FÁRMACOS QUE AFETAM A FUNÇÃO GASTROINTESTINAL 2

Inibidores da Bomba de Prótons

Antagonistas dos Receptores H2

Supressores de Secreção de Ácido Gástrico

Outros Supressores de Ácidos ou Citoprotetors

Agentes que Aumentam as Defesas da Mucosa

Mecanismo de Ação

Farmacocinética

Formulações

Efeitos Adversos

Indicações

Antiácidos

Inibidores da Secreção de Ácido Gástrico

Mais potentes e + ultilizados

Inibem a bomba H+,K=,ATPase gástrica

Diminuem a produção diária basal e estimulada (80-95%)

Fámacos

Omeprazol (mais conhecido)

Esomeprazol, maior biosdisponibilidade, eliminação + lenta

Lansoprazol, maior biodisponibilidade

Administrado 1h após a refeição

Dexlansoprazol, Rabeprazol, Panoprazol

Diminui acidez por 2h

2 tipos

Não absorvíveis

Absorvíveis

Diferem no tempo de ação Farmacodinâmica iguais

Mais utilizados

Reações com ácido clorídrico formando sais pouco ou não absorvíveis

Causam menos efeitos colaterais

Uso contínuo pode gerar alcalose

Bicarbonato de sódio

Mais potentes

Neutralização rápida e completa

↑ pH gástrico - ↓ pepsina

Hidróxido de alumínio

Interações

Hidróxido de magnésio

Magaldrato

Pró-farmacos

Necessitam pH ácido pra ativar

Forma cloreto de alumínio → Reduz acidez gástrica

Ação rápida

Relaxa mm liso gástrico → diminui esvaziamento

Ação lenta

Efeitos colaterais: constipação

Dissolvidos e absorvidos na região do Jejuno

Capacidade neutralizante baixa

Efeito laxativo

Efeitos colaterais: diarreia

Ativados por uma sulfenamida tetracíclica catalisada por prótons

Difundem através da corrente sanguíneo nos canalículos

Carbonato de cálcio

Na presença do ácido, se liga covalentemente as sulfidrilas presentes na bomba H+,K+, ATPase

Menor absorção ou dissolução de fármacos ácidos

Alteração de pH gástrico e urinário, quelantes

Ingerir 2h antes ou depois de outros fármacos

Afeta absorção, biodisponibilidade e eliminação de outros medicamentos e hormônios

Supressão da secreção ácida dura 24 - 48hs com 1 dose

30 min/1 h antes das refeições (2x ao dia)

Em jejum 10%das bombas ativas

Alimentos diminuem a absorção

Tempo de meia vida: média 1,5hs

Necessitam de ácidos p/ serem ativados

Chegar aos canalículos em altas [ ] p/ ativar um maior nº de bombas

Podem ser utilizados c/ antagonistas de receptores H2

Inibição de 70% das bombas

2 a 5 dias de terapia

Nem todas as bombas estão ativas ao mesmo tempo

Início mais rápido de bloqueio completo - 2x ao dia por no mínimo 2 dias

Absorção intestinal

Extensa metabolização CYP hepáticas (2C19 e 3A4)

Risco de interação com ouros medicamentos

Rabeprazol e Pantoprazol: menor metabolismo por CYP

Pacientes com doenças Hepáticas: diminuir a dose

Competem reversivelmente com histamina

Lansoprazol

Cimetidina

Ranitidina

Nizatidina

Famotidina

Grânulos de revestimento entérico na forma de pó p/ suspensão

Menos eficaz que inibidores da bomba

Importante na cicatrização das úlceras

Inibição de secreção ácida 70% por 24h, depende dose

Omeprazol, Esomeprazol e Lansoprazol

Revestimento entérico contido em cápsulas gelatinosas

Tomar antes de dormir ou 2x ao dia

Diminui a secreção estimulada por refeição (Ach, H e Gastrina)

Bloqueio de H2: Piora a atividade Ach e gastrina sobre produção de HCl parietal

Pantoprazol, Rabeprazol e Omeprazol

Oral, IV ou IM

Comprimido de revestimento entérico

Absorção oral

Metabolismo hepático

Reações adversas

Omeprazol

Fármaco em pó combinado com Bicarbonato de Sódio

Diarreia

Cefaleia

Sonolência

Fadiga

Dor muscular

IV: bradicardia, hipotensão h2 coração

Prisão de ventre

Estímulo motilidade GI

Estímulo motilidade GI

Via IV - SNC (agitação; confusão; delírio)

Comprimido de liberação tardia ou revestimento entérico: só dissolvem em pH alcalino

Pantoprazol e Lansoprazol

Ginecomastia, impotência, galactorreia

Via parenteral

Atravessa a placenta e excreção no leite

Menor absorção de vitamina B12, Fe, Ca, Al, e Mg

Indicação terapêutica

Gastrointestinais

Náuseas, dor abdominal, prisão de ventre, flatulência, diarréia

Miopatia aguda, artralgias, cefaléia e exantemas cutâneos

Acloridria: uso prolongado

Não forma o complexo IFB12

Menor absorção de Vit.B12

Anemia perniciosa

Menor absorção de Fe, Ca e Mg

Contra indicado p/ gestantes

Risco de teratogênese

Inibe CYPs (em desuso)

Formação de pólipos benignos no fundo gástrico por uso prolongado

Interferência menor

Hipergastrinemia

Refluxo esofágico

Cicatrização: úlceras gástricas e duodenais

Evitar recorrências de úlceras de estresse

Efeito rebote

Mais comum com inibidores da bomba de prótons

Antagonista H2

Inibidores de bomba de prótons - elevam mais a gastrina endógena mas não produzem tolerância

Tolerância e rebote

Rebote

Menor efeito terapêutico

Efeito: hipergastrinemia secundária para estimular liberação de histamina das células ECL

Tolerância dentro de 3 dias após iniciar o tratamento

Doença Péptica, Doença do Refluxo Gastrintestinal, Redação da dor na Gastrite, Cicatrização de Lesão de e Prevenção de Úlceras

Pode acontecer em ambas as classes quando há término do tratamento

Cicatrização de Úlceras Gástrica e Duodenais

Tratamento de 6 a 8 meses

Formadas pelo uso de AINES em longo período ou uso de Álcool

Lansoprazol: + indicado (Profilático com AAS como antiplaquetário)

Prevenir recidiva de úlcera por H.Pylori

Utilizado junto com antibióticos: Claritromicina, Amoxicilina, Tetraciclina

Utilizar junto c/ próbióticos: melhora da MO intestinal

Refluxo gastroesofágico c/ esofagite erosiva

Tratamento p/ 3 meses junto com Domperidona p/ aumentar o esvaziamento gástrico

Crianças: utilizar doses mais altas por conta do metabolismo alto

Úlceras Pépticas Duodenais refratárias a Antagonistas H2

Distúrbios Hipersecretores

Hipergastrinemia

Síndrome de Zollinger-Ellison (Gastrinoma)

Antagonistas receptores muscarínicos M1

Inibição da estimulação neural produção ácido nos gg intramurais

Receptor gastro é M3

Pirenzepinae telenzepina

Diminui produção basal 40-50%

Tratamento úlcera péptica

Efeitos colaterais- desuso

Sintomas anticolinérgicos fortes, risco discrasias sanguíneas ( pirenzepina)

Compostos de bismuto

Compostos liga-se base da úlcera - barreira física

Aumenta produção mucina e bicarbonato

Efeito antibacteriano importante H.pylori e enterotoxinas

Constipante: diarreia viajante

Não usado isoladamente como citoprotetor - fármacos mais eficazes

Uso combinação com antibióticos para H.pylori e prevenção recidiva

Efeitos colaterais

Enegrecimento das fezes

Não usar em insuficiência renal

Uso curto período

Salicilismo: subsalicilato de bismuto

Análogos das PGs -Misoprostol (análogo PGE1)- Cytotec

PGE2 e PGI2 - supressão ácida

Sintetizadas pela mucosa gástrica

Inibem receptor EP3 nas células parietais

Estimulam via Gi => diminui AMPc intracelular e secreção gástrica

PGE2

Efeitos citoprotetores

Estimulação da secreção mucina e bicarbonato

Aumento do fluxo da mucosa

Metabólito ativo- misoprostol ácido

Desterificação pode ocorrer já nas células parietais

Grau inibição secreção ácido gástrico dependente da dose

Oral 100-200ug = inibição secreção ácido basal (85 - 95%)

Dose habitual para úlcera - 200 ug (4x/dia)

Dose única

Inibição em 30 min e efeito terapêutico máximo 60-90min - persiste até 3h

Uso 3 a 4x dia

Alimentos e antiácidos diminui absorção

Efeitos adversos

30% -diarreia (dose), cólicas abdominais

Pode piorar doença inflamatória intestinal

CI gravidez ( aumenta contratilidade uterina)

Indicação

Reduz lesão provocada por AINEs

Mais indicado inibidores bomba de prótons ( Iansoprazol) e antagonista receptor H2

Provavelmente pq local de ação é distal à ação da histamina sobre a liberação de ácido

Dimeticona

AAS

Magnésio ação rápida

Alumínio ação lenta

Sulfato de hidróxido de alumínio e magnésio

Pouco absorvido

Indicar redução gradual ou substituição por antiácidos pacientes de risco

Sufactante - < Formação de espuma

↓ tensão superficial de bolhas de gases intestinais

Incluída preparações antiácido para refluxo esofágico

Alívio da flatulência

Uso em exame radiológicos TGI

Indigestão ácida

Engov e Sonrisal

CI - Úlceras GI

Interação fármaco nutriente

NaHCO3 → CO2 + H2O + NaCl

Insuficiência cardíaca e renal - risco devido carga alcalina e sódio

Muito hidrossolúvel - Reabsorve rapidamente no estômago

Efetivo neutralização ácido

pH menos ácido

Menor absorção fármacos ácidos

Menor absorção

Vit. B1, B2, B6, B12, Ca ( osteoporose), Fe, Mg

Inibidores da álcool desidrogenase gástrica

absorção álcool (+ mulheres)

CaCO3 + 2 HCl → CO2 + H2O + CaCl2

Síndrome do leite alcali

Grande quantidade ou uso contínuo

Grande quantidade Ca2+ (500mg/dia)

Alcalose, hipercalcemia e insuficiência renal

NaHCO3 e CaCO3 com leite ou creme para tratamento de úlceras pépticas

Liberação de CO2

Eructação

Náuseas

Distensão abdominal

Flatulência

Alcalose

Secreção rebote de ácido

Uso frequente

Evitar uso em pacientes com hipercalcemia

Evitar uso em grávidas 1º trimestre

Sem CO2 → Sem eructação ou alcalose

Osmótico

Estimula movimentos contráteis e propulsores do cólon

Efeito prolongado

Itraconazol

Fluroquinolonas

Tetraciclina

Fosfatos

Cálcio

Vit B1, ácido fólico: absorção

Lipídeos: < Solubilização

Mariana Rodrigues

Lara Andrade

Rosana

Aleandra

Vitoria