DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA

DEFINIÇÃO

EPIDEMIOLOGIA

FISIOPATOLOGIA

QUADRO CLÍNICO

DIAGNÓSTICO

TRATAMENTO

COMPLICAÇÕES

FISIOLOGIA DA EREÇÃO PENIANA

Incapacidade de manter a ereção, pode haver ejaculação precoce.

OBS:

Relatam que a DE em pacientes com sintomas urinários do trato inferior é subdiagnosticada porque os médicos em geral não a investigam;

A DE compartilha os mesmos fatores de risco
que as doenças cardiovasculares,

Doença de Peyronie

Aparecimento de placas fibróticas na albugínea

Formam área inelástica durante a ereção, o que condiciona a curvatura do pênis para o lado da placa.

Os sintomas mais comuns são:

Dificuldade em ter relação sexual por causa da deformidade ou falta de rigidez
peniana, ereções dolorosas

Existência de placa ou nódulo no corpo cavernoso

  • A disfunção erétil vai inevitavelmente causar ansiedade ou mesmo estados de depressão.
  • A maioria das complicações mais graves registradas em doentes com disfunção erétil estão dependentes da doença de base que levou ao déficit da função erétil: a hipertensão arterial, a obesidade, a diabetes melitus ou a dislipidemia são doenças com predisposição ao aparecimento de patologia cardiovascular como o enfarte agudo do miocárdio ou o acidente vascular cerebral.
  • O implante de próteses penianas a principal complicação é a infecção, ocorrendo ao redor de 4% dos implantes, podendo ser maior em situações específicas, principalmente pela formação de um biofilme, ao redor dos componentes da prótese, que impede a ação dos antibióticos.

Outras complicações são: perfuração dos corpos cavernosos na base (crura) ou distal (extremidade do pênis), erosão e extrusão das próteses, glande flácida, entre outras.

uso de injeção intracavernosas

múltiplas pulsões feitas no pênis para injetar o medicamento podem resultar em, além de priapismo, fibroses que causam a diminuição do tamanho, afinamento e/ou tortuosidade.

O aumento inconsequente da dosagem indicada, realizada pelo paciente pode causar uma ereção prolongada indesejada, conhecida como priapismo.

Suporte psicologico

Redução dos fatores de risco modificáveis

Terapia Medicamentosa ou Cirúrgica

primeira linha de tratamento

inibidores da 5PD

Sildenafila - Viagra

segunda linha de tratamento

injeção intracavernosa

Monoterapia - Alprostadil

terceira linha de tratamento

Cirurgia

ETIOLOGIA

A libido diminui com a deficiência de testosterona, estresse, problemas de relacionamento, depressão, doenças sistêmicas e em associação com o uso de de drogas recreativas e prescritas.

Vascular

Neurológica

Fatores penianos locais

Hormonais

Induzido por drogas e psicogênicos

HAS, DM, hiperlipidemia, cirurgia prostática, radioterapia na pelve ou retroperitônio

Lesões cerebrais e na medula espinhal, parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, trauma

Fratura peniana, doença de Peyronie

Hipogonadismo, hiperprolactinemia, hipo ou hipertireoidismo, hiper e hipocortisolismo

Anti-hipertensivos, antidepressivos, antiandrogênicos

Ansiedade, experiências traumáticas, problemas de relacionamento, estresse, depressão

A ereção peniana é um processo neurovascular complexo que envolve três
fenômenos: relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso, aumento do fluxo arterial peniano e restrição do fluxo venoso de saída

Fases da Ereção

Fase 3

Fase 4

Fase 2

Fase 5

Fase 1

Essa fase é caracterizada pelo progressivo relaxamento do músculo liso arterial
resultando em um rápido influxo de sangue no corpo cavernoso. O influxo é contínuo devido ao ciclo cardíaco e leva inicialmente a um enchimento isométrico

Durante a fase 1, há apenas
uma leve elongação e um leve enchimento peniano

Conforme o fluxo sanguíneo continua, associa-se com aumento da pressão
cavernosa, que passa de 25mmHg para 40mmHg. O começo dessa fase se apresenta pela progressiva diminuição na velocidade final diastólica, devido ao aumento da pressão
intracorporal. Por fim, a velocidade final diastólica se torna zero quando a pressão intracavernosa se iguala à pressão diastólica. Há também uma queda nos picos da
velocidade sistólica.

Então, ocorre
um progressivo aumento da pressão intracorporal peniana de 11mmHg, valor normal para o estado flácido, para aproximadamente 25mmHg

Essa fase é identificada quando o fim do fluxo diastólico alcança zero. O contínuo
influxo de sangue e a progressiva distensão dos espaços sinusoidais comprimem o plexo venoso subtúnico contra a túnica albugínea. Esse mecanismo, chamado de “mecanismo
oclusivo venoso”, impede a saída de sangue através das veias, levando a um aumento da pressão intracavernosa. Isso leva a uma progressiva redução na duração do influxo sistólicoe picos da velocidade sistólica, que se traduzem em ondas mais baixas, mais curtas e em
forma de picos no doppler.

Essa fase é caracterizada pelo fluxo diastólico reverso que inicialmente se
desenvolve no fim da diástole enquanto a pressão intracavernosa se torna maior que a diastólica. Conforme a pressão intracorporal aumenta, o fluxo reverso se torna totalmente
evidente na diástole.

Essa última fase tem como característica a progressiva perda de sinais dos fluxos
diastólico e sistólico. A perda se torna completa quando a pressão intracavernosa alcança a pressão sistólica.

A primeira metade dessa fase é definida pela perda do fluxo sistólico
adiante e do fluxo diastólico reverso. A perda do fluxo reverso é inicialmente notada durante o fim da diástole, enquanto a velocidade e duração do componente sistólico decrescem
continuamente.

A segunda metade é o estágio final do ciclo de fluxo e é caracterizado pela
perda dos fluxos diastólico e sistólico e por um aumento da pressão intracavernosa que leva a contração do músculo isquiocavernoso. Durante essa metade, os corpos cavernoso
se tornam espaços funcionalmente inativos, praticamente sem fluxo sanguíneo.

inervado pelo plexo sensitivo e motor

Transtornos psicológicos

Ansiedade, depressão, esquizofrenia

A ereção e o desejo sexual são controlados pelo hipotálamo, córtex cerebral e sistema límbico.

A disfunção pode ser causada por desequilíbrio de neurotransmissores centrais, superinibição da ereção pelo cérebro, liberação inadequada de óxido nítrico e hiperatividade simpática.

Define-se como a incapacidade consistente ou recorrente de um homem em conseguir ou manter uma ereção peniana suficiente para o desempenho da atividade sexual, que poderá causar impactos significativos sobre a saúde total e a qualidade de vida de um casal

Afeta cerca de 40- 60% dos homens com ou acima de 70 anos

Transtornos neurogênicos

As taxas de prevalência aumentam com a idade

Relacionada a patologias centrais ou periféricas.

Neuropatia periférica devido a diabetes

deficiência de neurotransmissores

lesão direta dos nervos cavernosos ou pudendo

Distúrbios hormonais

Mais comum em homens maduros e idodos

Hipertireoidismo, pode levar a DE por causa dos níveis elevados de estrogênios.

Essa prevalência ainda aumenta em homens com comorbidades, como doenças cardiovasculares, diabetes, alcoolismo, depressão

causando uma diminuição da libido

Hipotireoidismo pode causar uma síntese diminuida de testosterona e secreção aumentada de prolactina.

Hipogonadismo

10% dos homens com idade até 40 anos são afetados

síndrome clínica causada por deficiência androgênica

Diminuição do desejo sexual e ereções noturnas

Distúrbios arteriais

Maria Fernanda Gonzalez, Cleuma Pontes, Sandy Negre, Ana Gardenia, Isadora melo

Doença oclusiva arterial traumatica

Doença aterosclerótica iliaca-pudenda-cavernosa

diminuir o fluxo para os espaços sinusoidais e a pressão de perfusão

Doenças cavernosas

dividida em cinco tipos

Tipo 1

Tipo 2

Tipo 3

Tipo 4

Tipo 5

Grandes veias saem do corpo cavernoso

Canais venosos aumentados

secundário a doença de Peyronie

musculatura lisa cavernosa é incapaz de relaxar em razão de fibrose ou degeneração

liberação inadequada de neurotransmissor

disfunção endotelial

comunicação anormal entre o corpo cavernoso e o esponjoso ou glande

Induzida por medicamentos

Medicamentos que interferem com o controle neuroendócrino central ou neurovascular local da musculatura lisa peniana têm o potencial de causar DE

Antipsicóticos, antidepressivos e fármacos anti-hipertensivos de ação central

Envelhecimento e doenças sistêmicas

A função sexual é reduzida ao longo dos anos

Período latente entre a estimulação sexual e a ereção aumenta, as ereções tem menos pressão, a ejaculação tem menos força, o volume do ejaculado diminui, e o período entre ereções se alonga. Ocorre diminuição da sensibilidade peniana à estimulação tátil, baixa na concentração sérica de testosterona e aumento no tono da musculatura cavernosa.

Algumas doenças sistêmicas como: Diabetes melittus, obesidade, hipertensão e insuficiência renal.

História médica e psicossexual

Identificar outras disfunções sexuais

Identificar causas comuns de disfunção erétil

Identificar fatores de risco reversíveis para disfunção erétil

Avaliar o status psicossocial

Exame físico focado

Deformidades penianas

Doença prostática

Sinais de hipogonadismo

Status cardiovascular e neurológico

Testes laboratoriais

Glicose e perfil lipídico

Testosterona total, testosterona livre.