Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA, Maria Fernanda Gonzalez, Cleuma Pontes, Sandy…
DISFUNÇÃO SEXUAL MASCULINA
DEFINIÇÃO
Define-se como a incapacidade consistente ou recorrente de um homem em conseguir ou manter uma ereção peniana suficiente para o desempenho da atividade sexual, que poderá causar impactos significativos sobre a saúde total e a qualidade de vida de um casal
EPIDEMIOLOGIA
Afeta cerca de 40- 60% dos homens com ou acima de 70 anos
10% dos homens com idade até 40 anos são afetados
As taxas de prevalência aumentam com a idade
Mais comum em homens maduros e idodos
Essa prevalência ainda aumenta em homens com comorbidades, como doenças cardiovasculares, diabetes, alcoolismo, depressão
FISIOPATOLOGIA
Transtornos psicológicos
Ansiedade, depressão, esquizofrenia
A ereção e o desejo sexual são controlados pelo hipotálamo, córtex cerebral e sistema límbico.
A disfunção pode ser causada por desequilíbrio de neurotransmissores centrais, superinibição da ereção pelo cérebro, liberação inadequada de óxido nítrico e hiperatividade simpática.
Transtornos neurogênicos
Relacionada a patologias centrais ou periféricas.
Neuropatia periférica devido a diabetes
deficiência de neurotransmissores
lesão direta dos nervos cavernosos ou pudendo
Distúrbios hormonais
Hipertireoidismo, pode levar a DE por causa dos níveis elevados de estrogênios.
causando uma diminuição da libido
Hipotireoidismo pode causar uma síntese diminuida de testosterona e secreção aumentada de prolactina.
Hipogonadismo
síndrome clínica causada por deficiência androgênica
Diminuição do desejo sexual e ereções noturnas
Distúrbios arteriais
Doença oclusiva arterial traumatica
Doença aterosclerótica iliaca-pudenda-cavernosa
diminuir o fluxo para os espaços sinusoidais e a pressão de perfusão
Doenças cavernosas
dividida em cinco tipos
Tipo 1
Grandes veias saem do corpo cavernoso
Tipo 2
Canais venosos aumentados
secundário a doença de Peyronie
Tipo 3
musculatura lisa cavernosa é incapaz de relaxar em razão de fibrose ou degeneração
Tipo 4
liberação inadequada de neurotransmissor
disfunção endotelial
Tipo 5
comunicação anormal entre o corpo cavernoso e o esponjoso ou glande
Induzida por medicamentos
Medicamentos que interferem com o controle neuroendócrino central ou neurovascular local da musculatura lisa peniana têm o potencial de causar DE
Antipsicóticos, antidepressivos e fármacos anti-hipertensivos de ação central
Envelhecimento e doenças sistêmicas
A função sexual é reduzida ao longo dos anos
Período latente entre a estimulação sexual e a ereção aumenta, as ereções tem menos pressão, a ejaculação tem menos força, o volume do ejaculado diminui, e o período entre ereções se alonga. Ocorre diminuição da sensibilidade peniana à estimulação tátil, baixa na concentração sérica de testosterona e aumento no tono da musculatura cavernosa.
Algumas doenças sistêmicas como: Diabetes melittus, obesidade, hipertensão e insuficiência renal.
QUADRO CLÍNICO
Incapacidade de manter a ereção, pode haver ejaculação precoce.
OBS:
Relatam que a DE em pacientes com sintomas urinários do trato inferior é subdiagnosticada porque os médicos em geral não a investigam;
A DE compartilha os mesmos fatores de risco
que as doenças cardiovasculares,
Doença de Peyronie
Aparecimento de placas fibróticas na albugínea
Formam área inelástica durante a ereção, o que condiciona a curvatura do pênis para o lado da placa.
Os sintomas mais comuns são:
Dificuldade em ter relação sexual por causa da deformidade ou falta de rigidez
peniana, ereções dolorosas
Existência de placa ou nódulo no corpo cavernoso
DIAGNÓSTICO
História médica e psicossexual
Identificar outras disfunções sexuais
Identificar causas comuns de disfunção erétil
Identificar fatores de risco reversíveis para disfunção erétil
Avaliar o status psicossocial
Exame físico focado
Deformidades penianas
Doença prostática
Sinais de hipogonadismo
Status cardiovascular e neurológico
Testes laboratoriais
Glicose e perfil lipídico
Testosterona total, testosterona livre.
TRATAMENTO
Suporte psicologico
Redução dos fatores de risco modificáveis
Terapia Medicamentosa ou Cirúrgica
primeira linha de tratamento
inibidores da 5PD
Sildenafila - Viagra
segunda linha de tratamento
injeção intracavernosa
Monoterapia - Alprostadil
terceira linha de tratamento
Cirurgia
COMPLICAÇÕES
A disfunção erétil vai inevitavelmente causar ansiedade ou mesmo estados de depressão.
A maioria das complicações mais graves registradas em doentes com disfunção erétil estão dependentes da doença de base que levou ao déficit da função erétil: a hipertensão arterial, a obesidade, a diabetes melitus ou a dislipidemia são doenças com predisposição ao aparecimento de patologia cardiovascular como o enfarte agudo do miocárdio ou o acidente vascular cerebral.
O implante de próteses penianas a principal complicação é a infecção, ocorrendo ao redor de 4% dos implantes, podendo ser maior em situações específicas, principalmente pela formação de um biofilme, ao redor dos componentes da prótese, que impede a ação dos antibióticos.
Outras complicações são: perfuração dos corpos cavernosos na base (crura) ou distal (extremidade do pênis), erosão e extrusão das próteses, glande flácida, entre outras.
uso de injeção intracavernosas
múltiplas pulsões feitas no pênis para injetar o medicamento podem resultar em, além de priapismo, fibroses que causam a diminuição do tamanho, afinamento e/ou tortuosidade.
O aumento inconsequente da dosagem indicada, realizada pelo paciente pode causar uma ereção prolongada indesejada, conhecida como priapismo.
FISIOLOGIA DA EREÇÃO PENIANA
A ereção peniana é um processo neurovascular complexo que envolve três
fenômenos: relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso, aumento do fluxo arterial peniano e restrição do fluxo venoso de saída
inervado pelo plexo sensitivo e motor
Fases da Ereção
Fase 3
Essa fase é identificada quando o fim do fluxo diastólico alcança zero. O contínuo
influxo de sangue e a progressiva distensão dos espaços sinusoidais comprimem o plexo venoso subtúnico contra a túnica albugínea. Esse mecanismo, chamado de “mecanismo
oclusivo venoso”, impede a saída de sangue através das veias, levando a um aumento da pressão intracavernosa. Isso leva a uma progressiva redução na duração do influxo sistólicoe picos da velocidade sistólica, que se traduzem em ondas mais baixas, mais curtas e em
forma de picos no doppler.
Fase 4
Essa fase é caracterizada pelo fluxo diastólico reverso que inicialmente se
desenvolve no fim da diástole enquanto a pressão intracavernosa se torna maior que a diastólica. Conforme a pressão intracorporal aumenta, o fluxo reverso se torna totalmente
evidente na diástole.
Fase 2
Conforme o fluxo sanguíneo continua, associa-se com aumento da pressão
cavernosa, que passa de 25mmHg para 40mmHg. O começo dessa fase se apresenta pela progressiva diminuição na velocidade final diastólica, devido ao aumento da pressão
intracorporal. Por fim, a velocidade final diastólica se torna zero quando a pressão intracavernosa se iguala à pressão diastólica. Há também uma queda nos picos da
velocidade sistólica.
Fase 5
Essa última fase tem como característica a progressiva perda de sinais dos fluxos
diastólico e sistólico. A perda se torna completa quando a pressão intracavernosa alcança a pressão sistólica.
A primeira metade dessa fase é definida pela perda do fluxo sistólico
adiante e do fluxo diastólico reverso. A perda do fluxo reverso é inicialmente notada durante o fim da diástole, enquanto a velocidade e duração do componente sistólico decrescem
continuamente.
A segunda metade é o estágio final do ciclo de fluxo e é caracterizado pela
perda dos fluxos diastólico e sistólico e por um aumento da pressão intracavernosa que leva a contração do músculo isquiocavernoso. Durante essa metade, os corpos cavernoso
se tornam espaços funcionalmente inativos, praticamente sem fluxo sanguíneo.
Fase 1
Essa fase é caracterizada pelo progressivo relaxamento do músculo liso arterial
resultando em um rápido influxo de sangue no corpo cavernoso. O influxo é contínuo devido ao ciclo cardíaco e leva inicialmente a um enchimento isométrico
Durante a fase 1, há apenas
uma leve elongação e um leve enchimento peniano
Então, ocorre
um progressivo aumento da pressão intracorporal peniana de 11mmHg, valor normal para o estado flácido, para aproximadamente 25mmHg
ETIOLOGIA
A libido diminui com a deficiência de testosterona, estresse, problemas de relacionamento, depressão, doenças sistêmicas e em associação com o uso de de drogas recreativas e prescritas.
Vascular
HAS, DM, hiperlipidemia, cirurgia prostática, radioterapia na pelve ou retroperitônio
Neurológica
Lesões cerebrais e na medula espinhal, parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, trauma
Fatores penianos locais
Fratura peniana, doença de Peyronie
Hormonais
Hipogonadismo, hiperprolactinemia, hipo ou hipertireoidismo, hiper e hipocortisolismo
Induzido por drogas e psicogênicos
Anti-hipertensivos, antidepressivos, antiandrogênicos
Ansiedade, experiências traumáticas, problemas de relacionamento, estresse, depressão
Maria Fernanda Gonzalez, Cleuma Pontes, Sandy Negre, Ana Gardenia, Isadora melo