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IST's - Coggle Diagram
IST's
HERPES
Trata-se de uma doença infectocontagiosa, sua transmissão ocorre principalmente por contato sexual, mas também pode ocorrer de forma congenita, e através de objetos contaminados
Epidemiologia
É uma infecção comum e ascendente
A maioria é assintomática
A prevalência é maior em mulheres que em homens
As transmissões tem aumentado em faixas etárias mais jovens
Etiologia
HSV-Tipo 1
Infecções genitais causadas pelo tipo 1 tem aumentado significativamente devido a pratica crescente de sexo oral
Primariamente localizado na orofaringe
HSV-Tipo 2
Predominam nas lesões anogenitais, a maioria dos casos de herpes genital advém desse tipo
Fisiopatologia
O HSV é um DNA-vírus, que penetra no organismo humano através do contato com microtraumas, mucosas (oral, genital, anal, ocular), trato respiratório e e corrente sg.
Sua replicação ocorre dentro do núcleo da célula infectada e produzem um grande número de enzimas capazes de agir no metabolismo dos ácidos nucleicos e na sintese proteica celular
As células infectadas se multiplicam e sofrem inoculação, as células tendem a se fundir e gerar células gigantes e multinucleadas
Após a instalação da infecção primária (cerca de 48h) o vírus tem capacidade de migrar das terminações nervosas locais através dos nervos aferentes até atingir os gânglios sacrais, onde permanecem latentes até que algum fator estimule a sua reativação
O período de incubação ocorre de 2 - 26 dias
Prevenção
A melhor maneira de prevenir qualquer infecção sexualmente transmissivel é através de métodos de barreiras- uso de preservativo
Evitar relação sexual quando houver sinais e sintomas da doença
Realizar exames periódicos de rotina, do HSV1 e HSV2, bem como das principais IST's como: sífilis, HIV, HPV, Clamídia, etc
Evitar múltiplos parceiros sexuais
Quadro Clínico
Dor local
Prurido
Pápulas eritematosas
Lesões veiculares
Ulceras
Em mulheres, essas lesões são encontradas nos pequenos lábios, grandes lábios, clitóris, fúrcula e colo uterino.
Cervicite herpética
corrimento genital
Em homens, essas lesões são encontradas principalmente no prepúcio e na glande.
secreção uretral e ardência miccional
50% dos casos pode ocorrer linfadenopatia iguinal bilateral
Febre, mal-estar, mialgia
Parestesia, alterações de sensibilidade local
Diagnóstico
É de difícil diagnóstico, uma vez que nem todos apresentam lesões específicas ou sintomas precisos
Isolamento do vírus por cultura
PCR
Tem alta sensibilidade
Tratamento
Anti-inflamátorios e Analgésicos para alívio da dor
Tratamento supressivo
Aciclovir, Fanciclovir, Velaciclovir
Utilizados em esquemas diferentes em episódio inicial
O medicamento mais indicado para gestantes é o Aciclovir
Reinfecção
Após a infecção primária o vírus pode entrar em um período de latência.
60% dos casos de reativação em HSV-1 e 90% dos casos em HSV-2
Fatores como: baixa imunidade, imunodeficiência, febre, menstruação etc. São fatores que condicionam o aparecimento
GONORREIA
Neisseria gonorrhoeae, diplococo
gram negativo.
EPIDEMIOLOGIA
300.000 casos notificados a cada ano nos EUA. É a segunda somente em relação a Clamídia.
Acomete mais mulheres
do que homens, já que nelas
geralmente ocorre de forma assintomática,enquanto neles, por serem
sintomáticos, procuram assistência
médica de forma imediata
FISIOPATOLOGIA
Os organismos de Neisseria aderem-se às e invadem as células epiteliais não ciliadas no local de entrada.
A aderência da N. gonorrhoeae às células epiteliais é inicialmente mediada por pili longos, os quais se ligam a CD46, uma proteína expressa em todas as células nucleadas humanas.
As proteínas OPA ( são chamadas assim porque tornam as colônias bacterianas opacas) estão localizadas na membrana externa da bactéria, aumentam a ligação da Neisseria nas células epiteliais e promovem a entrada da bactéria nas células.
A Neisseria utiliza a variação antigênica como uma estratégia para escapar da resposta imune.
QUADRO CLÍNICO
Período de
incubação de 2 a 5 dias.
Cerca de
50% das pacientes são assintomáticas.
Quando sintomáticas podem
apresentar:
Cervicite mucopurulenta- COLO UTERINO É MAIS AFETADO.
A mucosa endocervical apresenta-se
edemaciada hiperemiada e sangrativa
ao toque da espátula.
Leucorreia purulenta saindo pelo orifício
externo do colo uterino.
DIP, disúria e dispareunia podem estar presentes
DIP, em 10 a 40% das pacientes infectadas, sendo que os sintomas incluem
dor pélvica/abdominal sangramento
vaginal anormal e dispareunia
Não tratada pode levar a infertilidade ou gravidez ectópica.
A infecção neonatal por N. gonorrhoeae causa conjuntivite e pode levar a cegueira e raramente a sepse.
Gonorreia retal geralmente é assintomática. Ocorre principalmente em homens que praticam sexo anal receptivo
Os sintoma incluem prurido retal, secreção purulenta anal, sangramento e constipação intestinal
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis é uma peri-hepatite gonocócica (ou por clamídia) que ocorre predominantemente em mulheres
Produz dor abdominal no hipocôndrio direito, febre, náuseas e vômitos, na maioria das vezes semelhante a doença hepática ou biliar.
Uretrite masculina tem um período de incubação de 2 a 14 dias.
O início geralmente é caracterizado por leve desconforto na uretra, seguido por sensibilidade peniana grave e dor, disúria e secreção purulenta.
PREVENÇÃO
Tratar os doentes. É importante também que todos os parceiros ou parceiras sexuais sejam tratados. A doença pode voltar caso uma das partes não tenha recebido tratamento adequado.
Uso de preservativo. Use camisinha em todo e qualquer tipo de contato sexual, seja ele vaginal, anal ou oral.
Triagem das mulheres sexualmente ativas e dos HSH em locais onde a gonorreia é prevalente e retestagem de pessoas com uma história recente de gonorreia.
DIAGNÓSTICO
Microscopia de um esfregaço corado com Gram é positiva quando são observados neutrófilos polimorfonucleares contendo diplococos Gram-negativos intracelulares de morfologia típica.
Isolamento de N. gonorrhoeae por cultura, usando meios seletivos (atmosfera úmida acrescidos de dióxido de carbono) contendo antibiótico.
Testes de Amplificação de Ácidos Nucleicos: PCR, transcrição mediada por amplificação (TMA), e deslocamento da cadeia de DNA (DCA).
Maioria é comercializado como ensaios combinados, que permitem o teste simultâneo para N. gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
TRATAMENTO
A infecção em geral responde ao tratamento com uma dose única de um antibiótico apropriado.
Ceftriaxona, 250 mg intramuscular, ou cefixima, 400 mg oral, dose única para a gonorreia sem complicações.
Todas as pessoas com gonorreia devem ser tratadas com um regime oral ativo contra a C. trachomatis, geralmente a azitromicina em uma dose única de 1 g ou a doxiciclina 100 mg duas vezes ao dia durante sete dias.
Devido à uma necessidade de se interromper imediatamente a cadeia de transmissão, a terapia geralmente é baseada em suspeita clínica ou epidemiológica, antes de o diagnóstico ser confirmado.
RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS
Gonococos com mutações cromossomiais ou mutações transmitidas por plasmídeos conferem uma resistência relativa ou absoluta às penicilinas, tetraciclinas e sulfonamidas.
CLAMÍDIA
DIAGNÓSTICO
É feito através da urina ou por amostra de material colhido com um cotonete na vagina, colo do útero ou na uretra.
sorologia para pesquisa dos anticorpos IgM e IgG contra a clamídia
PCR, que procura a presença do DNA da clamídia nas secreções vaginais.
Análise de secreção vaginal e retal (se for necessário);
TRATAMENTO
Azitromicina
O paciente infectado deve ficar por pelo menos 7 dias sem atividade sexual após o início do tratamento
Nos pacientes com linfogranuloma venéreo ou infecção anal pela clamídia, o regime com doxiciclina é o mais indicado
Nos pacientes com linfogranuloma venéreo ou infecção anal pela clamídia, o regime com doxiciclina é o mais indicado
Todos os parceiros (as) do paciente infectado devem ser testados e se necessário, tratados para clamídia, mesmo que não apresentem sintomas
EPIDEMIOLOGIA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 140 milhões de infectados no mundo e cerca de 6 milhões de pessoas desenvolveram cegueira nos países mais prevalentes como consequência direta da infecção.
No Brasil não existem dados epidemiológicos sobre infecção por clamídia, pois não é de notificação obrigatória e não há programas de rastreio para a doença.
é a infecção bacteriana mais comumente relatada como causa de uretrite em homens e cervicite em mulheres, acometendo principalmente pessoas na faixa etária entre 15 e 24 anos.
Os principais fatores de risco incluem novo parceiro sexual ou mais de um parceiro sexual nos três meses anteriores, história de infecção por C. trachomatis ou outra infecção sexualmente transmissível (IST) e uso inconsistente de preservativo.
QUADRO CLÍNICO
Proctite – A proctite por clamídia, definida como inflamação da mucosa retal distal, ocorre principalmente em mulheres e homens que fazem sexo com homens (HSH) que mantêm relações anais receptivas. Os sintomas incluem dor anorretal, secreção, tenesmo, sangramento retal e constipação.
Conjuntivite – Os mesmos sorotipos de C. trachomatis que causam doenças genitais (D a K1) podem infectar as células da conjuntiva através do contato direto com secreções genitais contaminadas. A característica é de uma lesão eritematosa não purulenta da superfície epitelial, que pode assumir uma aparência de paralelepípedo.
Faringite – a faringite causada pelo C. trachomatis não tem repercussão clínica importante. A bactéria foi identificada de amostras coletadas na faringe a partir de estudos científicos, levantando a hipótese que esse local sirva como reservatório para a bactéria.
Artrite reativa – a C. trachomatis é um importante patógeno associado a artrite reativa sexualmente adquirida. Uma minoria de pacientes com artrite reativa adquirida sexualmente desenvolve a tríade de artrite reativa completa, com artrite, conjuntivite ou uveíte e uretrite ou cervicite, o que dificulta o diagnóstico.
PREVENÇÃO
Uso de preservativos
Higiene pós-coito
Evite o contato sexual com múltiplos parceiros;
Testes para DSTs em dia
Não use preservativos lubrificados com espermicidas - de acordo com as diretrizes emitidas pelo CDC, os espermicidas não protegem contra as DSTs.
Muitos médicos também desaconselham a ducha, uma vez que isso pode ter o efeito de empurrar uma infecção vaginal ou cervical para o interior do útero
FATORES DE RISCO
Gestantes
Mulheres sexualmente ativas com
menos de 25 anos
Novo parceiro em 90 dias/ uso ina-
dequado de preservativo/ IST pré-
via ou atual
Ectopia hipertrófica friável/ muco
endocervical turvo em primeira
fase do ciclo
História/ investigação de
infertilidade
Parceiro com secreção uretral ou
história de uretrite/epididimit
Etiologia
Agente: Chlamydia tracomatis,
gram negativa intracelular obrigatória
FISIOPATOLOGIA
A C. trachomatis é uma bactéria coco Gram-negativo. Foram descritos 18 sorotipos distintos, sendo que apenas dois são responsáveis por infecções do trato genital, os sorotipos D e K1.
Dentro do organismo humano a clamídia sofre endocitose pela célula do hospedeiro e dentro da dela converte-se da forma inativa para forma metabolicamente ativa. Esse processo dificulta que a bactéria seja eliminada pelo sistema de defesa do indivíduo infectado.
SÍFILIS
Sífilis é uma doença sistêmica causada por Treponema pallidum, caracterizada por 3 fases clínicas sequenciais e sintomáticas separadas por períodos de infecção latente assintomática.
O T. pallidum, é um espiroqueta que não pode sobreviver muito tempo fora do corpo humano. Na sífilis sexualmente adquirida, T. pallidum entra pelas mucosas ou pela pele, alcança os linfonodos regionais dentro de horas e rapidamente se dissemina ao longo do corpo.
A sífilis ocorre em 3 estágios:
Primária
Na primeira fase, também denominada como cancro duro, ou protosifiloma, que se manifesta em média de três semanas após infecção na região em que teve o contato com as espiroquetas, comumente não apresenta dor
No princípio a lesão é uma pápula roseada e progride para vermelho, posteriormente aparece inflamação ganglionar na região infectada, na maioria dos casos na região genital.
O cancro retrocede naturalmente em um período que varia de quatro a cinco semanas sem deixar cicatriz.
Linfonodos regionais são firmes, discretos e não dolorosos.
Cancros podem ocorrer em qualquer lugar, mas são muito mais comuns nos seguintes:
Pênis, ânus e reto, em homens; Vulva, cérvice, reto e períneo, em mulheres; Lábios ou orofaringe, em ambos os sexos
Secundária
A segunda fase da sífilis, evolução da sífilis primária, ocorre à manifestação sistêmica das espiroquetas surgindo pápulas róseas eritematosas principalmente nas regiões plantares e palmares, na mucosa oral e descamação da pele, poliadenomegalia generalizada e em alguns casos alopecia região temporoparietal e occipital, no rosto as lesões se aglomeram próximos ao nariz e a boca.
sintomas:
mal-estar, anorexia, febre baixa, cefaleia, meningite benigna, dores nas articulações e nos músculos, hepatoesplenomegalia, faringite, síndrome nefrótica;
Nesta fase também há a regressão espontânea da doença seguida de uma fase de latência, se não tratada evolui para a sífilis terciária.
Terciária
Aproximadamente um terço das pessoas sem tratamento desenvolve sífilis tardia, embora, algumas vezes, não muitos anos depois da infecção inicial.
Pode-se classificar clinicamente as lesões como:
Sífilis gomatosa terciária benigna
geralmente se desenvolve em 3 a 10 anos depois da infecção e pode envolver a pele, ossos e órgão internos.
Gomas são massas inflamatórias, macias, destrutivas que geralmente são localizadas, mas podem infiltrar órgãos ou tecidos de maneira difusa; crescem e se curam lentamente e deixam cicatrizes.
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- Sífilis cardiovascular
geralmente se manifesta 10 a 25 anos após a infecção inicial como qualquer um dos seguintes:
Dilatação aneurismática da aorta ascendente ; Insuficiência da valva aórtica; Estenose das artérias coronárias;
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Neurossífilis tem várias formas:
Neurossífilis assintomática; Neurossífilis meningovascular; Neurossífilis parenquimatosa; Tabes dorsalis;
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Podem ocorrer manifestações sifilíticas oculares e óticas em qualquer fase da doença.
As síndromes oculares
podem comprometer praticamente qualquer parte do olho e englobam a queratite intersticial, a uveíte (anterior, intermediária e posterior), a coriorretinite, a retinite, a vasculite retiniana e as neuropatias ópticas e do par craniano.
A otossífilis
pode comprometer a cóclea (provocando perda de audição e zumbido) ou o sistema vestibular (provocando vertigem e nistagmo).
Lesões tróficas
, secundárias à hipoestesia da pele ou de tecidos periarticulares, podem se desenvolver nas fases posteriores. Úlceras tróficas podem se desenvolver nas plantas dos pés e penetrar profundamente, até o osso subjacente.
Artropatia neurogênica
(articulações de Charcot), uma degeneração articular indolor com edema ósseo e variação anormal de movimento, é uma manifestação clássica de neuropatia comum.
Período latente
Sífilis latente pode ser precoce (< 1 ano após a infecção) ou tardia (≥ 1 ano após a infecção).
Não há sinais e sintomas, mas os anticorpos detectados pela sorologia para sífilis (STS) persistem.
Como os sintomas da sífilis primária e secundária são ocasionalmente mínimos ou ignorados, os pacientes são, com frequência, diagnosticados na fase latente, por meio de sorologia para sífilis.
pode ficar latente permanentemente, mas recaídas com lesões mucocutâneas contagiosas podem ocorrer durante o período latente recente.
Há longos períodos latentes entre os estágios. Uma pessoa com sífilis permanece infectante nas primeiras 2 fases.
geralmente é transmitida por meio de contato sexual (incluindo genital, orogenital e anogenital), mas pode ser transmitida não sexualmente por contato cutâneo ou transplacentário, causando sífilis congênita.
O risco de transmissão é de aproximadamente 30% com um único encontro sexual com uma pessoa com sífilis primária e de 60 a 80% de uma mãe infectada para o feto.
Infecção anterior não confere imunidade contra reinfecção.
Fisiopatologia
As espiroquetas são bacilos espiralados e flexíveis, móveis e delgados, anaeróbio facultativo podendo ser visualizados na microscopia de campo escuro ou por imunofluorescência
Seu corpo espiralado é envolto por uma membrana citoplasmática, na qual existe uma camada de peptideoglicano que dá estabilidade a estrutura, comportando-se como uma organela de locomoção. Apresenta crescimento lento in-vitro, sendo inviável o inóculo em meio de cultura.
As espiroquetas penetram nas mucosas, principalmente após contato sexual, pelas pequenas erosões após o coito, produzem diversas lipoproteínas que ativam o sistema inume e causam a destruição local dos tecidos. Invadem o sistema linfático e se disseminam por via hematogênica.
Se não tratada, causam infecção generalizada atingindo todos os tecidos do corpo
Epidemiologia
Diagnostico
Tratamento
Prevenção
O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível.
O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
Sífilis primária, secundária e latente recente
Escolha
: Penicilina G benzatina, 2,4milhões UI, IM, dose única (1,2milhão UI em
cada glúteo).
Alternativa
: Doxiciclina 100mg, VO, 2x/dia, por 15 dias (exceto gestantes) OU
Ceftriaxona 1g, IV ou IM, 1x/dia, por 8-10 dias.
Sífilis latente tardia ou de duração desconhecida e terciária
Escolha
: Penicilina G benzatina, 2,4milhões UI, IM, dose única (1,2milhão UI em
cada glúteo), semanal, durante três semanas. (Dose total: 7,2 milhões UI).
Alternativa
: Doxiciclina 100mg, VO, 2x/dia, por 30 dias (exceto gestantes) OU
Ceftriaxona 1g, IV ou IM, 1x/dia, por 8-10 dias.
Neurossífilis
Escolha:
Penicilina cristalina, 18-24 milhões UI/dia, IV, administrada em doses
de 3-4 milhões a cada 4 horas ou por infusão contínua, durante 14 dias.
Alternativa
: Ceftriaxona 2g, IV ou IM, 1x/dia, por 10-14 dias.
Pesquisa direta
: pode ser feita através de microscopia de campo escuro
(sensibilidade de 74 a 86%), imunofluorescência direta, exame de material corado, biópsias.
Testes imunológicos
: são os mais utilizados na prática; para o diagnóstico devem
ser utilizados testes treponêmicos + testes não treponêmicos.
Treponêmicos: detectam anticorpos específicos produzidos contra os
antígenos do T. pallidum;
Exemplos: testes de hemaglutinação e aglutinação passiva (TPHA), teste de
imunofluorescência indireta (FTA-Abs), quimioluminescência (EQL), ensaio imunoenzimático indireto (ELISA), testes rápidos.
Não treponêmicos: detectam anticorpos não específicos para os antígenos do
T. pallidum; podem ser quantitativos (titulação de anticorpos) ou qualitativos (presença ou ausência de anticorpo).
Exemplos: VDRL, RPR (Rapid Test Reagin), TRUST.
Estima-se uma prevalência de 3,5 milhões de novos casos de sífilis em todo
mundo anualmente, com destaque para os países em desenvolvimento. No Brasil,foram notificado 87.593 casos de sífilis adquirida, 37.436 casos de sífilis em gestantes e 20.474 casos de sífilis congênita em 2016. Destes casos, 185 evoluíram
para óbito. A maior proporção dos casos foi notificada na região Sudeste.
O modo de transmissão mais comum é o contato sexual com lesões infecciosas
(cancro, placa mucosa, exantema cutâneo ou condiloma plano), porém, a sífilis pode ser adquirida também por contato pessoal não-sexual (principalmente contato com
sangue), transmissão vertical (mãe/feto) e transfusão sanguínea.
Etiologia
Treponema pallidum
bactéria gram-negativa da ordem das espiroquetas.
SÍFILIS CONGÊNITA
Requer que: (1) a criança apresente sinais físicos, laboratoriais ou radiográficos de sífilis congênita (confirmada ou provável) OU (2) criança que nasceu de mãe não tratada, inadequadamente tratada ou subtratada.
é adquirida pela transmissão transplacentária de espiroquetas na corrente sanguínea materna ou, ocasionalmente, pelo contato direto com uma lesão infecciosa durante o parto.
O T. pallidum não é transferido no leite materno, mas a transmissão pode ocorrer se a mãe ti- ver uma lesão infecciosa na mama.
Sífilis congênita (antes de dois de idade)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Precoce
Hepatomegalia com ou sem esplenomegalia e icterícia
Lesões cutâneas (pênfigo palmo-plantar, condiloma plano), petéquias, púrpura
Periostite ou osteíte ou osteocondrite, pseudoparalisia dos membros;
Sofrimento respiratório com ou sem pneumonia
Rinite sero-sanguinolenta, anemia e linfadenopatia generali zada (epitroclear)
Fissura peribucal, síndrome nefrótica, hidropsia, edema, convulsão e meningite;
Sífilis congênita (após dois anos de idade)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Tardia
Tíbia em “lâmina de sabre”
Articulações de Clutton Fronte “olímpica” e nariz “em sela”
Dentes incisivos medianos superiores deformados (dentes de Hutchinson), molares em “amora”
Rágades periorais, mandíbula curta, arco palatino elevado
Ceratite intersticial
Surdez neurológica e dificuldade no aprendizado
Mulheres com sífilis primária ou secundária não tratada são mais propensas a transmitir sífilis para seus fetos (60-90%) do que mulheres com doença latente (40% na latência inicial e <10%na latência tardia).