A primeira vista pode parecer crueldade um animal comer uma planta ou matar e comer outro animal, no entanto, vamos supor que, em um ecossistema, haja redução no número de guepardos de uma população. Com isso, aumenta a população de suas presas, que acabam consumindo mais alimento e interferindo em outras populações, quebrando o equilíbrio ecológico que existia. Ao longo do tempo, o alimento da população de presas pode reduzir, o que pode levar à extinção dessa população.
Assim, o predatismo é essencial, pois limita o número de indivíduos da população de presas e de predadores.
Além da redução de uma população no ecossistema, a introdução de espécies exóticas (não nativas) em um ambiente também é um fator que pode gerar graves desequilíbrios ecológicos. Vamos citar como exemplo um artigo publicado em 2012 na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, que comenta o fato de que em um parque nacional da Flórida, serpentes conhecidas como pítons da Birmânia proliferaram, enquanto diversas populações de mamíferos nativos foram reduzidas. Além de mamíferos, essas serpentes alimentam-se de aves e répteis.
Qual foi a origem dessas serpentes invasoras? Naturais do Sudeste asiático, indivíduos da espécie foram trazidos para a Flórida, para serem criados como animais de estimação. Diversos proprietários, arrependidos da aquisição, soltaram as serpentes no ambiente natural. Naquela região, não existem predadores naturais dessas serpentes, que podem medir mais de 5 metros de comprimento e se tornaram uma verdadeira praga.