"A questão da aproximação entre Estado e Arquitetura - aparece durante períodos nos quais os governos nacionais na américa Latina, dirigidos de forma autoritária, lançavam mão do ideário moderno vigente internacionalmente na produção de bairros de alojamento operário, importante demanda social incorporada pelas políticas habitacionais, legitimando tanto a arquitetura e o urbanismo modernos quanto a corporação de arquitetos atuante no período. No entanto, para o Brasil, no período militar o Estado atuou em um sentido deslegitimador da corporação dos arquitetos, promovendo uma dramática redução do ideário moderno a blocos de apartamentos maciços ou em lâmina, que foi o auge da racionalização econômica da indústria da construção civil em período desenvolvimentista, incorporada pelas construtoras como ganhos de escala, processo que entendemos como uma crescente perda da função social do arquiteto." p. 84