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Diferenciação de produtos, Giselly Stefhany Ferreira Jardim - 201614550 -…
Diferenciação de produtos
Introdução
dificilmente as mercadorias que competem entre si são idênticas
Os produtos são diferenciados segundo diversos aspectos
como: local da oferta, qualidade do produto ou percepção da marca
Rigorosamente, basta que os consumidores percebam os
produtos como diferentes, isto é, que tenham preferências subjetivas distintas, para ocorrer diferenciação de produto
Como os produtos diferenciados são substitutos imperfeitos, uma empresa pode fixar preços acima das demais e realizar
vendas.
Incorporar a diferenciação do produto como uma estratégia possível torna-se importante
empresas que atuam em mercados onde os produtos
são diferenciados se defrontam com uma demanda residual inclinada
Fatores e tipos de diferenciação
Em linhas gerais, os produtos são diferenciados conforme os seguintes atributos
especificações técnicas; desempenho
ou confiabilidade; durabilidade; ergonomia e design; estética;
custo de utilização do produto; imagem e marca; formas de
comercialização; assistência técnica e suporte ao usuário; financiamento aos usuários.
há setores que apresentam uma vocação maior para a diferenciação, condicionada às características do produto (tecnológicas e possibilidades de uso) e/ou às dos seus consumidores.
a diferenciação implica um produto novo
a introdução de um produto novo depende, antes de tudo, dos critérios de avaliação dos consumidores.
existe uma maior possibilidade de competir por diferenciação quando se tratam
de produtos avaliados em múltiplas dimensões
Existem dois tipos de diferenciação de produto: a horizontal e a vertical
Duas variedades de um produto são consideradas
verticalmente diferenciadas quando um dos produtos apresenta atributos mais desejáveis que o outro
em condições de preços iguais, todos os consumidores escolhem apenas o melhor produto
diferenciação é considerada vertical quando a utilidade de todos os consumidores aumenta quando o nível de uma característica
do produto é aumentado.
os diferenciais de preços são elevados
A diferenciação vertical de produto ocorre, por exemplo, entre dois carros do mesmo modelo, mas um
com maior potência e conforto do que o outro
Horizontal
ocorre quando os produtos não podem ser considerados melhores ou piores, ou seja, não se pode ordenar a qualidade dos produtos
em situações de preços iguais, nem todos os consumidores escolhem a mesma variedade
quando a modificação em um atributo do produto causa aumento na utilidade de alguns consumidores
e diminuição na de outros.
Um exemplo de diferenciação horizontal é a cor de carros
Modelos de competição monopolística
combinam elementos de situações de monopólio e de
concorrência perfeita
as empresas não são consideradas tomadoras de preços.
há espaçopara a empresa decidir o preço cobrado
as empresas estão sujeitas à concorrência de empresas que oferecem produtos substitutos próximos
o resultado é um lucro econômico nulo
A diferenciação do produto é considerada segundo duas hipóteses:
os produtos são substitutos
próximos
a demanda e os custos são uniformes entre as empresas
O objetivo final do modelo é verificar se o número de variedades é socialmente ótimo
A diferenciação de produtos gera um benefício decorrente do aumento das possibilidades de as características do produto se adequarem ao gosto do consumidor
Por outro lado, a criação de novos produtos gera maiores custos fixos associados aos esforços de venda
o modelo verifica se o número de variedades gerado por estímulos de mercado é o que maximiza a diferença entre benefícios e custos sociais.
as empresas escolhem produzir qi
, com preços iguais a pi
e realizam lucros extraordinários (área destacada no
gráfico)
Como a entrada é livre, essa situação não é sustentável.
A ocorrência de lucros econômicos atrai novas empresas para esse grupo de produtos
s. Com a entrada de novas empresas,
que ocorre até igualar os lucros extraordinários a zero
há um deslocamento da curva de demanda residual de Dr para Dr
O nível de produção socialmente ótimo ocorre quando as empresas são eficiente
o nível de produção socialmente ótimo ocorre no ponto (p
,q
)
o resultado do modelo é
que o nível de produção de equilíbrio é socialmente ineficiente
já que as empresas atuam em escalas em que o custo médio
não é mínimo
O modelo Chamberlin sofreu inúmeras críticas
o tratamento da diferenciação de
produtos não incorpora elementos fundamentais do processo
Se as empresas se deparam com demandas negativamente inclinadas (elasticidade finita),
os produtos oferecidos têm de apresentar diferenças
A hipótese de entrada livre na indústria também é incoerente com a possibilidade de diferenciação de produtos
A diferenciação é um fator que gera barreiras à entrada
Modelos locacionais
o objetivo de enfatizar esse ponto na análise da diferenciação, avaliando os incentivos para as empresas produzirem mercadorias
muito ou pouco diferenciadas
utilizam a analogia entre as características de produtos e a localização de lojas
Modelo da cidade linear
é considerada uma cidade com uma única avenida
os consumidores estão uniformemente distribuídos
Duas empresas que oferecem o mesmo produto decidem onde devem se localizar
Considerando preços iguais entre as empresas
desenvolvido originalmente por H. Hotteling em 1929
os consumidores devem adquirir produtos das empresas que estão mais próximas às suas
residências
o equilíbrio ocorre quando ambas as empresas se encontram no
meio da cidade.
Aplicando o raciocínio para a diferenciação de atributos dos produtos, o resultado é que as empresas têm incentivos para
oferecer produtos semelhantes e não para diferenciar os produtos.
a, o lucro da empresa 1 cresce conforme a aumenta
ocorrendo o mesmo para a empresa 2 em relação a d
ambas as empresas têm incentivos para se afastarem dos pontos extremos
o equilíbrio ocorre quando as duas empresas
se localizam no ponto central da cidade
Vale, então, o princípio da diferenciação mínima.
Modelo da cidade circular
O modelo de Salop, além de analisar a localização das empresas, também enfatiza os efeitos da entrada de empresas na indústria.
O objetivo do modelo é verificar se o número de empresas que atuam no mercado, isto é, se o número de variedades geradas, é socialmente ótimo
A consideração de um espaço circular, com consumidores distribuídos uniformemente por seu perímetro e empresas simétricas
, é conveniente ao objetivo do modelo, já que não há vantagens iniciais de localização
O modelo considera consumidores que adquirem apenas uma quantidade do produto
n empresasestabelecidas em um círculo de perímetro 1, custo marginal c, custo de transporte t, custo fixo de implantação das empresas f
o número de empresas que corresponde ao ótimo social
metade do número que surge com a livre atuação
do mercado
n, se o mercado opera livremente, é gerado um número de diversidades de produtos maior que o desejável
Abordagens alternativas
Os modelos locacionais, tais quais o modelo de Chamberlin, admitem hipóteses muito restritivas, constituindo-se, sobretudo,
em um esforço de formalização
Nestes, não são consideradas as implicações do processo de diferenciação
Joe Bain, em 1956, considera a vantagem de diferenciação de produto uma das fontes de barreiras à entrada na indústria.
Dessa forma, a entrada de novas empresas não é livre e as empresas podem obter lucros supranormais sem atrair competidores,
A abordagem evolucionista, apresentada na Parte III, incorpora o processo de diferenciação à dinâmica das indústrias
A diferenciação surge como resultado de uma inovação de produto que propicia poder de monopólio para as empresas inovadoras,
O surgimento de novos produtos ocorre segundo uma combinação de fatores estocásticos
e determinísticos, que atuam no processo de geração de variedades (busca) e na sua seleção pelo mercado.
A incorporação da estratégia da diferenciação do produto pelas empresas e de seus efeitos sobre a dinâmica da indústria ainda deve avançar do ponto de vista teórico.
Giselly Stefhany Ferreira Jardim - 201614550