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Mapa tutoria 8, M. J. H, 43 anos - Coggle Diagram
Mapa tutoria 8
M. J. H, 43 anos
Vai ao ambulatório de anestesiologia para avaliação pré anetésica
Será submetido a uma herniorrafia inguinal a esquerda
Traz resultados de exames
anteriormente solicitados, avaliação cardiológica e endocrinológica
Informa ser hipertenso há 5 anos e diabético tipo II há 3 anos refere tratamento regular e reavaliações frequentes.
Informa fazer uso de anlodipino e losartana, metformina e glibenclamida
Teve vias aéreas avaliadas e foi informado que a
anestesia era nas costas
Recebeu esclarecimentos e orientações quanto a anestesia e o jejum. Foi liberado pela equipe de anestesia com a classificação de ASA II
Classificações de risco
A determinação do estado clínico do paciente implica na avaliação do risco perioperatório ou da probabilidade de morbimortalidade
O risco anestésico-cirúrgico leva em consideração: a anestesia, o procedimento e os fatores intrinsecos do paciente
Geralmente essas avaliações são realizadas para pacientes de cirurgias eletivas, visto que nos pacientes de urgência e emergência pode não haver tempo hábil para tal
American Society of Anesthesiologists (ASA)
ASA I é utilizado para pessoas saudáveis, sem doenças crônicas ou graves e que não adotam comportamentos de risco, como fumar e consumir álcool em excesso
ASA II classifica indivíduos com patologias sistêmicas leves a moderadas - Tabagistas, gestantes, obesidade, HAS, DM controlada, doença pulmonar leve
ASA III revela uma doença sistêmica grave, que envolve limitações, porém não incapacita o paciente - HAS e DM descompensada, hepatite ativa, abuso de alcool, marcapassso, obesidade morbida
ASA IV assinala patologia grave e incapacitante - IAM recente, doenca coronariana com uso de stent, disfunção valvar grave, sepse, insuficiencia respiratoria
ASA V é usado para identificar um paciente que, provavelmente, não sobreviverá por mais de 24 horas sem que a cirurgia seja realizada - aneurismas abdominaltoracico roto, trauma maciço, sangramento intrabdominal, isquemia mesenterica etc
ASA VI indica a operação para uma pessoa que teve morte encefálica, e terá os órgãos retirados para doação
E: os procedimentos cirúrgicos de emergência devem ser marcados com a letra E.
classificação de risco Johns Hopkins: avalia o risco
perioperatório de acordo com a invasividade do procedimento e a perda sanguinea. Variando de 1 a 5, sendo 1 os procedimentos
considerados minimamente invasivos, com pouca ou nenhuma perda, e 5 os procedimentos altamente invasivos, com
previsão de 1.500ml de perda sanguínea
American College of Surgeons National Surgical
Quality Improvement Project (NSQIP): são considerados os
dados antropométricos, todas as comorbidades, o tipo de procedimento e complicações anteriores
São também utilizados escores de risco específicos associados ao procedimento cirúrgico, a doenças de base ou desfechos específicos
Jejum
O jejum pré-operatório foi instituído com o objetivo de garantir o esvaziamento gástrico e prevenir complicações como regurgitação e broncoaspiração (síndrome de Mendelson)
Tempo de jejum para líquidos claros (sem resíduos) – duas horas antes de procedimentos eletivos sob anestesia ou sedação,
Tempo de jejum para líquidos não claros (com resíduos) – seis horas, pois esses líquidos demoram mais tempo para sair do estômago
Tempo de jejum para leite humano – quatro horas. O leite industrializado não diluído, por conter proteínas e gordura, deve ser considerado alimento sólido
Tempo de jejum pré-operatório de seis horas para refeições leves (como chá e torrada ou bolacha água e sal) e de oito horas para refeições pesadas, com gordura ou frituras
Exame físico e avaliação
APA define que um exame físico deve conter: sinais vitais; avaliação da permeabilidade das vias aéreas e exame cardiopulmonar, incluindo a ausculta.
Avaliação da permeabilidade das vias aéreas:presença de dentes falhos, anômalos e próteses; anormalidades da boca, da cavidade oral, do queixo e do pescoço, testes preditivos de intubação orotraqueal (IOT)
testes preditivos de
intubação orotraqueal (IOT)
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Avaliação da condição emocional do paciente: pacientes no pré-operatório, com frequência, são encontrados sintomas psicológicos de ansiedade e depressão que se confundem com os sinais da doença que originou a intervenção cirúrgica
Todo paciente deve ser avaliado quanto a sua história clínica, presença de comorbidades atuais e anteriores e de fatores de risco, anestesias precedentes, uso de medicamentos e/ou terapias alternativas, uso/abuso de substâncias lícitas ou ilícitas, e interrogação dos diversos sistemas
Condição cardiorresíratória: ode ser considerada preditor da evolução pós-operatória. avaliação da capacidade funcional ou atividade física pode ser
quantificada em termos de equivalentes metabólicos consumidos nas tarefas (METs). Varia de 1-10. do menor esforço à atividade intensa
Uso ou suspensão de fármacos
Manter no dia da cirurgia
Anti hipertensivos, psicotropicos, drogas pulmonares inaladas ou nebulizadas, levotiroxina, propiltiouracil, metimazol.
Suspender no dia da cirurgia
hipoglicemiantes orais, vitaminas, redutores do colesterol
insulina: Na manha da cirurgia, administra-se metade da dose habitual da insulina de ação intermediária ou prolongada
Suspender antes
Aspirina (7-10 dias)
Clopidogrel/prasugrel (7-10 dias)
AINE (1-3 dias)
Estrogenio e tamoxifeno (4 semanas)
anticoagulantes orais (4-5 dias)
Exames complementares
Independentemente do tipo de anestesia a ser realizada (regional, geral, sedação), a tendência atual na APA é a solicitação de exames pré-operatórios de acordo com:
História clínica e exame fisico do paciente, necessidade de avaliação sequencia de exames que podem sofrer alteração, alto risco para alguma condição, grau de invasividade do procedimento
Exames mais solicitados
Urina tipo I – a FT considera indicada apenas em procedimentos urológicos específicos ou quando ocorre infecção urinária
Teste de gravidez – características clínicas: mulheres em idade fértil que podem estar em início de gestação ainda não diagnosticada.
Hemoglobina e hematócrito – características clínicas: pacientes com doença hepática; história de anemia; sangramento; outras alterações hematológicas; tipo e invasividade da cirurgia e extremos de idade.
Testes de coagulação – características clínicas: alterações da coagulação; doenças renal e hepática; tipo e invasividade da cirurgia.
Bioquímica sanguínea (dosagem sérica de potássio, sódio, glicose, função renal e hepática) – características clínicas: doenças endócrinas; risco de doenças renal e hepática; uso de terapias perioperatórias; certas medicações e terapias alternativas.
Outros exames de avaliação pulmonar como prova de função pulmonar; gasometria arterial e venosa; oximetria de pulso e espirometria são indicados em situações específicas após consulta com especialistas
Radiografia de tórax – características clínicas: tabagismo; infecção respiratória recente; doença pulmonar obstrutiva crônica e doença cardíaca.
Outros exames cardiológicos: ecocardiograma, teste de estresse e teste ergométrico, na evolução perioperatória, são indicados em situações específicas após consulta com especialistas
Eletrocardiograma (ECG) – características clínicas: doenças cardiovasculares e respiratórias; tipo e invasividade da cirurgia.
Tipos de Cirurgia
cirurgia de urgência – aquela em que há risco de vida ou de perda de membro caso o paciente não seja operado em um intervalo de tempo, via de regra, entre 6h e 24h
cirurgia eletiva – aquela que pode ser postergada por até 1 ano sem causar grandes problemas ao paciente
cirurgia de emergência – aquela em que há risco de vida ou de perda de membro caso o paciente não seja operado em um curto intervalo de tempo, geralmente < 6 horas.
cirurgia time-sensitive (sensível ao tempo) - Caso o procedimento seja adiado por um período de algumas semanas pode causar danos ao paciente.
Consultório de avaliação pré anestésica
O padrão ouro de avaliação pré-anestésica (APA) pressupõe sua realização em consultório próprio, antes da internação, em nível
ambulatorial
O tempo entre a realização da avaliação e o procedimento deve ser definido pela gravidade da doença e grau de invasividade da doença
doenças graves: a APA deve ser
sempre realizada antes do dia do procedimento.
doenças não graves e procedimentos pouco ou não invasivos: a APA pode ser realizada antes ou no dia do procedimento
A APA não deve ser feita muitos meses antes do procedimento sob anestesia, em razão da possibilidade de alterações do estado clínico do paciente por descompensação de doenças associadas ou novas doenças