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"Meu sonho é ser compreendido" - Coggle Diagram
"Meu sonho é ser compreendido"
Visão dos autores do artigo
A dificuldade de criar uma relação médico-paciente estar relacionado, principalmente, com a
barreira linguística
O paciente surdo se sente incompreendido durante a consulta médica
A maioria dos médicos e dos internos de medicina possuem dificuldade no atendimento à pessoa surda, no ato de expressar informações e de compreender as informações e as queixas dos pacientes
Existe uma necessidade que os médicos e os outros profissionais da saúde saibam o básico da língua de sinais, a fim de melhorar a compreensão entre eles e seus pacientes
É de responsabilidade da Atenção Básica o desenvolvimento de práticas de cuidado à saúde para os indivíduos com alguma deficiência
Percebe-se um despreparo profissional, pois muitos médicos não compreendem as particularidades dos pacientes surdos e acreditam que a melhor estratégia seria com o uso de acompanhantes nas consultas
Porém, o que eles não entendem é que na verdade seria mais importante ele mesmo desenvolver competências, como aprender a Libras, com o intuito de melhorar a comunicação e de desenvolver uma boa relação médico-paciente. Assim, evitaria frustações e insegurança de ambas as partes.
Os surdos sentem insegurança pois não sabem se os médicos realmente entenderam suas queixas. Isso acaba gerando insatisfação e diminuindo a adesão dos pacientes aos planos terapêuticos.
Muitos desses pacientes não sabem escrever e fazer leitura labial. Assim, é necessário uma mudança de comportamento dos profissionais de saúde que melhore de fato a compreensão durante o atendimento.
Em situações de emergências o despreparo dos profissionais podem gerar consequências importantes.
O surdo precisa de inclusão
Os acadêmicos de medicina mostraram-se mais sensíveis ao sofrimento dos surdos, mostrando certa preocupação e empatia quanto a vulnerabilidade do paciente surdo
Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência
2006
Assegura os direitos dos usuários de saúde surdos
Porém, grande parcela da comunidade surda ainda enfrenta desafios de acesso à saúde
Pois as falhas na comunicação aumentam as chances de um diagnóstico equivocado e de não adesão ao tratamento pelo usuário
Decreto nº 5626
Garante à pessoa com deficiência um ambiente preventivo, curativo e reabilitador
Determina a obrigatoriedade do ensino de Libras nos cursos de formação para exercício do magistério, de licenciatura e de Fonoaudiologia das instituições no Brasil
No caso de Medicina e os outros cursos, esse ensino deve ser ofertado de forma eletiva
2005
Minha visão
A relação médico-paciente é fundamental para desenvolver um acolhimento com o paciente. Por isso, existe a necessidade de médicos e de outros profissionais da saúde manter uma comunicação efetiva com os pacientes surdos, sem medo e sem receio
O ensino da Língua Brasileira de Sinais é de grande importância para que ocorra a compreensão entre os usuários e, por fim, um diagnóstico certo e um tratamento que realmente o paciente surdo realize
Esse aprendizado deve estar cada vez mais presente nos cursos superiores, não de forma eletiva, mas sim de forma fixa e que gere mais impacto positivo
Além disso, pode ser realizadas capacitações para assistência ao surdo por parte dos profissionais da saúde a fim de preparar esses profissionais e de melhorar a adesão aos surdos aos serviços de saúde
Por fim, de forma mais importância os médicos devem ter a consciência da demanda dos pacientes surdos e da necessidade de um cuidado humanizado
Percebe-se que ainda os deficientes auditivos precisam ser cada vez mais incluídos, com todos os seus direitos assegurados.
Para isso a língua de sinais deve ser mais disseminada no mundo acadêmico, a fim de formar profissionais preparados para se comunicar com os surdos
Relação do artigo com a disciplina de Libras
Acredito que esses problemas de comunicação entre médicos e pacientes surdos sempre existiram. Porém, uma das problemáticas que mais absorvi durante a disciplina de Libras foi a
importância de que a nova geração de surdos não passe pelos mesmos problemas e desafios que os outros surdos passaram.
Para isso, a Libras tem que ser cada vez mais disseminada no mundo acadêmico e, consequentemente, profissional
Percebi, no artigo, que muitos médicos utilizam a estratégia de comunicação pela leitura labial e pela escrita
Entretanto, como foi dito em aula muitos surdos não sabem fazer a leitura labial e muito menos português, que para eles é uma língua secundária
Assim como o ouvinte que entra em contato com um idioma diferente de sua língua materna tem dificuldade de aprender, para o surdo é confuso ler e escrever em português até porque eles não escutam as palavras como os ouvintes.