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LIGAÇÃO GÊNICA DA RESISTÊNCIA Á FERRUGEM E Á ANTRACNOSE NA VARIEDADE DO…

- - - - O estudo de ligação gênica tem suma importância nesse trabalho, pois a transformação genética de plantas cultivadas possibilita a validação funcional de genes individuais selecionados, bem como a exploração direta dos transgênicos no melhoramento genético, visando à inserção de características agronômicas desejáveis
- - - - Os uredosporos, na concentração de 2,0 x 10 esporos/mL, foram suspensos em água destilada contendo 0,05% de Tween 20 e aspergidos em ambas as superficies foliares, com o auxílio de um atomizador De Vilbiss n° 15, acionado por um compressor elétrico, evitando-se atingir o ponto de escorrimento.
        
        Após inoculação e rápida secagem ao ar, as plantas foram transferidas para câmara de nevoeiro (20 ± 1°C e >95% de umidade relativa), onde permaneceram por 48 horas, sob fotoperíodo de 12 horas. Em seguida, foram novamente transferidas para a casa de vegetação (20 + 5°C), onde permaneceram até serem avaliadas. Apenas as plantas sem pústulas ou que apresentaram pequenas pústulas (< 0,3 mm de diâmetro) foram consideradas resistentes
        
        Posteriormente à avaliação dos sintomas da ferrugem, aproximadamente 15 dias após a inoculação, a primeira folha trifoliolada das plantas RC3F2 foi inoculada com uma suspensão contendo 1,2 x 106 conídios/mL da raça 89 de C. lindemuthianum, com o auxílio de um pincel. Após a inoculação e rápida secagem ao ar, as plantas foram incubadas por cinco dias na câmara de nevoeiro (20 +1°C e >95% de umidade relativa), sob fotoperíodo de 12 horas. Em seguida, foram novamente transferidas. para a casa de vegetação (20±5°C), onde permaneceram até serem avaliadas. A avaliação dos sintomas da antracnose foi feita com base na escala de 1 a 9, descrita por Pastor-Corrales
        
        Para os propósitos deste trabalho, apenas as plantas com nota 1 (imunes) foram consideradas resistentes.
        
        Foram realizadas análises de segregação para testar a hipótese de herança monogênica dominante quanto à resistência à ferrugem e à antracnose, bem como para testar a hipótese da segregação independente dos genes de resistência às duas doenças. Para isso, os números observados de plantas resistentes e suscetíveis foram comparados com os teóricos esperados pelo teste do x². Para determinar a distância genética entre os genes de resistência à ferrugem e à antracnose, foi feita a análise de co segregação utilizando o programa MAPMAKER.EXP 3.0
- - - - A hipótese da herança monogênica dominante quanto à resistência à antracnose também não foi rejeitada pelo teste do x² a uma probabilidade de 0,92.
        
        Pastor Corrales e Erazo (18 demonstraram que dois genes dominantes são responsáveis pela resistência do cultivar G 2333 à raça 571 de C. lindemuthianum. Além disso, a presença de mais de um gene em interações complexas, incluindo epistasia, complementaridade, fatores duplicados e complementares e alelos núltiplos, tem sido observada (1, 4, 16, 19, 24).
        
        Estudos preliminares analisando a resposta de resistência da variedade Ouro Negro a diferentes raças fisiológicas de U. appendiculatus e C. lindemuthianum mostram que tal variedade apresenta genes diferentes dos até então identificados.
        
        Os dados demonstram que existe uma probabilidade muito baixa (0,015) de os desvios da razão fenotipica esperada (9:3:3:1) serem devidos ao acaso, indicando assim que os genes de resistência à ferrugem e à antracnose presentes no Ouro Negro não segregam independentemente, ou seja, eles estão localizados no mesmo grupo de ligação.
        
        A distância genética entre esses genes é de 12,3 cM, com base frequência de recombinação estimada pelo programa na MAPMAKER.EXP 3.0 (12).
        
        Considerando que esta variedade é resistente a várias raças de U. appendiculatus e de C. lindemuthianum (13), pode-se deduzir, à luz da teoria gene-a-gene, que provavelmente existem no Ouro Negro blocos de genes de resistência à ferrugem e à antracnose.
- - - - Como a variedade Ouro Negro é resistente a várias raças de U. appendiculatus e de C. lindemuthianum, pode-se deduzir, à luz da teoria gene-a-gene, que provavelmente existem nesta variedade blocos de genes de resistência à ferrugem e à antracnose