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Linguagem - A10 - Coggle Diagram
Linguagem - A10
Teorias da aquisição da linguagem - teorias que tentam explicar como é que as crianças quando nascem não sabem falar e após poucos anos já falam uma imensidão de palavras.
- Teoria da Imitação: postulava que as crianças imitam o que os outros seres falantes à sua volta faziam. Mas, mesmo que as competências de imitação ajudem na aquisição de vocabulário, é difícil que explique todos os fenómenos da aquisição da linguagem.
- Abordagem comportamentalista: ideia de que as crianças aprendem a falar como aprendem outras competências - os pais ajudam a moldar a linguagem.
Sendo os principios gerais da aprendizagem aplicáveis a qualquer tipo de info: associações entre estímulos e reforço positivo.
- Abordagens conexionistas: teorias que pressupõem que grande parte da aquisição da linguagem é feita por intermédio de associações com ocorrência de estímulos.
- Abordagens de aprendizagem estatística: capacidade das crianças aprenderem a partir da extração de regularidades no input. São abordagens que costumam vir acopladas aos modelos conexionistas - ideia de que o nosso sistema já está pré-programado para extrair padrões e regularidades.
- Abordagens nativistas: postulam que é muito difícil explicarmos tudo o que acontece durante a aquisição de linguagem sem que haja algo de pré-programado à nascença que nos permita esta aquisição. A linguagem é algo demasiado complexo e a sua aquisição faz-se de forma demasiado rápida para que não haja alguma espécie de competência já quando nascemos que nos vá permitir isto.
Chomsky defende que as crianças já nascem com um dispositivo de aquisição de linguagem (LAD) que seria um sistema específico cerebral já incorporado nas nossas redes neuronais para a aquisição da linguagem.
LAD: dispositivo de aquisição de linguagem bastante geral e devido, à sua flexibilidade, vai-se especializando numa ou em duas línguas que a criança está a aprender.
A linguagem é uma via direta para com os outros, os compreendermos e conhecer o seu mundo. É uma via para nos expressarmos e as nossas capacidades. Segundo os teóricos, é o que distingue o ser humano de outras espécies.
Pode ser recetiva e expressiva.
Tem um lugar de relevo em várias teorias do desenvolvimento, como a socio-cultural de Vygotsky, core knowledge de Spelke, desenvolvimento cognitivo de Piaget, desenvolvimento emocional.
Componentes da linguagem: fonologia (como pronunciamos), semântica (significado das palavras), sintaxe (regras de formação de frases), e pragmática (transmitir o significado que queremos).
Aquisição da linguagem nos primeiros anos de vida (no geral: a linguagem recetiva precede a linguagem expressiva; entre o 1 e os 6 anos há um aumento dramático em diversos aspetos da linguagem)
Principais marcos da aquisição da linguagem:
- Nascimento - 4 meses: as crianças fazem sons (vocalizações pré-linguísticas); a sua função é ir treinando o aparato vocal. -> Vocalizações pré-linguísticas: estalar os lábios, arrulhar, guinchar.
- 4-12 meses: dá-se o inicio do balbuciar, prática de entoação, atenção conjunta e triangulação.
- 12-18 meses: surgimento das primeiras palavras, utilizam uma só palavra de cada vez (holofrases), sensibilidade à ordem das palavras.
- 18-24 meses: discurso telegráfico, 'fast mapping', 'grammar explosion', 'overextension' e 'underextension'.
- Anos pré-escolares: a linguagem vai ficando cada vez mais semelhante à linguagem desenvolvida, mas é comum que as interrogações sejam semelhantes às afirmações, uso crescente de pronomes e também erros por aplicação de regras generativas e sobre-regularização.
Mapeamento palavra-conceito: As crianças aprendem novas palavras com uma rapidez impressionante e facilmente visível.
- Enigma de referência As crianças têm alguns pressupostos à partida que as leva a presumir que se alguém está a apontar para um objeto e diz uma palavra, significa que se está a referir àquele objeto como um todo
As crianças já trazem alguns constrangimentos que as auxiliam na aquisição da linguagem. Alguns são universais. Exemplos de constrangimentos universais:
- percetivos - tendência para a forma; concetuais - tendência para o todo em vez da parte; pragmáticos - exclusividade mútua e direção do olhar do emissor
Estes constrangimentos e muitos outros ajudam a afunilar a imensidão de possibilidades referentes quando estamos a tentar ensinar vocabulário à criança.
Perturbações na aquisição de linguagem: é muito raro encontrar alguém que seja completamente averbal, porém existem muitas perturbações cognitivas que vão ter correlatos em dificuldades de aquisição da linguagem.
Para a aquisição da linguagem é essencial: input/exposição; interação; idade e períodos sensíveis.
Dificuldades auditivas; afasias, síndrome de Williams e Distúrbio especifico de linguagem.
Linguagem dirigida a bebés: a interação social pode facilitar muito a aquisição e compreensão da linguagem. A linguagem que os pais usam quando falam com os bebés (motherese) (acredita-se que) facilita alguns aspetos como a segmentação das palavras e a aquisição da linguagem.