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História da sociologia no Brasil :red_flag: - Coggle Diagram

- - - - Um dos expoentes dessa fase é Euclides da Cunha (1866-1909).
        
        Autor de Os sertões, obra magistral sobre a Guerra de Canudos.
        
        Nesse relato podemos ver o retrato das condições de vida de parte da população rural do Nordeste no fim do século XIX, a questão dos líderes carismáticos e messiânicos e o absurdo da violência presente no conflito.
        
        Além disso, o autor explicitou o conflito de uma sociedade dividida em partes aparentemente inconciliáveis: a sociedade das cidades litorâneas, aberta à influência estrangeira, e a sociedade agrária e tradicional do interior.
        
        O determinismo racial influenciava esse autor, para o qual haveria a existência de “raças superiores” e “raças inferiores”.
      - Outra referência que inaugura o pensamento social brasileiro são os trabalhos da Escola do Recife
        
        Primeiro espaço da sociedade brasileira em que os intelectuais do país começaram a perceber a questão das relações entre indivíduo e sociedade, bem como a denunciar problemas relativos à dinâmica social da época
        
        Movimento fundado em 1870, vinculado à Faculdade de Direito do Recife
        
        Era formada por intelectuais oriundos da Faculdade de Direito. esse grupo pioneiro começa a desenvolver um olhar mais próximo das ciências sociais sobre os vários aspectos do Brasil.
        
        Entre os diversos autores da Escola do Recife, podemos destacar:
        
        Tobias Barreto (1839-1889)
        
        O ponto comum entre esses autores era a tentativa de uma reflexão original sobre o Brasil, com base na observação das
        contradições do país e na valorização do caráter nacional.
        
        Sílvio Romero (1851-1914)
        
        Joaquim Nabuco (1849-1910)
- - - - O lema presente na bandeira brasileira, “Ordem e progresso”, demonstra essa influência da filosofia comtiana sobre o posicionamento político do governo republicano, baseado em preceitos morais e no apoio ao desenvolvimento material
        
        Benjamin Constant (1838-1891), um dos responsáveis pela difusão da filosofia positivista no Brasil, figura no grupo dos republicanos que almejavam esse novo ideal de sociedade.
- - - - A partir desse período, a sociologia brasileira instituiu-se como uma forma fecunda de refletir sobre as questões sociais do nosso país. Nos anos seguintes, transformou-se em uma disciplina capaz de elaborar novas explicações sobre a realidade brasileira, de refletir sobre os principais problemas sociais e até, em determinados momentos, de apontar caminhos para a resolução de alguns desses problemas.
- - - - Com a abertura política, a partir de 1979, as ciências sociais, particularmente a sociologia, tomam novos rumos, cada vez mais interdisciplinares e plurais. Assim, multiplicam-se os objetos de estudo em razão de uma realidade social cada vez mais diversificada, bem como em razão do contato dos cientistas sociais brasileiros com a grande variedade de metodologias
        propostas no universo da produção sociológica que se seguiu aos fundadores dessa disciplina: Durkheim, Marx e Weber.
- - - - Ele apresenta a cordialidade como um dos traços culturais característicos da nossa sociedade, herança do nosso passado colonial de base patriarcal. O brasileiro é chamado de “homem cordial” por ter um caráter hospitaleiro, tão admirado pelos visitantes estrangeiros. Sua generosidade e sua prestatividade são heranças de nossa sociedade rural, da hospitalidade do senhor de engenho e de sua família para com o viajante.
        Segundo o historiador, essa cordialidade é ocasional e difusa em suas emoções. É uma maneira usada pelo brasileiro para libertar-se de sua individualidade provinciana, o que de fato ele não consegue. Apesar de parecer muito sociável, essa sociabilidade não chega ao ponto da solidariedade, da coletividade.
  - - - Na visão do autor, se a violência representou, no primeiro momento da colonização, a imposição dos parâmetros culturais dos portugueses, no momento posterior foi apagada grande parte das marcas de agressão, graças aos processos de miscigenação e sincretismo entre os povos e culturas. Para Freyre, é clara a ideia de que a sociedade brasileira foi constituída com base em uma intensa troca de valores entre os povos que aqui se encontraram.
        
        Nas décadas posteriores ao seu lançamento, não faltaram críticas de intelectuais brasileiros à principal obra de Freyre, especialmente daqueles alinhados às teses do marxismo. Florestan Fernandes, assim como outros intelectuais paulistas, foi um desses críticos, propondo-se a realizar uma revisão da tese da democracia racial.