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TECNOLOGIAS DIGITAIS NA SALA DE AULA: POR QUE NÃO? - Coggle Diagram
TECNOLOGIAS DIGITAIS NA SALA DE AULA: POR QUE NÃO?
RESUMO
As tecnologias modificou a maneira de pensar e agir.
Tem potencial para modificar a matemática escolar e seu ensino.
As tecnologias digitais constituem a realidade contemporânea.
O potencial é freado pelo modelo de educação geralmente praticado, baseado no acúmulo de conhecimentos, o qual vem se intensificando com exames de avaliação de âmbito nacional e internacional.
Para que seu potencial possa ser aproveitado, esboçamos a defesa da sala de aula ser um espaço de experiências e sentidos, um local de encontros onde o aluno possa vivenciar a matemática, ao mesmo tempo, mais conceitual, relacional e prática.
RECURSO
Coggle.it
INTRODUÇÃO
Hoje em dia as tecnologias digitais (TDs) tomam parte da maioria das coisas que fazemos no dia a dia.
Temos um cotidiano digitalizado em vários sentidos, por isso, diferente de anos atrás.
Profissões e hábitos deixaram de existir e novos foram criados por conta das TDs, tal qual ocorreu com o surgimento de outras tecnologias no passado, como a prensa de tipos móveis de Gutemberg, no século XV.
Cabe questionarmos: Por que não mudou? Será que as TDs não são tão relevantes para a educação a ponto de influencia-la de modo a modificar a aula e a sala de aula?
A previsão de especialistas em informática na educação, há 20 anos, era que as TDs já teriam mudado “a natureza fundamental da escola” e a sala de aula nos dias atuais.
OBJETIVO
Explorar estes questionamentos no contexto da Educação Matemática, o que nos levou a refletir sobre a própria matemática escolar e seu ensino, evidenciando o potencial e desafios do uso das TDs na educação e as implicações disso para a sala de aula.
O FOCO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
Os primeiros ao manifestarem insatisfação com uma matemática difícil, desinteressante e dissociada do mundo em que vivem; e os professores por estarem frustrados por não conseguirem estimular seus alunos a aprenderem matemática.
Nota-se que o objetivo inicial do desenvolvimento de todas essas tecnologias nunca foi a sua aplicação na educação, entretanto, todas essas foram adaptadas, utilizadas e objeto de estudo de pessoas preocupadas com o ensino e a aprendizagem de matemática.
Atualmente, alunos e professores pressionam por mudanças no ensino de matemática.
REFERÊNCIA
MALTEMPI, MARCUS. MENDES, RICARDO. Tecnologias digitais e a escola do futuro. ATAS DO IV CONGRESSO INTERNACIONAL TIC NA EDUCAÇÃO 2016 TECNOLOGIAS DIGITAIS E A ESCOLA DO FUTURO, 4., 2016, lisboa. anais. lisboa: ticeduca, 2016. 86-89.
CARACTERÍSTICAS DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
Características intrínsecas às TDs que dificultam seu uso em sala de aula.
Opacidade: em geral, o funcionamento interno das TDs fica escondido e não está diretamente relacionado com a sua função;
Plasticidade: as TDs podem ser utilizadas de muitas maneiras diferentes;
Parcialidade: as TDs não são neutras, modificam o ambiente, sendo mais adequadas para certas tarefas do que outras.
Instabilidade: novas versões ou aplicações totalmente novas surgem com frequência, quando consideramos as TDs;
Formação e condições de trabalho precárias de professores são justificativas para as salas de aula não terem mudado com a disseminação das TDs na sociedade, mas não são as únicas.
Potencialidades das TDs para a educação:
Oferecer interatividade com o conteúdo e a possibilidade de colaboração com outros aprendizes ou especialistas;
Favorecer a autoria e o desenvolvimento de projetos;
Oferecer feedback imediato às ações dos aprendizes;
Realizar cálculos matemáticos com grande eficiência.
Gerar múltiplas representações do conhecimento (estáticas e dinâmicas);
Entre outras, políticas públicas equivocadas, descontinuadas ou mesmo inexistentes; ausência de investimento financeiro contínuo; visão ultrapassada sobre a educação; e resistência à mudança.
Os pais tem dificuldade em entender que seus filhos podem estudar usando um celular inteligente.
MATEMÁTICA ESCOLAR PARA ALÉM DOS CÁLCULOS
É impossível ficar indiferente ao que nos é oferecido por softwares (com versões online) como o GeoGebra e o WolframAlpha, denominados softwares de matemática dinâmica (SMD).
Usando um SMD pode-se criar uma circunferência e interagir com ela, verificando que ao se movimentar um ponto sobre ela, a distância do ponto ao centro permanece constante.
Ao refletir sobre algumas tecnologias disponíveis e seu uso em sala de aula.
As TDs podem colocar a matemática escolar em outro patamar, no qual se busca uma aproximação dos alunos com conceitos matemáticos, privilegiando a experiência do fazer matemática.
UMA EXPERIÊNCIA
Buscando explorar os conceitos do Cálculo Diferencial e Integral por meio de TDs desenvolvemos um website que agrega algumas possibilidades oferecidas pelo GeoGebra e WolframAlpha, dentre outros recursos digitais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Utilizar as tecnologias digitais em sala de aula é ser coerente com o tempo em que vivemos.
Entretanto o modelo de educação escolar geralmente praticado, reforçado pelo recrudescimento de exames de avaliação nacional e internacional.
Neste artigo, questiona-se a relevância das TDs para educação e seu potencial para modificar a sala de aula.
Aliados a uma formação de professores anacrônica, freia o potencial de mudanças que as TDs podem oferecer à educação, na medida em que as subutilizam em sala de aula.
A adoção das TDs é um caminho sem volta. Diante desta situação, portanto, faz-se necessário construirmos novos entendimentos que sejam vantajosos para educação escolar.
POR UMA NOVA CONCEPÇÃO DE AULA
Este modelo de aula está em consonância com um ensino de matemática que privilegia os cálculos, o acúmulo de conhecimentos e que subutiliza as TDs.
Considerando que as TDs ampliam as possibilidades de um ensino, ao mesmo tempo, mais conceitual, relacional e prático, precisa-se caminhar no sentido de conceber e organizar a sala de aula como um espaço de experiências e sentidos.
A visão de matemática e do ensino de matemática apresentada, motivada pelas TDs, não cabe em uma sala de aula comum, onde os professores explicam o conteúdo programado a estudantes pouco participativos.
PALAVRAS -CHAVES
Ensino de matemática.
Formação de professores.
Tecnologias da informação e comunicação.