A primeira guerra napoleônica ocorreu contra a Segunda Coligação, formada em 1798 pela Grã-
Bretanha, Áustria, Rússia, Portugal, Império Otomano e Reino de Nápoles. Por embaraços diplomáticos, a Rússia saiu desta coligação. Em 1800, a França derrota a Áustria na batalha de Marengo e, em 1802, a Grã-Bretanha e a França
assinam a Paz de Amiens. A guerra, contudo, levou a França à crise financeira, o que foi amenizado com a criação do Banco
da França. O banco exercia o controle da emissão de papel-moeda, contribuindo para reduzir a inflação. A França, tendo a Espanha como aliada, derrotou as tropas da Áustria e da Rússia nas batalhas de
Ulm e Austerlitz. Na batalha de Trafalgar, pelo mar, contudo, as tropas francesas e espanholas foram dizimadas pelos britânicos. Em 1806, o imperador Napoleão derrotou o Sacro Império Romano-Germânico e cria a
Confederação do Reno, que reunia a maioria dos estados alemães e se auto-proclamou protetor deste Estado. Diante desta vitória, Grã-Bretanha, Rússia e Prússia formam a Quarta Coligação.
Dessa vez, o exército da Prússia foi derrotado rapidamente na Batalha de Iena e os russos em 1807 nas batalhas de Eylau e Friedland. Por conta dessas últimas batalhas, foi assinado o Tratado de Tilsit,
neste mesmo ano, no qual os russos tornavam-se aliados dos franceses. Com a derrota da Quarta Coligação, Napoleão Bonaparte torna-se o grande senhor da Europa
Continental. Para administrar tantos territórios, alguns foram entregues a seus familiares. Seus irmãos José,
Luís e Jerônimo, foram coroados reis de Nápoles, Holanda e Vestfália, respectivamente. Já as suas irmãs Elisa, Carolina e Pauline, reinaram sob territórios na Península Itálica.