Diretrizes para a Construção de Testes Psicológicos: a Resolução CFP nº 009/2018 em destaque
AVALIAÇÃO PSICOLOGICA
IMPACTO: o artigo demonstra que a avaliação psicológica pode contribuir muito com a sociedade, ajudando não só os indivíduos e seus objetivos, mas os interesses da sociedade.
QUALIDADE: a qualidade define o impacto da avaliação psicológica, e esta diretamente relacionada aos testes psicológicos.
CONSTRUÇÃO DE TESTES
Definida como um processo estruturado de investigação de fenômenos psicológicos com o objetivo de fornecer informações para a tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou institucional.
PSICOMETRIA: a psicométrica trata basicamente da teoria e técnica de medida dos processos mentais, especialmente aplicada nas áreas da Psicologia e Educação (Pasquali, 2013)
NORTE: a psicometria pode ser um norteador para o valiador saber qual teste usar em determinada demanda
Parâmetros Psicométricos
TESTES PSICOLOGICOS
OBJETIVO: identificar, descrever, qualificar e mensurar características psicológicas
TESTE: embarca também escalas, inventários, questionários e métodos projetivos/expressivos.
há 6 tipos de testes
(III) problemas comportamentais
(IV) comportamento social e adaptativo;
(II) Família e casal
(V) personalidade;
(I) cognitivos e neuropsicológicos
(VI) vocacional.
Principais Parâmetros
Critérios
Evidências de precisão e fidedignidade
Evidências de validade
Sistema de correção e interpretação de Scores
Conselho Federal de Psicologia (CFP) nº 009, de 25 de
abril de 2018.
Recomendações do Satapsi
SATEPSI: sistema informatizado que tem por objetivo avaliar a qualidade técnico-científica de instrumentos submetidos à apreciação da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do CFP.
a submissão ao Satepsi de versões equivalentes de testes psicológicos aprovados (informatizados e não informatizados), bem como a atualização das normas e dos estudos de evidências de validade dos testes psicológicos.
o psicólogo deve basear sua decisão, obrigatoriamente, em métodos e/ou técnicas e/ou instrumentos psicológicos reconhecidos cientificamente para uso na prática profissional, ou seja, as fontes fundamentais de informação
A depender do contexto, o psicólogo também poderá recorrer a procedimentos e recursos auxiliares, identificados como fontes complementares de informação
CFP Estabelece
Resolução também destaca a justiça e proteção dos direitos humanos no processo de avaliação psicológica
(II) regulamenta o Satepsi
(III) revoga as Resoluções n° 002/2003, nº 006/2004 e n° 005/2012, bem como as Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017.
(I) diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional dos(as) psicólogos(as),
Na análise dos itens, os parâmetros psicométricos indicam propriedades (características) estatísticas desejáveis dos itens (incluindo: dificuldade, discriminação e correlações inter-item), bem como as propriedades estatísticas desejadas do teste como um todo.
condições de testagem do examinando, o formato do instrumento e as diferenças entre os avaliadores
Flutuações: condições internas ou externas.
Requisitos Minimos
IV - apresentação de evidências empíricas sobre as características técnicas dos itens do teste, exceto para os métodos projetivos/ expressivos
V - apresentação de evidências empíricas de validade e estimativas de precisão das interpretações para os resultados do teste, caracterizando os procedimentos e os critérios adotados na investigação
III - pertinência teórica e qualidade técnica dos estímulos utilizados nos testes;
VI - apresentação do sistema de correção e interpretação dos escores, explicitando a lógica que fundamenta o procedimento, em função do sistema de
interpretação adotado;
II - definição dos objetivos do teste e contexto de aplicação, detalhando a população-alvo;
VII - apresentação explícita da aplicação e correção para que haja a garantia da uniformidade dos procedimentos.
I - apresentação de fundamentação teórica, com especial ênfase na definição do(s) construto(s), descrevendo seus aspectos constitutivo e operacional
Quanto maior for esse erro (de medida), menor é a precisão dos escores. Nesse sentido, parece bastante relevante considerar o erro de medida na construção e na utilização de um teste (AERA et al., 2014). De maneira que um diagnóstico realizado com base em instrumentos cujos escores são pouco precisos terá maiores chances de erro
No que se refere às fontes externas ao avaliando, as flutuações podem ser decorrentes das condições de testagem (tais como diferenças de luminosidade, conforto do mobiliário e temperatura) e das diferenças entre avaliadores. Neste último, os aspectos subjetivos dos avaliadores (tais como atenção às respostas do examinando e rigidez ou flexibilidade no uso dos critérios de pontuação), se variados aleatoriamente, podem inserir imprecisão na estimação dos escores.
o conjunto de itens deve ser o mais consistente entre si, refletindo os aspectos psicológicos do indivíduo e não variações aleatórias a situações específicas.
As flutuações relacionadas as condições internas do examinando podem ser estimadas por teste-reteste. Seleciona-se uma amostra e se aplica o mesmo instrumento (ou versões equivalentes) em dois ou mais momentos distintos, com um intervalo de tempo suficiente para minimizar efeitos de memória (Nunnally, 1994).
As flutuações relacionadas às condições externas ao examinando podem ser avaliadas por diferentes métodos. Caso a fonte de erro seja ambiental (por exemplo, condições de luminosidade ou temperatura), as flutuações podem ser estimadas por meio de teste-reteste variando as condições do ambiente
flutuações devido ao conteúdo específico dos itens podem ser estimadas por meio de consistência interna. Para tanto o método mais utilizado é calcular o coeficiente Alfa dos itens
A validade refere-se ao grau em que as evidências empíricas e a teoria suportam as interpretações dos escores do teste para um propósito específico de uso.
quando um usuário/avaliador propõe uma interpretação ou uso dos escores diferentes daqueles propostos pelo desenvolvedor do teste, a responsabilidade por apresentar novas evidências de validade é do usuário/avaliador (AERA et al., 2014).
Newton (2016) assinala que o modelo atual de cinco tipos de fontes de evidências é incapaz de acomodar todos os tipos de evidências de validade, propõe a macrovalidação e a microvalidação
(3) evidências baseadas na estrutura interna;
(4) evidências baseadas na relação com outras variáveis
(2) evidências baseadas no processo de resposta;
(5) evidências baseadas nas consequências da testagem.
(1) evidências baseadas no conteúdo do teste;
quais os processos cognitivos necessários e envolvidos para que o examinando responda um determinado item.
análise do relacionamento entre o conteúdo abordado pelos itens do teste e o construto que se pretende medir
a análise da estrutura interna de um teste pode indicar o grau de adequação da relação entre itens do teste e o seu fator
buscam os padrões de correlação entre os escores do teste e outras variáveis que meçam supostamente o mesmo construto ou construtos relacionados (validade convergente) e com variáveis que meçam construtos diferentes (validade discriminante)
relaciona o teste às consequências de suas utilizações que podem ser tanto desejadas quanto indesejadas (AERA et al., 2014).
transformar os escores brutos em informações mais interpretáveis
três possíveis
sistemas de correção
Teoria
pontos de corte
Norma
O sistema referenciado à norma é o mais utilizado e diz respeito à comparação dos escores brutos de um indivíduo com a população da qual ele foi retirado.
Essa forma de interpretação é bastante útil para testes de avaliação do desenvolvimento, os escores brutos do indivíduo podem ser comparados com os critérios teóricos de cada estágio, oferecendo suporte para a classificação do examinando, é necessário apresentar evidências empíricas de que os escores do instrumento, de fato, estão associados aos critérios teóricos
busca-se estabelecer o ponto de corte ideal dos escores para classificar os examinandos em grupos, teoricamente definidos, da maneira mais precisa possível.