e evitar as condições favoráveis (temperatura e umidade) ao desenvolvimento de larvas de flebotomíneos;
destino adequado do lixo orgânico, a fim de se impedir a aproximação de mamíferos comensais, como marsupiais e roedores, prováveis fontes de infecção para os flebotomíneos;
limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos;
manutenção de animais domésticos distantes do intradomicílio durante a noite, de modo a reduzir a atração dos flebotomíneos para esse ambiente;
em áreas potenciais de transmissão, sugere-se uma faixa de segurança de 400 a 500 metros entre as residências e a mata.
Controle
Em virtude das características epidemiológicas da LTA, as estratégias de controle devem ser flexíveis, distintas e adequadas a cada região ou foco em particular
Controle químico
O controle químico está recomendado nas seguintes situações:
Em áreas com ocorrência de mais de um caso humano de LTA, em um período máximo de 6 meses do início dos sintomas, em áreas novas ou em surto, associado a evidências de que a transmissão venha ocorrendo no ambiente domiciliar
Em áreas com ocorrência de casos humanos de LTA na faixa etária inferior a 10 anos, num período máximo de 6 meses do início dos sintomas, entre a ocorrência de um caso e outro, associado a evidências de que a transmissão venha ocorrendo no ambiente domiciliar
A área a ser borrifada deverá compreender um raio inicial de 500m, em torno dos domicílios onde ocorreram os casos humanos.
Em áreas rurais em que os domicílios estejam muito dispersos, essa distância deverá ser ampliada para 1Km.
A indicação do controle químico deverá ser determinada pelas análises conjuntas dos dados epidemiológicos e entomológicos.
Não há indicação do controle químico para ambiente silvestre