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Artigo: "meu sonho é ser compreendido" Uma Análise da Interação
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Artigo: "meu sonho é ser compreendido" Uma Análise da Interação
Médico-Paciente Surdo durante Assistência à Saúde
Visão do autor
De acordo com o autor do artigo, apesar de todas as evoluções que ocorreram no âmbito da saúde, incluindo a Política Nacional de Saúde a Pessoa Portadora de Deficiência (2006) e o Decreto Nº 5.626 (2005), a comunidade surda ainda sofre diversas dificuldades de acessibilidade no sistema de saúde
O encontro entre os profissionais de saúde e a população surda do Brasil ainda é sinal de inúmeras falhas de comunicação devido o desconhecimento da língua de sinais pelos profissionais. Essa falha na comunicação e consequentemente o estabelecimento de uma relação médico-paciente ineficaz é responsável por uma assistência médica inadequada.
A comunicação é um elemento essencial para um atendimento médico acessível e ineficaz, no entendo, o desconhecimento da Libras por parte dos médicos e internos de medicina geram uma compreensão inadequada dos problemas relatados pelos pacientes surdos.
Devido a essa comunicação inadequada o Sistema de Saúde no Brasil ainda não conseguiu atingir um status de universalidade e equidade, não sendo acessível a população surda
Além disso, médicos e internos relatam insegurança e insatisfação no atendimento à pessoas surdas por não serem capazes de extrair as informações necessárias para uma boa conduta médica e dificuldade na explicação do plano terapêutico. Essa dificuldade é fruto de uma formação acadêmica que não inclui habilidades necessárias para esse tipo de atendimento integral e inclusivo.
Em muitas das ocasiões, médicos e surdo referem o uso de estratégias para facilitar a comunicação, como o uso de mímicas, escrita e acompanhantes na consulta. Porém, esse tipo de recurso pode dificultar a relação médico-paciente ao torná-la menos direta e passível de constrangimentos entre os participantes da consulta.
A população surda também relata reclamações diante do atendimento médico, muitos se mostram inseguros ao adentrar o sistema de saúde, pois acreditam que não serão bem compreendidos e consequentemente algumas de suas queixas deixadas de lado visto que os médicos não vão ter uma total compreensão daquilo que está sendo dito.
Diante disso, o autor do artigo mostra-se favorável a inclusão do ensino de Libras na formação acadêmica de profissionais de saúde, tendo em vista que os obstáculos enfrentados até hoje por essa parcela da população sejam vencidos, para que eles possam ter acesso a um sistema de saúde capaz de compreender e cuidar da sua saúde da maneira mais inclusiva possível.
Visão do aluno
Após a leitura do artigo foi possível perceber que a população surda ainda tem sei direito à saúde negligenciado devido a falhas na comunicação
Mesmo com o estabelecimento de leis e decretos que garantam atendimentos acessíveis aos surdos, a formação acadêmica dos profissionais de saúde mostra-se como elemento fundamental para a não realização desses decretos.
O uso de estratégias facilitadoras como a mímica, podem multiplicar conflitos, visto que os surdos podem não ter a mesma percepção de sinais que os ouvintes e também pelo fato de os movimentos gestuais terem sentido amplo dentro dos processo comunicativo.
Como foi mencionado no texto, o recurso de acompanhantes e intérpretes nas consultas médicas pode não ser uma boa opção, pois a presença de uma terceira pessoal pode constranger o paciente e gerar uma relação distante, na qual o médico e o paciente não se falam diretamente.
Portanto, o ensino de Libras para os profissionais de saúde é necessário para que o atendimento médico se torne cada vez mais inclusivo, melhorando a relação com os pacientes que tem dificuldades de comunicação.
Além de mais inclusivo, o entendimento da língua de sinais pelos médicos vai diminuir os anseios e inseguranças dos pacientes, tendo em vista que a compreensão da doença e dos planos terapêuticos vai melhorar.
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