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Saúde Pública XV - Coggle Diagram
Saúde Pública XV
Chikungunya e Zika
O vírus chikungunya (CHIKV) foi introduzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante onda epidêmica em diversos países da América Central e ilhas do Caribe.
No segundo semestre de 2014, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a autoctonia (natural da região) do chikungunya nos estados do Amapá e da Bahia.
Atualmente, todas as Unidades da Federação (UFs) registram transmissão autóctone desse arbovírus.
Essa arbovirose também pode pode se manifestar de forma atípica e/ou grave, sendo observado elevado número de óbitos.
No primeiro semestre de 2015, foi identificado pela primeira vez no continente americano, em alguns estados da região Nordeste do Brasil, outro vírus transmitido pelo Aedes aegypti: o vírus Zika (ZIKV).
Desde então se disseminou para todo o país e demais países do continente americano, com exceção de Chile e Canadá.
As principais manifestações neurológicas em pacientes infectados incluem casos de encefalite, meningoencefalite, mielite e síndrome de Guillain-Barré (SGB).
Adicionalmente, a epidemia de Zika afetou gravemente o Nordeste do Brasil e evidenciou a associação entre a infecção pelo ZIKV durante a gravidez e o risco de malformações congênitas – destacando-se as microcefalias – que até então não haviam sido descritas em outros países onde houvera surto da doença.
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Os vírus da Zika (ZIKV) são vírus de RNA do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae, que inclui o vírus da febre amarela
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O vírus chikungunya (CHIKV) pertence ao gênero Alphavirus, da família Togaviridae e possui quatro genótipos: Oeste Africano, Leste-Centro-Sul Africano (ECSA), Asiático e Oceano Índico (IOL).
No Brasil, até o momento foram detectadas as linhagens asiática e ECSA.
Os três arbovirus (incluindo a dengue) podem ser transmitidos ao homem por via vetorial, vertical e transfusional.
No chikungunya, a transmissão perinatal pode ocorrer em caso de gestantes virêmicas, muitas vezes provocando infeção neonatal grave
No entanto, estudos apontam que a transmissão vertical do CHIKV é rara, ocorrendo antes da 22° semana de gestação.
Em relação ao Zika, a transmissão vertical pode ocorrer em diferentes idades gestacionais e resultar em amplo espectro de malformações no feto, incluindo aborto
Além dessas três formas de transmissão, estudos apontam que o ZIKV pode ser transmitido por via sexual de uma pessoa infectada (sintomática ou não) para seus parceiros, durante meses após a infecção inicial.
Os insetos vetores de dengue, chikungunya e Zika no Brasil são mosquitos da família Culicidae, pertencentes ao gênero Aedes, do subgênero Stegomyia.
A espécie Aedes aegypti é a única comprovadamente responsável pela transmissão dessas arboviroses
no Brasil,
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O período de incubação intrínseco do vírus Zika (ZIKV) é de 2 a 7 dias, em média.
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Chikungunya e Zika
Acredita-se que a imunidade desenvolvida para o vírus chikungunya (CHIKV) seja duradoura e protetora contra novas infecções, ainda que produzida por diferentes genótipos desse vírus
As evidências científicas disponíveis até o momento não permitem assegurar o tempo de duração da imunidade conferida pela infecção natural do vírus Zika (ZIKV).
A Chikungunya no paciente pode evoluir em três fases: febril ou aguda, pós-aguda e crônica
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Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença, considera-se instalada a fase crônica
As formas de transmissão do vírus da Zika documentadas, além da vetorial, são: sexual, pós-transfusional e vertical (transplacentária).
A enfermidade aguda se caracteriza, mais frequentemente, por manifestações clínicas brandas e autolimitadas. Por isso, muitas vezes, o sintoma que ocasiona a busca pelo serviço de saúde é o exantema pruriginoso.
O vírus se mostrou potencialmente teratogênico, estando associado a casos graves de malformações congênitas
Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), e em fevereiro de 2016, a OMS declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Em um dos estudos realizados no país, constatou-se que o número de pacientes internados pela síndrome teve um importante aumento na região Nordeste em 2015 e 2016
Esse cenário levou o Ministério da Saúde a implantar, em dezembro de 2015, a Vigilância dos Casos das Manifestações Neurológicas com Histórico de Infecção Viral Prévia
Em 2017, o Ministério da Saúde, com o objetivo de aprimorar essa vigilância, passou a realizar a Vigilância das Arboviroses Neuroinvasivas.